Ferrari aumentará produção para acabar com filas de espera
A Ferrari produzirá mais carros do que o volume que fora previamente planejado nos últimos anos. A mudança se deve pelo fato de Sergio Marchionne, CEO do Grupo Fiat, assumir a direção da fabricante de supercarros no mês que vem, após a saída conturbada de Luca Montezemolo.
Marchionne, que acumulará o posto a partir de 13 de outubro, disse que pretende aumentar gradualmente a produção da LaFerrari, que custa US$ 1,3 milhão, para acompanhar o ritmo do número cada vez maior de consumidores milionários. "Se essa classe aumenta, devemos acompanhá-la", afirmou o executivo nesta quinta-feira (11), durante um evento na Itália. Caso contrário, "a lista de espera ficaria longa e as pessoas se cansariam de esperar".
O plano contrasta com a estratégia adotada por Montezemolo, que pediu demissão do cargo nesta semana após 23 anos na posição, devido a um embate com Marchionne. Montezemolo queria restringir o volume da fabricante para 7 mil unidades por ano, com o objetivo de resguardar sua exclusividade. Em maio, Marchionne indicou que a marca teria potencial para vender até 10 mil veículos/ano.
QUEM MANDA É A FIAT
90% da Ferrari pertence à Fiat. A empresa é um componente fundamental nos planos de Marchionne para expandir no segmento de carros de luxo após a fusão que criou a Fiat Chrysler Automobiles. Montezemolo, que estava na Ferrari desde 1991, queria manter o status da scuderia e não torná-la uma subsidiária -- como a Lamborghini é da Volkswagen.
"As pessoas não deveriam subestimar a importância da Ferrari para o grupo", disse Marchionne. "Estruturalmente, em termos de quem somos como fabricante de automóveis, eles nos definiram e continuarão a nos definir".
METAS E LUCROS
A Ferrari informou nesta quinta, por meio de um comunicado, que espera que suas remessas aumentem 5% neste ano, pois está se empenhando para reduzir o tempo que os consumidores esperam por seus carros. A renda líquida subiu 9,8% no primeiro semestre, para 128 milhões de euros (US$ 166 milhões).
Marchionne assumirá o cargo no mesmo dia em que as ações da FCA devem começar a operar em Nova York. Ele disse ontem que, embora o grupo "tecnicamente" não precise arrecadar dinheiro para financiar seu plano de expansão (de 55 bilhões de euros), o novo conselho da FCA analisará opções no fim de outubro. O CEO também disse que a Fiat está caminhando para atingir suas metas de lucros para 2014, com a ajuda das vendas da Chrysler na América do Norte. A fabricante italiana está tentando aumentar os lucros em até 18% neste ano.
Para continuar aumentando, o Grupo pretende lançar mais modelos de luxo, como o sedã Maserati Ghibli, que emprega motores desenvolvidos e construídos pela Ferrari. Embora Marchionne tenha dito que não há planos de vender ações das marcas de superesportivos, isso não será decisivo para a fusão a longo prazo.
"Se eu acho que eles serão essenciais para a FCA para sempre? A resposta é 'não'", disse o executivo. "Mas eles representam o melhor que uma fabricante de veículos pode ser", finalizou.
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