O carro é de luxo, mas o pagamento é no carnê
Apesar do mercado brasileiro de automóveis enfrentar uma crise econômica em 2014 e sofrer com seguidas quedas mensais de vendas -- e entre os principais fatores estão as restrições ao crédito e ao financiamento --, o segmento de luxo segue muito bem, obrigado. O número de vendas e de financiamento dos carros denominados "premium" só tem crescido nos últimos anos, com expressivo aumento de 34% em 2013 sobre 2012 (o mercado ficou estável no mesmo período), e repete ritmo parecido este ano.
O número do ano passado vem de uma média formada por dados das próprias marcas consideradas premium: Audi, BMW, Dodge, Jaguar Land Rover, Jeep, Lexus, Mercedes-Benz e Volvo, revelados no início deste ano. Segundo dados do blogueiro Joel Leite, Jaguar (480%), Lexus (255%), Porsche (88%), BMW (64%), Mercedes (48%), Audi (42%), Land Rover (30%), Jeep (22%) e Dodge (19,5%) cresceram nas vendas em 2013 na comparação com 2012.Mas não pense que o cliente "ricaço" chega à loja dessas marcas e paga pelo carro à vista e "em cash". UOL Carros apurou que cerca de 60% das vendas incluem financiamento de parte do valor.
Segundo as próprias fabricantes, o bom desempenho dos modelos premium (que, de um modo geral, custam no mínimo R$ 90 mil) também se deve à criação de novas e melhores condições de negócio. Exemplo singelo disso é que os sites oficiais das marcas no Brasil dão grande destaque ao quesito "Financiamento".
Veja a seguir levantamento feito por UOL Carros sobre as opções oferecidas pelas principais marcas de carro premium e de luxo que operam no Brasil:A Audi é a única das três marcas premium alemãs que oferece financiamento total do veículo, sem entrada, por meio do Banco Volkswagen. A empresa oferece CDC (crédito direto ao consumidor) e também financiamentos "plus", com parcelas 25% menores que as de um financiamento normal; no entanto, ao final do carnê paga-se o "balão", parcela de até 30% do valor do veículo. Num financiamento mais tradicional, um sedã A4 2.0 TFSI Multitronic (CVT), de R$ 116.430, pode ser negociado com 50% de entrada (R$ 58.215) e 24 prestações mensais de R$ 2.484. Tudo depende, é claro, da análise de crédito do cliente.
Já a BMW tem o BMW Serviços Financeiros, banco próprio com ofertas e planos de fidelização. Pelo financiamento em CDC, o prazo para pagamento do veículo varia de três meses a cinco anos. O cliente pode customizar o pagamento com parcelas intermediárias (semelhante às do mercado de imóeis), que incluem valores de seguro, blindagem e acessórios. Há ainda leasing (uma espécie de comodato ou aluguel) e o plano Sign & Go, válido somente para Série 1, Série 3, X1 e X3. Neste, a entrada é de 20% do valor do veículo, dividindo o saldo em 24 parcelas com garantia de recompra pela concessionária após dois anos de uso (no caso de troca de veículo). Um BMW 320i ActiveFlex, por exemplo, sai por R$ 26 mil de entrada e mensais de R$ 2.990.
A Jaguar Land Rover entrou na onda no ano passado e lançou uma campanha com taxa zero para financiamentos de Range Rover Sport e Jaguar XF. No caso da empresa britânica, a condição é válida para 12 meses, após 50% de entrada.
A Mercedes-Benz possui o Banco Mercedes-Benz, que oferece financiamentos por CDC e leasing. Entre as campanhas promocionais oferecidas estão as dos modelos B200 Sport, C180 Turbo, C200 Turbo Sport, A200 Style, CLA 200 Urban e SLK 250 Turbo. Todos têm taxa de 0,99% de juros e podem ser adquiridos em 24 parcelas, mas a entrada tem de ser de ao menos 60%. Um C180 Turbo Avantgarde, de R$ 138.900, por exemplo, pode ser comprado com inicial de R$ 83.340 e 24 parcelas de pouco mais de R$ 2.500.
A Lexus, subdivisão de luxo da Toyota, oferece toda sua linha em 24 vezes sem juros. Já marcas mais caras, como Porsche, Ferrari, Maserati e Lamborghini, que no Brasil são representadas por importadoras, não informaram eventuais condições de financiamento.
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