Só 26% dos carros à venda no Brasil recebem selo de baixo consumo
Dos 583 carros (entre modelos e versões) de 36 marcas avaliados pelo Inmetro no programa de etiquetagem energética (PBE) de 2015, apenas 152 (26%) obtiveram o selo de eficiência energética (Conpet), que indica baixo consumo de combustível e nível adequado de emissões poluentes e de gás carbônico. Os resultados foram divulgados nesta quarta-feira (21).
Em 2014, 29% receberam o selo (174 em 599 avaliados, também de 36 marcas), o que significa que, na média, os carros vendidos no Brasil tornaram-se menos eficientes de um ano para outro. (O resultado de 2013 foi pior: 24,8%.)
CAMPEÕES DE EFICIÊNCIA
Pelos dados do Inmetro, o troféu de economia de combustível entre os modelos com motorização comum segue com o hatch Renault Clio 1.0 (4-cilindros) sem ar condicionado, nem direção hidráulica -- ou seja, "pé-de-boi", mas também com menos peso para ser "empurrado" pelo motor. O modelo alcançou, nos testes laboratoriais do PBE, a marca de 9,5 km/l de etanol na cidade, 10,7 km/l na estrada. Com gasolina, chegou a registrar 15,8 km/l no ciclo rodoviário.
Com ar e assistência, registrou 9,1/9,6 km/l (cidade/estrada) com etanol, além de máximo de 14,3 km/l de gasolina.
O novo Ka 1.0, que é 3-cilindros e sempre sai de fábrica com assistência elétrica para a direção, também segue como bom exemplo: 8,9/10,4 km/l (cidade/estrada) com etanol, chegando a fazer 15 km/l de gasolina na estrada.
Outro 3-cilindros que aparece bem -- e logo na estreia -- é do Nissan New Versa, cuja produção foi iniciada recentemente. Nacionalizado e com novo visual, o sedã passa a usar o motor 1.0 pela primeira vez para obter os seguintes índices de consumo: 8,5/10,4 km/l (cidade/estrada) com álcool, chegando a 15,2 km/l máximos com gasolina. Curiosamente, o New Versa também registrou ótimo consumo e obteve o selo com seu motor maior, 1.6.
Claro, a liderança absoluta segue com os modelos híbridos, raríssimos no mercado brasileiro, com destaque para o sedã executivo Ford Fusion Hybrid, capaz de anotar 16,6 km/l de gasolina na cidade, com 15,1 km/l na estrada -- neste tipo de motorização, é normal que os valores urbanos sejam melhores que os rodoviários.
ADESÃO VOLUNTÁRIA
Esta é a 7ª edição do Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular (PBEV). A adesão das montadoras é voluntária, ou seja, cada uma decide se vai fornecer seus carros para as medições. O primeiro PBEV, em 2008, teve apenas cinco participantes.
Todos os 587 modelos/versões avaliados pelo Inmetro poderão trazer em suas unidades zero-quilômetro a etiqueta que os classifica (de A, melhor, a E, pior) quanto à eficiência energética na sua categoria, além de fornecer informações sobre consumo (km/l) urbano e rodoviário e emissões. É a mesma etiqueta encontrada em geladeiras, lâmpadas e outros produtos. A fixação não é obrigatória.
Já o selo Conpet, que é patrocinado pela Petrobras (parceira do Inmetro no PBEV), só é liberado para os mais eficientes no ranking geral e em cada uma das 12 categorias: subcompactos, compactos, médios, grandes, extragrandes, carga derivado, comercial, utilitário esportivo compacto, utilitário esportivo grande, fora-de-estrada, minivan e esportivos.
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