Pronto para encarar Civic, novo Sentra virá ao Brasil... mas não já
Promete ser interessante a briga da nova geração de sedãs médios, que no Brasil perseguem o Toyota Corolla: depois da confirmação de passos do Honda Civic 10 (que chega até o segundo semestre de 2016), novo Chevrolet Cruze (também deve aparecer até o Salão do Automóvel de São Paulo de 2016) e até da possibilidade da Fiat entrar de vez no jogo com o Aegea/Tipo, é a vez da Nissan atualizar seu Sentra, lançado globalmente em 2012.
Por fora, ainda correm o Volkswagen Jetta (meio mexicano, meio brasileiro) e os argentinos Ford Focus Fastback, Citroën C4 Lounge, Renault Fluence e o recém-modificado Peugeot 408.
Anunciado como modelo 2016 no Salão de Los Angeles (EUA), o novo Sentra chega às lojas da América do Norte no final de dezembro com visual mais interessante e arrojado, seguindo os preceitos da nova identidade visual da Nissan. Sai aquela carinha oriental e cansada, com pontos gigantes de LED que lembravam modelos chineses, entram guias de luz e faróis de xênon típicos de modelos europeus. Há também todo um novo pacote eletrônico de auxílio ao condutor -- alertas de ponto cego e tráfego cruzado na traseira, piloto automático inteligente (ou adaptativo) e freio automático para versões mais caras, com pequeno incremento no valor. Na prática, visual e equipamentos respondem ao novo Honda Civic. E isso será visto no Brasil... mas vai demorar um pouco.
Quando chega?
Segundo fontes ligadas à Nissan do Brasil ouvidas por UOL Carros, "não há planos imediatos [para a chegada do carro ao país]", uma vez que o Sentra atual ainda está novo no mercado, o que é fato: a atual geração só chegou ao Brasil, importada do México, em 2014. Assim, é muito cedo para haver uma troca de estilo e do ciclo do carro -- ciclo que costuma durar quatro anos, em média, para então ser alterado e permitir que o modelo cumpra mais quatro anos de vida.
Dois pontos devem ser levados em consideração, de toda forma. Segundo a própria fonte, o Sentra é um modelo que renasceu no gosto do brasileiro com a atual geração, "que veio muito mais equipada e interessante e, assim, saiu de oitavo para terceiro lugar no mercado" (são 10.841 unidades de janeiro a outubro de 2015, contra 27.405 de Civic e 55.223 de Corolla).
Renasceu por seus acertos de estilo e por itens como ar-condicionado de duas zonas, chave inteligente, computador de bordo completo, motor com 140 cv, câmbio manual de seis marchas ou CVT (sem troca de marchas, com transmissão continuamente variável) em todas as versões (que partem de R$ 69.590) e até seis airbags, além de câmera de ré/sensores e controles de estabilidade e tração nas mais caras (até R$ 88.490) com vantagem de valor sobre os concorrentes. Mas só se mantém na posição se estiver atualizado frente a rivais e a si mesmo em termos globais, segundo lições do mercado aprendidas ao longo deste ano.
Outra questão diz respeito ao fluxo de produção da unidade no México. Claro, por se tratar da mesma geração, pode-se manter parte da linha dedicada às especificações para o Brasil, enquanto o restante produz o modelo mais atual para a América do Norte. A questão é que tal estratégia não é economicamente viável durante muito tempo. Junte a isso a chegada dos novos rivais até o final do próximo ano e faça sua aposta.
Nossa aposta é de que o carro já será apresentado no Salão de SP para "sentir a resposta do público", ainda que a chegada fique para algum momento de 2017. Como a própria fonte apontou, "quando o carro muda no mundo todo, é lógico que a chegada vai acontecer". A questão é fazer a leitura correta do mercado para definir o momento correto.
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