Vauxhall D-Type: "cavalo motorizado" da 1ª Guerra Mundial celebra 100 anos
É possível "celebrar" o centenário de um acontecimento como a Primeira Guerra Mundial? Bem, a Vauxhall, fabricante mais antiga do Reino Unido ainda em atividade, resolveu fazê-lo, já que teve participação importante na campanha do Império Britânico durante o conflito, que está prestes a completar 100 anos no fim deste mês.
Naquela que ficou conhecida como a "primeira guerra dos automóveis" da história, a marca foi uma das que mais colaboraram com o Exército Britânico e a Tríplice Entente (formada também por França, Rússia, Estados Unidos, Itália, Japão, Brasil e outros países), produzindo quase 2 mil D-Type (modelo surgido em 1912) adaptados ao uso militar.
Projetado em 1914 e construído a partir do ano seguinte, o D-Type militar era um "cavalo motorizado" bastante valente: equipado com um motor 4-litros de quatro cilindros e válvulas laterais, chegava a quase 100 km/h (ótima velocidade para a época) e encarava todos os tipos de superfície com galhardia. Tanto que serviu às forças britânicas em missões nas mais variadas partes da Europa Ocidental, África Setentrional, Rússia e Oriente Médio. Foi em um D-Type desses que o rei George V foi transportado para a cidade de Arras, no norte da França, local de uma das mais importantes batalhas de toda a guerra. Esse carro também se tornou o primeiro veículo a cruzar o rio Reno após o armistício de 1918.
Atualmente, só duas unidades do D-Type militar estão inteiras. Uma delas, retirada de um ferro-velho em 1946, onde estava prestes a ser desmanchada, está totalmente restaurada na sede da Vauxhall em Luton (Inglaterra), e chegou a fazer parte do filme "Cavalo de Guerra", de Steven Spielberg, lançado no fim de 2011.
A fabricante vai exibir esse exemplar em várias cerimônias em alusão à Primeira Guerra a partir desta semana, incluindo o Salão Aeronáutico de Farnborough, o Museu de Brooklands e o desfile de centenário da Primeira Guerra em Londres, marcado para 4 de agosto.
Além da Vauxhall, outras marcas tradicionais da Europa, como Rolls-Royce e Renault, também construíram veículos militares durante a Primeira Guerra. A montadora francesa chegou até a projetar um pequeno tanque de guerra chamado FT-17, usado pelo Exército da Estônia no último ano de conflito.
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