Nissan Sentra, R$ 69.190, ganha refino para seguir bom de vendas
A Nissan está feliz da vida com as vendas do Sentra... mesmo com o carro na terceira posição. Explicamos: até 2013, o modelo ele era o oitavo no segmento de sedãs médios. Agora, tem mais de 1.000 unidades emplacadas por mês e retorno positivo dos clientes quase dois anos após o lançamento da atual geração. E sabemos que é quase impossível brigar com os líderes Toyota Corolla e Honda Civic.
Por conta disso, a marca resolveu ousar e implementar equipamentos importantes ao carro (tecnológicos e de segurança) na linha 2016. Só que isso deixou o modelo mais caro. Para se ter noção, o Sentra S (de entrada) custava R$ 60.990 em 2013 e hoje começa em R$ 69.190 -- a configuração topo de gama daquele ano, SL CVT, valia R$ 71.990 e hoje não sai por menos de R$ 82.490; e ainda há a edição especial Unique (o carro das fotos do álbum acima), nova versão de topo, vendida por salgados R$ 87.490.
Mas, de fato, era preciso adicionar estes itens, cada vez mais cobrados pelo consumidor: o sistema de entretenimento NissanConnect (já existente na dupla March & Versa) e programas eletrônicos de segurança, como os controles de tração e estabilidade (presente já há alguns anos nos principais concorrentes).
Mais caro, menos vendas?
A Nissan espera que não.
"Manter o atual volume em um mercado em queda é vitória", afirma a empresa, que faz questão de dizer que o Sentra 2016 chega para aumentar ainda mais o market share da empresa no cenário nacional e consolidar de vez sua terceira colocação no ranking dos sedãs médios mais vendidos.
O Brasil passa por uma situação complicada no setor automotivo.
Como é o Sentra Unique?
Por fora, visualmente, nada mudou. Mas o carro se igualou aos concorrentes (Toyota Corolla Altis, Honda Civic EXR e Ford Focus Sedan Titanium) em termos de equipamentos -- só que acabou ficando quase tão caro quanto.
Por dentro, o material emborrachado da parte superior do painel é refinado e a nova cor do couro trouxe mais sofisticação.O sistema NissanConnect, bastante prático e intuitivo, é comandado por uma tela tátil de 5,8 polegadas e possui navegador GPS e câmera de ré e oferece até mesmo conexão à internet do celular via aplicativo. Há ainda ar-condicionado de duas zonas com display digital e função automática, teto solar elétrico e uma boa variedade de porta-trecos/objetos/copos.
Mas ainda há alguns percalços: apesar do preço elevado, os ajustes dos bancos dianteiros e da coluna de direção são reguláveis manualmente, há plásticos duros que são pintados para parecerem alumínio escovado e o volante continua antiquado e sem graça para um carro ano-modelo 2016.
Em relação ao espaço, a área para pernas e cabeças é excelente para os cinco passageiros -- se o Versa já é um sedã espaçoso, o Sentra consegue ser ainda melhor por ser maior. O porta-malas leva até 503 litros de bagagem, número regular para um sedã do seu porte.
Ação
É preciso saber entender a proposta do Sentra para poder rodar com ele. Ele não foi feito para andar forte nem ser esportivo: a pegada é acelerar com calma e aproveitar o conforto da suspensão de gelatina, extremamente voltada para a maior comodidade dos passageiros (totalmente diferente da proposta de um Civic ou de um Focus Sedan; mais próxima à de um Corolla, por exemplo).
O motor é o mesmo quatro-cilindros 2.0 flex de 140 cavalos de potência e 20 kgfm de torque (com etanol ou gasolina) utilizado desde a geração anterior. O câmbio é CVT, mas não espera por respostas iguais às do Corolla -- no Toyota, a simulação de marchas é feita com muito mais maestria, tanto que ele nem parece utilizar uma transmissão continuamente variável.
Após passar alguns dias na redação, UOL Carros conseguiu registrar a média de 9,5 km/litro na cidade e 11,7 km/l na estrada, com gasolina no tanque.
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