Mopar espera Jeep se firmar de vez para mexer em carros no Brasil
A Mopar, tradicional divisão de peças e acessórios e preparadora da Crysler -- agora FCA --, quer repetir no Brasil o sucesso que conquistou nos Estados Unidos.
A tarefa é complicada, já que o costume do motorista brasileiro não é de investir em acessórios -- ao contrário do que se vê nos EUA, onde cerca de 50% dos carros que saem das concessionárias têm algum tipo de equipamento.
A empresa aposta no crescimento próprio obtido nos últimos dois anos (foram 10% de aumento de 2013 a 2015, levando-se em consideração que suas vendas começaram oficialmente em 2013) e no fortalecimento do próprio mercado de peças e acessórios, que cresceu 93% de 2012 a 2015.
"Os acessórios aumentam o valor agregado de um carro e o brasileiro já percebeu isso, pois mesmo com o setor em queda, como neste ano, esse mercado cresceu", aponta Norberto Klein, executivo responsável pela marca Mopar na América Latina. "É importante que o cliente saiba que o acessório original de fábrica aumenta o valor do seu patrimônio", completa.
Prepara
Questionado sobre a possibilidade de modificar não só o visual dos veículos da FCA vendidos no Brasil, mas também nos motores -- a Mopar é reconhecida historicamente por também aumentar a potência dos carros, criando até mesmo expressões famosas entre entusiastas, como "Mopar or no car" (com Mopar ou sem carro) e "With us or behind us" (conosco ou atrás de nós) --, Klein afirmou que isso depende da velocidade da Jeep em se instalar de vez no país.
"A Mopar é a mesma em todo o lugar. Não há como dizer que jamais mexeríamos em carros do grupo, isso depende do que o mercado procura. Precisamos primeiro esperar que a marca Jeep se consolide de vez no Brasil para podermos pensar em modificações próprias para esse mercado", explica o executivo, ressaltando que a marca de acessórios e peças tem uma área destinada à sua própria produção na fábrica da FCA em Goiana (PE).
Challenger e Charger longe
Fãs de muscle cars terão que esperar mais um pouco. Por conta do investimento que o grupo fez sobre a marca Jeep e fará, em seguida, na Alfa Romeo, a possibilidade de importar para o Brasil os sonhados pony cars norte-americanos Challenger e Charger foi descartada.
"Tivemos que escolher alguns caminhos e infelizmente abdicar de outros. Por enquanto é praticamente impossível levar esses V8 por um preço competitivo. O investimento para preparar esses motores para receber o combustível brasileiro é muito alto", revela.
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