Toyota Prius tem cara polêmica, mas antecipa futuro do Corolla
Pense no Toyota Corolla atual, líder de vendas entre sedãs do Brasil. Agora pense no híbrido Prius, que tem algumas poucas unidades rodando pelo país como táxi, principalmente. Fora o emblema da marca, a relação entre ambos é rarefeita. Pois isso muda com a nova geração: você pode até torcer o nariz para o visual polêmico do carro, mas ele adianta em praticamente tudo a futura geração do Corolla.
Se a necessidade de eficiência aerodinâmica foi colocada à frente de uma beleza palatável no caso do visual externo Prius, internamente ele é tudo o que a Toyota quer ser e ter a partir de agora: mais espaçoso e com melhor acabamento, mais organizado (ainda que o painel central ainda cause alguns arrepios), mais seguro (além da profusão de airbags, há aços de maior rigidez, controle de cruzeiro adaptativo, sistema anti-colisão frontal e de detecção de pedestres, faróis automáticos e com LED, alerta de colisão lateral), mais conectado (há carregador sem fio de celular e integração com smartphones), mais eficiente (a Toyota fala em 20% a mais de economia e 40 km/l de consumo) e mais barato para ser produzido.
Tudo por conta da nova plataforma modular TNGA (Nova Arquitetura Global da Toyota, na sigla em inglês).
Atualmente a marca tem 100 diferentes bases/modelos e cerca de 800 motorizações pelo mundo; até 2020, a TNGA vai originar, sozinha, metade dos novos modelos, sobretudo os de porte-médio, como o Prius e, claro, o Corolla. Essa racionalização reduz custos, amplia a competitividade da marca e dos modelos frente a rivais e ainda potencializa linhas de produção ao redor do mundo: a modularidade pode facilitar, por exemplo, a fabricação dos novos Prius e Corolla no Brasil em 2018.
É o mesmo padrão de negócios adotado por Volkswagen e Volvo, por exemplo. "Precisávamos mudar a forma como pensávamos nossos modelos, e a TNGA vai ampliar o desenvolvimento de nossos carros, de funções básicas até aplicações e tecnologias", afirmou Nobuyori Kodaira, vice-presidente-executivo da Toyota, ainda no Salão de Tóquio.
Como é o Prius e a TNGA
UOL Carros fez um test-drive rápido com o novo Prius no circuito de Fuji (Japão), durante a passagem pelo país para o Salão de Tóquio, em novembro último. Agora, no Salão de Detroit, acompanhou a reação do público ao carro em seu principal mercado consumidor.
Habitar a cabine do modelo é uma experiência inegavelmente mais tranquila e agradável do que no Prius e Corolla atuais. Como houve mudanças não apenas na construção do chassis, mas também em portas e janelas, o habitáculo está mais silencioso e há mais visibilidade para o motorista.
Eficiência e turbo
Maior, amplo e baixo, o novo Prius é também mais estável e mais na mão no momento de dirigir, característica que será transmitida aos futuros modelos. Novo conjunto de suspensões (triângulo duplo na traseira) garante boa sensação no contorno de curvas. E o câmbio CVT parece conversar melhor com o trem-de-força..
Eficiência é a palavra, ainda que seja difícil comparar o híbrido Prius (motor 1.8 aspirado aliado a gerador elétrico) com um futuro Corolla neste ponto. O certo é que a Toyota desenvolve também uma nova linha de motores a combustão com turbo: uma unidade de 1,2 litro de 115 cv e 18,86 kgfm, por exemplo, substituirá as opções de 1,6 e 1,8 litro ao redor do mundo. Ainda não parece ser o ideal para o Brasil, mas o caminho está indicado.
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