Nissan dá tapinha no Juke, sucesso na Europa e ainda longe do Brasil
Um dos principais modelos da Nissan na Europa (foram mais de 420 mil unidades emplacadas aqui nos últimos três anos, segundo a marca) mudou sutilmente de cara -- e era uma cara polêmica. Trata-se do Juke, SUV compacto um pouco menor que um EcoSport (o modelo da Nissan tem 4,14 m de comprimento, contra 4,24 m do Ford).
Segundo pessoas ligadas à marca japonesa presentes ao Salão de Genebra, onde o facelift é apresentado, é preciso esperar que a produção do "suvinho" se inicie no México para que, depois, sua viabilidade no Brasil seja avaliada. Nenhum executivo quis se pronunciar oficialmente, mas essa era a resposta-padrão. O Juke é fabricado sobre a plataforma B, que também origina o Sentra, e deve começar a ser feito na fábrica mexicana de Aguascalientes ainda este ano.
Não há tapinha que dê jeito: o Nissan Juke sempre vai ser um SUV esquisitão
Sua chegada ao Brasil como importado poderia acontecer na virada de 2014 para 2015. No entanto, uma fonte da Nissan no Brasil ouvida por UOL Carros nesta quarta-feira (5), que pediu anonimato, descartou terminantemente qualquer chance de o Juke ser vendido em nosso mercado. É preciso ter foco, disse o informante -- e, no que se refere a importados, o foco é todo sobre o Sentra (o sedã teria potencial para vender muito mais).
A RENOVAÇÃO
Foram várias mudanças estéticas no novo Juke, todas suaves: o farol ganhou formato diferente (mas ainda bastante controverso), parecido com o do esportivo 370Z; a grade e os parachoques dianteiro e traseiro foram redesenhados; e as lanternas traseiras têm nova disposição de luzes. As rodas também são inéditas. No geral, o suvinho mantém um desenho orgânico, que já foi comparado até a um sapo.
As mudanças não são apenas cosméticas: o porta-malas ganhou 103 litros (um robusto aumento de 40%) e passa a oferecer até 354 litros de espaço para bagagem. O jipinho agora vem equipado de série com luzes diurnas de LED e oferece opcionais interessantes, como Nissan Connect (sistema multimídia com conexão Bluetooth e outros recursos eletrônicos), Nissan Safety Shield (sensores que detectam um possível acidente e previnem o carro contra colisões) e Around View Monitor (sensores que auxiliam no estacionamento).
MOTOR MENOR E MELHOR
Há novidades na parte mecânica também. O antigo motor 1.6 a gasolina, de 117 cavalos e 16,1 kgfm de torque, dá lugar a um propulsor quatro-cilindros turbo, de 1,2 litro, capaz de gerar 113 cv e 19,4 kgfm (perde velocidade final, ganha nas saídas). Com sistema start-stop, tração dianteira e câmbio manual de seis marchas, o Juke de entrada consegue fazer até 18,2 km/l de gasolina, garante a Nissan.
Outra opção de propulsão, o motor 1.6 DIG-T (sigla para injeção direta de gasolina e turbocompressor), foi recalibrado para gerar mais força em baixas rotações, graças à taxa de compressão mais elevada, diz a fabricante. Os números, entretanto, são os mesmos do antigo: 190 cv e 24,5 kgfm de torque.
Também existe uma opção a diesel, que usa motor de 1,5 litro e 110 cv. A tração do Juke pode ser 4x2 ou 4x4.
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