"Evoquemania": na China, todos querem Evoque; poucos podem ter
Que o Range Rover Evoque é uma febre mundial todos já sabem. Na China, o maior mercado automotivo do mundo, isso é ainda mais evidente: o número de Evoques rodando em Xangai, a "capital econômica" do país que UOL Carros visitou na última semana, chega a ser assustador. Para ter uma noção, seria o mesmo que comparar com a quantidade de EcoSport rodando em SP ou no RJ.
Em Xangai e Pequim, as duas principais cidades chinesas, é extremamente comum ver supercarros, sedãs executivos e SUVs. Explica-se: nestes locais, há um limite de vendas mensal e um leilão de placas subsequente limitado a cerca de 30 mil unidades, a US$ 15 mil cada placa. Um comprador que tem US$ 15 mil só para pagar por uma placa, obviamente, não vai comprar um carro neste valor, mas um bem mais caro. É por isso que é muito mais comum ver Toyota Camry ou um Ford Fusion (que custam cerca de US$ 30 mil na China) nas ruas de Xangai e Pequim do que e, regiões do interior, onde se vê mais Corolla e Focus. É o que explica a imensidão de Evoques espalhada pelas principais metrópoles.
Mas e quem procura pelo Evoque no interior? É possível achar concessionárias da Land Rover até mesmo nas cidades consideradas "pequenas" (que têm pelo menos 1 milhão de habitantes), mas para quem não tem cacife para comprar um... existem as cópias. Conheça o "cardápio de Evoque" da China.
O Evoque é a primeira - e melhor - opção do menu. Vendido a 448 mil yuans (US$ 72 mil, cerca de R$ 200 mil), o carro é um dos maiores sucessos da marca na China, sendo o líder de emplacamentos da empresa no país. Todas as versões do carro são vendidas, com duas e quatro portas, motor a gasolina e a diesel e diversos tipos de transmissão, incluindo a caixa automática de nove marchas.
A cópia mais parecida com o carro inglês é este modelo da S.Auto, denominado Landwind X7, fabricado pela Jiangling Motors. Foi este fake, aliás, que fez a Land Rover ameaçar um processo contra a S.Auto alegando plágio -- depois a marca desistiu por não haver leis que protegessem seu utilitário. O X7 é equipado com um motor 2.0 turbo de 192 cv e 25,5 kgfm de torque que pode ser associado a um câmbio manual de seis marchas ou automático de oito velocidades. O SUV vai custar 120 mil yuans (R$ 43.816), cerca de um quarto do preço de um Evoque.
Até a Lifan, conhecida no Brasil por ter vendido um clone do Mini Cooper, tem uma imitação do Evoque -- bem mal-feita, aliás. Trata-se do SUV X70, maior que o X60 (este último um jipinho conhecido pelo consumidor brasileiro com relativo sucesso no país), que tem linhas mais quadradas e menos angulosas que as do carro da Land Rover. De perto, o carro é sofrível: tem pintura com manchas, lataria lotada de pequenas falhas e diversos desalinhamentos de portas e batentes. Mas vamos dar um desconto à marca, já que o veículo exposto no Salão de Xangai era um protótipo da versão de produção -- que, felizmente, não virá ao Brasil.
Essa preciosidade da Baic (Beijing Automotive Industry Holding) é uma aberração. A frente mistura elementos do Evoque com partes do Jeep Cherokee (reparem na grade com barras paralelas cromadas) e até mesmo do Toyota FJ Cruiser, um jipão que fazia uma releitura do clássico Bandeirates. Na traseira, o carro mantém o estilo "caixote", mas traz outras inspirações, como os para-choques da linha "Aventure" da Fiat e o nome do carro na tampa do porta-malas, à lá Porsche -- além da lanterna de Evoque, claro. Na China, o BJ20 terá motor 1.5, aspirado ou turbo.
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