up! duas-portas chega como Volks mais barato; leia impressões
Na Europa um carro duas-portas pertence a um nicho de mercado, normalmente àqueles puristas que enxergam em um segundo veículo a oportunidade de ter um cupê, seja este esportivo ou não. É mais ou menos isso que acontece com o up! por lá: a versão quatro-portas (que vale 480 euros a mais que a duas-portas no catálogo) é a mais procurada, normalmente por famílias ou por casais sem filhos.
O up! duas-portas representa cerca de 15% do mix do subcompacto no Velho Continente, segundo a Volkswagen.
Volte para o Brasil e a situação se inverte. Por aqui, a configuração com duas portas acaba de ser lançada para representar boa parte do volume de venda do carrinho e ser o produto mais barato da Volkswagen no país. O take up! duas-portas, mais precisamente, de R$ 26.900, substituirá o Gol G4 nas vendas para frotistas e/ou pessoas jurídicas.
RODANDO
UOL Carros rodou por cerca de 50 quilômetros com o move up! duas-portas e não percebeu diferenças de comportamento em relação à configuração quatro-portas. O carro é acertado, ágil e impressionantemente silencioso -- em 4ª marcha, a 120 km/h e com o motor a cerca de 5.000 rpm, era preciso se esforçar para ouvir o barulho do motor -- uma aula de acústica para engenheiros chineses, diga-se. Com música tocando, só é possível perceber que o propulsor está ligado pela vibração.
O câmbio MQ200, manual de cinco marchas, continua sendo referência entre compactos do mercado, mesmo com mais de dez anos de vida.
É claro que por se tratar de um carro mil o up! não empolga. Qual modelo com motor de 1 litro empolga? Lembre-se que estamos falando do 1.0 mais potente e forte do mercado atualmente. Se os órfãos do Gol G4 migraram para outras marcas após a aposentadoria do clássico Gol "Bola", a Volks passa a oferecer uma opção mais segura, econômica e moderna para seu lugar. Isso é impossível negar.
MUDA MUITO?
Não há mudanças significativas de tamanho entre as versões com duas e quatro portas. São 3,61 metros de comprimento, 1,50 m de altura e 1,91 m de largura nas duas configurações (o quatro-portas é 4 milímetros maior em largura, e só). A única alteração está no tamanho das portas dianteiras, maiores e mais pesadas.
Na prática, a única diferença entre um e outro é o velho hábito de ter que recuar e rebater o banco dianteiro para que os passageiros possam se sentar nos bancos de trás. O espaço traseiro, aliás, não muda: razoável para duas pessoas (principalmente para a região da cabeça, já que o carro é "altinho") e apertado para três.
Com 1,80 metro, este jornalista não teve dificuldade para entrar ou sair do banco traseiro; e sobrou um espaço de quatro dedos entre minha cabeça e o teto do carro. Mas com um motorista de 1,80 m no banco da frente, meus joelhos ficaram presos.
SÓ VAI DAR TAKE UP!
Pelo fato de a Volks mirar o mercado de frotistas com o carro de R$ 27 mil, você verá muito mais take up! duas-portas na rua do que o move up! (as versões topo high e red/black/white não contam com este tipo de carroceria).
Na configuração de entrada, o take up! traz de série os obrigatórios freios ABS (antitravamento) com EBD (distribuição da força de frenagem) e airbags frontais; limpador e desembaçador traseiro; dois ganchos Isofix para fixação de cadeirinhas infantis; cintos de segurança dianteiros com pré-tensionador; banco do motorista com regulagem de altura e rodas de aço de 13 polegadas com calotas. O acabamento é escuro e inteiro de plástico duro.
Qualquer outro equipamento é opcional: direção assistida, ar-condicionado e aquecedor, trio elétrico, acabamento interno de maior qualidade (em dois tons), preparação para sistema de som (e o próprio sistema de som) e sensor de estacionamento, entre outros.
É um pé-de-boi como as versões de entrada de Fiat Palio Fire, Uno Economy e Chevrolet Celta, mas com a vantagem de ter projeto mais moderno e seguro.
Viagem a convite da Volkswagen
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