Honda retoca interior do Fit, mas só vai relançar Twist com fábrica nova
A Honda do Brasil apresentou, nesta terça-feira (9), em sua sede de São Paulo (SP), a linha 2016 do Fit, carro de entrada da marca. O modelo, que ganhou nova geração há pouco mais de um ano, em abril de 2014, recebeu pequenos retoques no acabamento do interior e teve os preços reajustados. A partir da próxima semana, quando estará nas concessionárias, não existirá por menos de R$ 50 mil.
Confira a lista atualizada de versões e preços, e o que cada uma delas ganhou em equipamentos:
- Fit 2016 DX -- R$ 51.600 (manual) e R$ 56.600 (CVT): passa a contar com capas dos retrovisores externos na cor do veículo, painel de instrumentos com iluminação de fundo azul e branca, e rádio com entrada USB e conexão Bluetooth.
- Fit 2016 LX -- R$ 55.900 (manual) e R$ 60.800 (CVT): agrega comandos de áudio no volante e apliques de cor metálica na parte interna das portas (incluindo maçanetas), base do miolo do volante, borda do velocímetrio, bordas das saídas de ar e bordas do nicho da manopla de câmbio. Além disso, comandos do ar-condicionado são novos e iluminação da tela do rádio passa a ser branca.
- Fit 2016 EX CVT -- R$ 65.900: repetidor de luz de seta em LED nos retrovisores externos, funções de piloto automático e revestimento em couro no volante, painel de instrumentos igual ao da versão EXL, com computador de bordo digital maior e alocado na parte direita, e sistema de áudio com tela de cinco polegadas e câmera de ré.
- Fit 2016 EXL CVT -- R$ 68.900: não muda em relação à linha 2015. Diferencia-se pelo uso de revestimento em couro sintético nos bancos, airbags laterais e tweeters no sistema de som.
Fora os itens já mencionados, as lojas passarão a oferecer, a partir do segundo semestre, um novo sistema multimídia com tela tátil e acesso sem fio à internet como acessório. Ele será semelhante àquele já oferecido de série em versões de topo de HR-V e Civic, porém sem opção de pareamento com o celular via cabo HDMI. O preço ainda não foi divulgado.
Por que mudou
É difícil ver uma fabricante fazer alterações somente um ano após trocar a geração de um modelo. No caso do Honda Fit, entretanto, havia motivos de sobra para isso.
Uma pesquisa interna com clientes mostrou aquilo que diversos veículos do meio, incluindo UOL Carros, já haviam destacado: apesar do bom conjunto mecânico formado pelo motor 1.5 i-VTEC flex, de 116 cv e 15,3 kgfm (etanol), aliado a transmissão manual de cinco marchas ou CVT (continuamente variável), o monovolume pecava por ter um acabamento simples demais, beirando ao tosco.
A aposta está em aumentar a sensação de conforto e refinamento com soluções simples e baratas, como o uso de diversos elementos em prata para quebrar o excesso de preto e cinzas. Além disso, a nova iluminação em azul e branco elimina a sensação de automóvel dos anos 90 que a antiga luz âmbar dava ao cluster.
Com a linha 2016, a montadora espera que o Fit mantenha o fôlego e se cristalize como segundo modelo mais vendido da marca, relegando ainda mais o Civic a um papel coadjuvante na gama.
E a versão aventureira?
Durante a apresentação do Fit 2016, fontes da Honda confirmaram a UOL Carros que não, não há chances de a versão aventureira Twist ser ressuscitada ainda este ano. O lançamento é bastante aguardado por especialistas, já que o Fit "estradeiro" chegou a ser responsável, em sua curta vida útil, por 20% das vendas totais do monovolume no Brasil.
A versão vai ficar para 2016, por uma razão simples: não há a mínima capacidade de se ampliar ainda mais a produção em Sumaré (SP). Enquanto a fábrica de Itirapina, também em São Paulo, não estiver pronta (algo que só deve ocorrer em dezembro), a unidade já existente seguirá trabalhando em regime de horas extras, e com capacidade expandida de 540 para 657 veículos/dia, para dar conta de montar Fit, City, Civic e HR-V.
Portanto, só haverá espaço para a apresentação do novo Fit Twist quando Itirapina estiver operando, no primeiro trimestre de 2016. Coincidentemente, o Fit é o primeiro modelo a ter produção confirmada pela Honda na nova unidade fabril.
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