Com X50, Lifan quer ter SUV mais barato do Brasil no 2º semestre de 2015
Principal atração da Lifan no Salão de São Paulo 2014, o SUV X50 não veio ao Anhembi a passeio. Lançado globalmente no Salão de Pequim deste ano, o jipinho será vendido no Brasil a partir do segundo semestre de 2015, com produção confirmada no Uruguai (integrante do Mercosul e, portanto, sem taxa extra de importação).
Até aí, nenhuma surpresa. A grande sacada é que a marca chinesa quer transformá-lo no utilitário esportivo mais barato do país, sendo mais uma pedra a tentar entrar no sapato (ou nas rodas) dos dois líderes de venda no segmento, Ford EcoSport e Renault Duster. Embora os representantes brasileiros da montadora não afirmem explicitamente, a meta é situá-lo abaixo dos R$ 50 mil.
"Queremos que esse carro custe menos do que o X60, e com certa margem", afirmou a UOL Carros o diretor de marketing da Lifan brasileira, Luiz Augusto Zanini. Atualmente, o jipe compacto-médio (que, por sinal, é o chinês mais vendido do país em 2014) sai por R$ 55.990. Os executivos só não cravam que o "mini SUV" ficará mesmo na dezena dos R$ 40 mil porque querem esperar para ver como estará a cotação do dólar até a data do lançamento.
O objetivo é seguir a velha receita chinesa para concorrer contra marcas já consolidadas no mercado: pacote completo a um precinho camarada. Assim, pode-se esperar que o X50 venha de fábrica com direção assistida, trio elétrico, central multimídia com diversos itens de conectividade e até itens de segurança como gancho para cadeirinha Isofix. Há ainda a chance de ele ser o primeiro Lifan à venda no país a ter câmbio que dispensa troca manual de marchas -- no caso, seria um CVT (continuamente variável), já em desenvolvimento na China.
Por enquanto, a única certeza é de que o jipinho contará com o trem-de-força do sedã 530 (motor 1.5 aspirado de 103 cavalos e 13,6 kgfm, gerenciado por transmissão manual de cinco velocidades).
Visualmente, o X50 traz elementos inspirados em modelos da Opel, Fiat, Ford e até da italiana Alfa Romeo. A aparência é de um hatch anabolizado, talvez pequeno demais para a proposta, mas a Lifan garante que espaço interno não será problema. "Ele é 6 centímetros maior no comprimento e 3 cm maior no entre-eixos que o EcoSport", frisou Zanini. Com este reforço, a Lifan quer colocar em prática um ambicioso plano de fechar 2015 com 12 mil unidades vendidas no Brasil -- mais do que o dobro da performance atual.
INSPIRAÇÃO ALEMÃ
Outra novidade no estande dos chineses é o sedã grande 820, mostrado ainda em forma de conceito. Planejado para chegar ao país em 2016, brigando contra Volkswagen Passat, Ford Fusion, Toyota Camry e Hyundai Azera, o protótipo foi mostrado pela primeira vez no Salão de Moscou deste ano, e ainda está em estágio incipiente de desenvolvimento.
O exemplar mostrado no Anhembi veio munido com um motor naturalmente aspirado de 2,4 litros, que rende 160 cv e 22,6 kgfm, aliado a um câmbio automático de seis velocidades. Esta configuração é bastante cotada para vir ao país, mas pode ter o propulsor substituído por um 2.0 turbo. Visto de frente, o 820 se assemelha muito à atual identidade visual da Audi, com traços que também remetem à Ford (os faróis afilados e a grade hexagonal não deixam mentir). Já a traseira é muito, mas muito parecida com a de um BMW Série 3. O diretor de marketing da Lifan garante que as similaridades não passa de coincidência. "O projeto é de nosso Centro de Pesquisa e Desenvolvimento na China, e é totalmente independente. Pode acontecer de parecer com outros carros, mas isso é normal com qualquer modelo lançado nos dias de hoje", disse Zanini.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.