Motor 3-cilindros do novo Ka será o 1.0 mais potente do país, diz Ford
O novo Ford Ka será baiano da cabeça aos pés. Ou do desenho ao motor. Nesta quarta-feira (9), a fabricante inaugurou sua segunda produção brasileira de motores dentro do complexo de Camaçari (BA), a 40 quilômetros de Salvador -- a primeira fábrica fica em Taubaté (SP). Com investimento de R$ 400 milhões, deve gerar 300 empregos diretos e fará o motor três-cilindros de 1 litro do compacto.
O novo Ka hatch e sua inédita configuração sedã serão produzidos ao lado, no mesmo complexo, na linha que também faz o EcoSport.
COMO É O MOTOR
Este motor foi batizado de Ford 3C Duplo Comando Flex, em menção ao número de cilindros (3C), ao sistema de duplo comando de válvulas no cabeçote (DOHC) e à alimentação bicombustível (tanto gasolina quanto etanol). Há ainda os sistemas TiVCT (comando de variação no comando de válvulas para admissão e escape) e Easy Start, similar ao da família Sigma, que aquece o álcool em baixas temperaturas, dispensando o "tanquinho" de gasolina. Por fim, a correia dentada é imersa em óleo e o coletor de escape é integrado ao cabeçote.
O novo motor será capaz de gerar 80/85 cv de potência máxima (a 6.500 rpm) e 10,2/10,7 kgfm de torque máximo (a 4.500 rpm), com gasolina e etanol, respectivamente, de acordo com dados da montadora. A Ford promete ainda um funcionamento mais ágil em baixas rotações, com entrega de até 80% do torque nesta fase.
Para comparar, o três-cilindros 1.0 da Volkswagen (que equipa up! e Fox Bluemotion) rende 75/82 cv e 9,7/10,4 kgfm, enquanto o motor 1.0 três-cilindros de Hyundai HB20 e Kia Picanto gera 77/80 cv e 9,6/10,2 kgfm.
Assim, se confirmados os números da Ford, o novo Ka será movido pelo três-cilindros "mil" mais potente do país. Em compensação, ele é construído com bloco de ferro fundido e cabeçote de alumínio, enquanto Volkswagen e Hyundai usam alumínio em ambas as partes, para maior leveza e resistência e menor atrito. A Ford alega que, desse modo, consegue produzir um motor "rígido, pequeno e robusto", com menor espaço entre os cilindros -- são 28 centímetro de comprimento.
A montadora faz mistério sobre o consumo do novo motor, mas avisa que "será o melhor em consumo na avaliação do Inmetro". Ainda de acordo com a Ford, Camaçari terá capacidade para produzir 210 mil unidades do motor por ano -- Taubaté faz 430 mil motores Sigma (1,5 e 1,6 litro) anualmente.
E O TURBO?
Segundo a marca, não há planos, mas o novo motor pode ser adaptado para receber turbo e reforçar sua eficiência energética sem abrir mão do consumo -- a fórmula do downsizing. A Ford produz o 1.0 três-cilindros turbo (EcoBoost) em Colônia (Alemanha), Craiova (Romênia) e Chongqing (China).
Com configurações que geram 101 ou 125 cavalos, o três-cilindros EcoBoost equipa modelos como o médio Focus (hatch, sedã e minivans derivadas), o EcoSport tailandês e o Fiesta americano.
No Brasil, apenas o sedã Fusion usa motor EcoBoost: trata-se do 2.0 turbo a gasolina de 240 cv. O New Fiesta local tem opções 1.5 Sigma (111 cv com etanol) e 1.6 Sigma (130 cv com etanol), o EcoSport usa o 1.6 Sigma (nele com 115 cv usando etanol) e o 2.0 Duratec (147 cv com etanol), enquanto o Focus argentino é equipado com o 1.6 Sigma (recalibrado para 135 cv com etanol) ou com o 2.0 Duratec Direct Flex, com injeção direta e 178 cv com etanol.
Viagem a convite da Ford
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