Geely GC2 usa cara de panda e preço de R$ 29.900 para atrair brasileiro
A Geely é uma ainda pouco conhecida no Brasil, mas assim com outras chinesas, tem grandes ambições em relação ao quinto maior mercado automotivo do planeta. Nesta terça-feira (26), a marca lançou em Montevidéu (Uruguai) seu segundo modelo para o mercado brasileiro -- o primeiro foi o sedã EC7, em janeiro: subcompacto, o GC2 se vale da tradicional fórmula chinesa com pacote "completo" e preço relativamente competitivo, R$ 29.900. Isso e o visual fofo.
Apelidado de "pandinha" pela própria marca, por ter suas linhas inspiradas no mamífero asiático, o modelo será produzido na capital uruguaia em processo de CKD (as peças chegam prontas da China, sendo apenas montadas no local) na fábrica da Nordesk, assim como o EC7. As vendas estão previstas para começar em setembro.
O GC2 terá como principal referência, e rivalidade, o Chery QQ (R$ 23.990). Nas dimensões, o "panda" leva vantagem: são 3,59 metros de comprimento, 1,63 m de largura e 1,46 m de altura, contra 3,55 m, 1,49 m e 1,48 m, respectivamente, do concorrente. Isso significa mais espaço para os ombros dos três passageiros que vão atrás -- assim como o QQ, o GC2 é homologado para cinco pessoas --, mas não necessariamente para as pernas, já que o entre-eixos de ambos é de 2,34 m. Já o porta-malas, com 205 litros de capacidade, é 15 litros maior que o do rival.
É possível ainda alinhar, em fator do porte, do público (jovem e em busca do primeiro automóvel) ou do preço outros concorrentes, como o também chinês JAC J2 (R$ 34.690), o coreano Kia Picanto (R$ 42.900), os nacionais Fiat Palio Fire (R$ 24.950), Volkswagen up! (R$ 27.190).
O QUE ELE TEM
Direção hidráulica e com regulagem de altura, ar-condicionado, sensor de estacionamento, chave com controle remoto para travas e vidros elétricos, retrovisores externos com ajuste elétrico, rádio CD/MP3 com USB, sistema de som com quatro falantes, faróis com regulagem de altura, faróis e lanternas de neblina, rodas de liga leve aro 14 polegadas, dois cintos de segurança traseiros com três pontos, desembaçador de vidro traseiro e alças para cadeirinha Isofix já são de série, além dos obrigatórios airbags frontais e freios com ABS (antitravamento). As cinco opções de cores (branco, preto, prata, vermelho e amarelo) não têm custo adicional para o comprador.
O desenho exterior exagera ao justificar o apelido: os faróis dianteiros triangulares e com pontas arredondadas formam, junto com a grade trapezoidal, também de linhas curvas, uma feição de "bichinho de pelúcia". A traseira é mais arrojada, trazendo um contorno preto ao vidro do porta-malas e um aplique de plástico, simulando um difusor, no nicho da placa. Realce para a lanterna em forma de... pegada de panda.
Por dentro, o GC2 se distancia de outros chineses. Atendendo a pedidos dos parceiros brasileiros e uruguaios, a Nordesk criou um acabamento próprio, muito superior ao da configuração oriental. Os encaixes parecem corretos e os tons são sempre escuros, dando sensação de sobriedade. Nem os adereços plásticos que imitam fibra de carbono cortam esse equilíbrio.
A parte mecânica deve ser o ponto fraco do GC2. O motor é um 3-cilindros 1.0 a gasolina, de 12 válvulas, capaz de gerar até 68 cavalos de potência (a 6.000 rpm) e 8,9 kgfm de torque (a 3.600 rpm). O QQ, por exemplo, rende os mesmos cavalos e até um pouco mais de torque, 9,3 kgfm, só que é 83 quilos mais leve. Isso indica que, muito provavelmente, o carro-panda sofrerá mais do que o concorrente nas arrancadas e retomadas. O câmbio é sempre manual de cinco marchas e o sistema de freios inclui os antigos tambores nas rodas traseiras.
GARANTIA GARANTIDA?
A Geely oferecerá três anos de garantia ao GC2, período compatível com a média do mercado nacional, mas só isso não tranquilizará o consumidor brasileiro. A fama de gerar muitas dores de cabeça no pós-venda já está impregnada nas marcas chinesas. A UOL Carros, executivos da fabricante garantiram que com a Geely será diferente: haverá treinamento a atendentes e fluxo eficiente de peças de reposição -- só isso daria conta de pelo menos 90% da demanda por revisões e manutenção.
Viagem a convite da Geely
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