Com menos lama e mais luxo, novo Cherokee pega Evoque em outubro
A Jeep havia convocado a imprensa especializada para apresentar mais uma versão do SUV Grand Cherokee, agora com motorização a diesel, mas resolveu fazer uma "meia surpresa" na noite desta terça-feira (22). De olho nos dividendos da segunda metade do ano, a marca que pertence à Chrysler (e, de quebra, à Fiat) mostrou um exemplar do novíssimo Cherokee e confirmou: o modelo chega no segundo semestre e será uma das atrações do Salão do Automóvel de São Paulo, em outubro, junto com o compacto Renagade (falaremos dele em breve).
Esta é a primeira vez que o modelo é mostrado no Brasil, mas as novas informações da Jeep confirmam tudo o que UOL Carros havia publicado até então. Lançado mundialmente no Salão de Nova York de 2013, o carro virá ao Brasil apenas com o motor a gasolina Pentastar V6, de 271 cavalos e 35,4 kgfm de torque, e o novo câmbio automático de nove marchas da empresa alemã ZF -- o mesmo do rival Range Rover Evoque --, além de conteúdo mais apto a agradar o público exigente do segmento dominado pelo modelo da Land Rover.
Assim, o novo Cherokee chega para ser modelo a quem faz questão de ver e ser visto no meio do trânsito e não treme a mão na hora de assinar um cheque de mais de R$ 150 mil. O objetivo, claro, é tomar o máximo de vendas possíveis do rival.
"O novo Cherokee estará no Salão do Automóvel", bateu o martelo o diretor de marketing da Jeep, Adriano Resende. A configuração a diesel, mostrada no última Salão de Genebra, em fevereiro, fica restrita à Europa (ou ao Grand Cherokee, maior).
URBANO
A missão do novo Cherokee é mais ou menos clara, ainda que pontos importantes da estratégia sejam mantidos em segredo. O perfil mudou: sai o SUV quadradão e versátil, de fato uma versão menor do Grand Ckerokee, entra o visual delgado (e polêmico) com frente bicuda, conjunto óptico dividido em dois níveis e conforto interno pensado para momentos de trânsito parado.
Não que o Cherokee não tenha aptidões para se virar no off-road -- a Jeep ainda não bateu o martelo, mas é provável que a versão com tração 4x4 seja importada -- mas é nítida a vontade de brigar em outro espectro do segmento, onde reina o classudo e ousado Range Rover Evoque.
Assim, vale mais equipamento, conforto e visual que a capacidade de encarar lama.
Os preços seguem em aberto, mas também devem acompanhar esta mudança. Enquanto o Cherokee "quadrado" orbitava entre R$ 103 mil e R$ 115 mil, o novo vai ficar "acima do Compass, próximo ao Wrangler, mas abaixo do Grand Cherokee", segundo representantes da marca.
Não entendeu bem? Descarte o patamar abaixo de R$ 100 mil, ocupado pelo Compass. Defina os R$ 185 mil do Grand Cherokee como teto. O Wrangler Sport -- este um jipe de verdade -- custa de R$ 154.900 a R$ 164.900. Assim, sobra o intervalo entre R$ 160 mil e R$ 170 mil ao Cherokee.
E deve ser por aí mesmo, já que a intenção da Jeep é surgir como opção viável ao Evoque, que não custa menos de R$ 192 mil no Brasil. Se o consumidor se convencer, a briga a partir do segundo semestre deve ser interessante.
Viagem a convite da Jeep
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