Audi A3 Sedan 1.4 flex nacional chega em setembro com 150 cv
A Audi do Brasil confirmou nesta sexta-feira (19) o início da fabricação nacional do sedã Audi A3 para setembro. O modelo será o primeiro a ser produzido pela marca de luxo da Volkswagen em São José dos Pinhais (PR), no retorno da operação nacional -- a marca já produziu o A3 hatcback na região metropolitana de Curitiba de 1996 a 2003. Em 2016, será a vez do SUV Q3, cuja reestilização está sendo apresentada no Salão de Buenos Aires.
Como esperado, o A3 Sedan brasileiro será o primeiro veículo da marca no mundo com motorização bicombustível: trata-se do 1.4 turboflex já com atualização para gerar 150 cavalos de potência -- o mesmo motor equipará o Golf nacional e, no futuro, outros modelos das duas marcas, como o Q3 e o sedã Jetta. Atualmente, o modelo importado de Györ, na Hungria, usa o motor 1.4 em sua versão de entrada, mas que usa apenas gasolina e é calibrado para entregar 122 cv de potência (a 5.000 rpm) e 20,39 kgfm (linear entre 1.500 e 4.000 giros). A versão topo usa o motor 1.8 turbo a gasolina, com 180 cv.
Fontes apontam ainda que o modelo nacional terá mais opções de composição de pacotes na comparação com o carro importado. Faz todo sentido: por uma questão de logística e facilitação do processo, nem todos os opcionais e acessórios da linha A3 global eram incluídos na linha de importação ao Brasil. Com a produção local, o leque pode ser ampliado.
Ainda não há confirmação sobre os preços locais, mas espera-se que a Audi mantenha a agressividade de valores, com preços abaixo de R$ 100 mil, fazendo frente inclusive a modelos de segmentos inferiores, como Toyota Corolla e Honda Civic.
Executivos da matriz da Audi participaram do anúncio na fábrica paranaense, que teve como marco simbólico a recolocação do logotipo da empresa no prédio principal do complexo. Com a desativação da produção do Audi A3 hatch no Paraná em 2003, a fábrica se dedicou exclusivamente à produção de modelos da Volkswagen. Na retomada, o complexo vai produzir os dois modelos da Audi e mais a nova geração do Volkswagen Golf -- todos sobre a plataforma MQB, a mais avançado do grupo no momento.
Passaporte brasileiro
A versão nacional deve manter tecnologias como o sistema start/stop (que desliga o motor em paradas rápidas) e o de regeneração de energia (Kers), que atua em frenagens, por exemplo. O gerenciamento do conjunto continuará a cargo do câmbio S-tronic, de dupla embreagem e sete marchas, que em um primeiro momento será importado por inteiro.
Ainda que de porte ligeiramente menor, o A3 Sedan flex será a opção da marca ao BMW Série 3 ActiveFlex, também nacionalizado e turboflex. Também será opção direta ao Mercedes-Benz CLA, que adotou a motorização flex recentemente.
Esta nova linha de montagem da Audi, que inclui ainda ampliação da área de pintura do complexo, faz parte de um investimento total de 150 milhões de euros (mais de R$ 500 milhões). O objetivo da Audi ao nacionalizar alguns modelos (os componentes locais serão de 30% a 35% do total) é fugir do super-IPI para os carros importados, estabelecido pelo governo federal em setembro de 2011.
Com a fabricação local, os planos se tornam ambiciosos, também. A operação local pretende chegar a 30 mil unidades/ano -- incluindo aí 26 mil carros/ano feitos no PR, além dos modelos importados.
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