Etios Automático evolui pouco e continua no retrovisor dos rivais
A Toyota admitiu aos jornalistas que deu atenção especial às críticas que o Etios recebe desde seu lançamento no Brasil, em 2012, ao atualizar o modelo.
A marca sabe que o carrinho sempre foi elogiado por seu comportamento e conjunto mecânico, mas que carecia de melhor interior, ergonomia e visual.
Foram anos ouvindo repetidos apontamentos sobre o design externo antiquado e o painel central confuso, que mais confundia que ajudava o motorista, além dos diversos remendos no acabamento interno -- vale lembrar que, em seu projeto original, o Etios foi desenvolvido para o mercado indiano.
Mudou, mas não mudou
A empresa precisava se mexer, já que a concorrência, por mais caro que estejam os preços dos rivais, se modernizou. A Toyota sabia onde mais o Etios precisava evoluir, que era na parte visual. Só que não foi isso que aconteceu.
Sem dúvida, os novos motores são ligeiramente mais espertos que os antigos, importados, e a transmissão automática aumenta a variedade de opções de quem procura por um veículo compacto e não quer mais trocar marchas -- a caixa, apesar de quatro marchas, tem bom escalonamento e capta bem a intenção do motorista pelo peso do pé no acelerador.
Segundo a marca, o carro está mais potente e ainda mais econômico na linha 2017 -- nota A na caterogia, segundo o programa do Inmetro, e B na geral.
No teste curto com o hatch Etios X 1.3, UOL Carros percebeu um comportamento mais dinâmico e até com alguma valentia do modelo. O câmbio é arcaico: trata-se da caixa de quatro marcas do Corolla "Brad Pitt", geração de 2002 do sedã médio, que tem porte compacto o bastante para equipar o compacto.
Deixando a idade de lado, a eletrônica foi atualizada e até é possível notar que a proposta de conforto é entregue. Mas isso não basta quando o segmento de modelos como Chevrolet Onix e Hyundai HB20, líderes, com câmbios automáticos modernos, de seis marchas e quase zero de tranco.
Segundo a Toyota, tudo se justifica no consumo, com os números números oficiais (junto ao Inmetro): 8,2 e 9,2 km/l (cidade e estrada) com etanol; e 11,8 e 13,3 km/l com gasolina, respectivamente. É preciso um teste mais longo e completo, mas os rivais podem fazer média ainda mais interessante com seu conjunto atual.
Outro alvo de críticas pesadas, o quadro de instrumentos no alto do painel central foi substituído por uma tela digital de TFT de 4,2 polegadas completa, bem ilustrativa e inspirada na do híbrido Prius.
Mas o carrinho ainda passa longe de oferecer sistemas de conectividade do mesmo nível que dos maiores concorrentes.
E o desenho?
Só que apesar de tudo isso... o desenho externo continua sendo o mesmo. E, convenhamos, isso é extremamente importante no mercado de veículos de entrada, tanto que até mesmo carros com projetos muito mais novos que o do Etios têm se atualizado em visual, nem que seja apenas por meio de mudanças na grade frontal e faróis, para não ficar atrás da concorrência.
Em 2012, UOL Carros chegou a comparar o design do Etios com o do Toyota Yaris, de 1999, para mostrar que o carrinho de duas décadas atrás era mais harmônico que o atual. A sensação continua... e o Etios deve ficar mais um tempo atrás dos principais concorrentes, pelo menos enquanto não oferecer design moderno e sistema de interatividade do século 21.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.