Seleção de velozes e furiosos do Salão tem nove supercarros; conheça-os
Salão do Automóvel que se preze tem de mostrar superesportivos, aqueles carros de alto desempenho geralmente para duas pessoas, às vezes com motor central, e sempre com tração traseira. São feitos para pisar fundo e, quando parados, atrair olhares de cobiça. Com preços próximos ou acima de R$ 1 milhão, trazem o melhor das tecnologias de cada montadora, mas são acessíveis para uma minoria.
UOL Carros destaca a seguir nove superesportivos que você pode ver de perto no Anhembi. Todos têm pelo menos seis cilindros, aceleração de tirar o fôlego e visual arrojado. Mesmo que grifes como Pagani, Bugatti e Ferrari tenham ficado de fora desta edição do Salão (a italiana tem um exemplar no estande da Fiat), ainda há muita coisa boa para apreciar.
Estrela da franquia de filmes "Homem de Ferro", o R8 traz motor V10 de 525 cv na bela versão Spyder, conversível com capota de lona e preço sugerido de R$ 876,4 mil. Já a versão Coupé Plus eleva a potência a 550 cv e acelera de 0 a 100 km/h em apenas 3,5 segundos, chegando à máxima de 317 km/h, auxiliada por um veloz câmbio automatizado de dupla embreagem e sete marchas, mais tração nas quatro rodas. Esse carro sai por R$ 921,7 mil. Se você não tem essa grana, com um pouco de sorte ainda dá para fazer um test-drive num espaço no hotel ao lado do Pavilhão do Anhembi.
Pelo segundo Salão de São Paulo seguido, a Ferrari fica sem um espaço só dela no Anhembi. Para compensar, a Fiat trouxe um modelo da montadora de Maranello -- e dos bons: a 458 Speciale, versão mais forte da 458 Italia, com faixa decorativa que corta toda a bela carroceria. A Fiat informa que a unidade exposta no evento já tem dono (valor aproximado de R$ 2,3 milhões). Seu motor V8 4.5 rende 605 cv, que permitem sair da imobilidade e chegar a 100 km/h em apenas 3 segundos.
O Porsche mais potente da história, com 887 cv gerados com tecnologia híbrida, também é o carro mais caro deste Salão do Automóvel, com preço inicial de impressionantes R$ 3,5 milhões e venda apenas sob encomenda. Os visitantes nem podem encostar no 918, que fica o tempo todo cercado. O Spyder é capaz de acelerar de 0 a 100 km/h em menos de 3 segundos (mais precisamente, em 2,8 s). A velocidade máxima é de 345 km/h. Este Porsche combina motor V8 4.6 com outros dois, elétricos. E o melhor: o consumo médio de gasolina é de 33 km/litro, segundo a Porsche.
Outro superesportivo híbrido do Salão, com jeito de automóvel do futuro e preço sugerido de R$ 800 mil, apenas sob encomenda. Baixo e com monobloco de fibra de carbono, o i8 traz portas que se abrem para cima, do tipo "tesoura", e rende 362 cv de potência combinada utilizando dois motores: o primeiro é um 1.5 turbinado de três cilindros, acoplado ao eixo traseiro e capaz de extrair cerca de 230 cv, ampliados graças ao uso de dois propulsores no eixo dianteiro. A aceleração de 0 a 100 km/h acontece em 4,4 segundos. A máxima é limitada eletronicamente a 250 km/h. O visual não tem como passar despercebido, mas o i8 pode rodar silenciosamente, apenas no modo elétrico, até 120 km/h. O consumo é de 47 km/l. As baterias podem ser recarregadas em tomada comum, assim como o i3 (este, 100% elétrico).
Um supercarro que lembra modelos Porsche (e até o nosso Volkswagen SP2) só chega ao Brasil no segundo trimestre do ano que vem, e ainda não tem preço definido. Mesmo assim, já tem fila de espera. Recém-lançado na Europa com valor inicial em torno dos 115 mil euros (aproximadamente R$ 360 mil), é o sucessor do SLS, com motor V8 biturbo 4.0 de 510 cv e 0 a 100 km/h em 3,8 segundos – desempenho digno da marca que já venceu o mundial de construtores da Fórmula 1 este ano. O câmbio de sete marchas tem dupla embreagem.
Se há um carro norte-americano que pode ter a honra de ser chamado de superesportivo, certamente é o Corvette, a principal estrela no estande da Chevrolet (que diz ainda não haver previsão de importação oficial ao Brasil). Em sua sétima geração, o "Vette" está mais próximo em tecnologia dos esportivos europeus, trazendo fibra de carbono na carroceria, interior requintado, visual agressivo e a volta do sobrenome Stingray, retomado após décadas. O motor é o V8 de 6,2 litros, 466 cv e 0 a 100 km/h em 3,8 s. Caso a GM o traga para o país, o preço não deve passar dos R$ 400 mil. Os freios são da italiana Brembo, agindo em rodas de 19 polegadas na dianteira e 20 na traseira.
Assim como o Chevrolet Corvette, o Nissan GT-R é um esportivo respeitável que deu as caras no Salão do Automóvel, mas teima em dizer que não sabe se veio só para uma visita rápida ou para ficar por aqui de vez (atualmente, só chega por importação independente). Essa bela fera fabricada no Japão é uma usina de força e tecnologia: extrai 545 cv de um motor V6 biturbo 3.8, acoplado a transmissão automatizada de seis marchas e dupla embreagem. O propulsor do GT-R é fabricado a mão e tem plaquinha identificando o engenheiro que o montou. A aceleração de 0 a 100 km/h se dá em incríveis 2,6 s, o que faz dele o carro de produção mais veloz do Salão do Automóvel. A máxima é de 340 km/h. Na linha 2015, ganhou leves retoques, como luzes de LEDs nos faróis.
Certamente um dos carros mais belos no Anhembi, o inglês F-Type R tem preço aproximado de R$ 660 mil. Com seu V8 de 5 litros dotado de compressor mecânico, rende 550 cv e consegue sair da imobilidade e e chegar aos 100 km/h em 3,9 segundos. O torque, de quase 70 kgfm, é de trator. O acabamento da cabine, com lugar para duas pessoas, é de alto nível. O câmbio automático tem oito marchas, para explorar toda a potência do motorzão, e a tração é sempre traseira, como convém a um esportivo puro-sangue.
Um dos supercarros mais interessantes do Salão, o Huracán, recém-lançado sucessor do Gallardo e vendido no Brasil a R$ 1,85 milhão, está meio escondido no estande de uma revista. Esse Lambo traz linhas e ângulos retos e recortes que se tornaram características da montadora italiana, além da conhecida receita de motor central traseiro para melhor distribuição do peso. O propulsor é um V10 5.2 a gasolina de 610 cv, que possibilita chegar a 100 km/h em velozes 3,2 s. Com 1.422 kg, tem chassi combinando materiais leves, como alumínio e fibra de carbono.
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