GM fala em goleada de "15 a 0", e rastreamento oficial cresce no país
"O placar do jogo está 15 a 0", informa a General Motors do Brasil. Como no futebol, a "partida" dura quase duas horas e o dono do carro tem sido vencedor sempre. O resultado curioso diz respeito ao total de carros equipados com o sistema OnStar, recuperados após serem roubados, desde outubro de 2015.
Além da GM, a Volvo também tem sistema oficial de rastreamento e serviços para condutores desde 2012, o On Call, com resultados semelhantes. A Ford vai estrear seu serviço, o Ford Pass, também no Salão de SP. A BMW é outra empresa com funcionalidade semelhante, embora bem menos abrangente.
"O OnStar permitiu recuperarmos 100% dos veículos roubados, que voltaram ao dono em até duas horas da ocorrência", afirmou Samuel Russel, diretor do serviço no Brasil, em entrevista à imprensa, na sede da GM, em São Caetano do Sul (SP).
"Foram 15 carros recuperados de 15 ocorrências", esclareceu o executivo, apontando que a tecnologia OnStar (que une rastreamento do carro a serviços de auxílio e conforto ao condutor) já está instalada e ativada em 7.300 carros da marca desde a implantação do serviço no Brasil, há oito meses.
Pela previsão da empresa, o total de carros conectados ao OnStar deve chegar a 8 mil ainda este mês. Por enquanto, apenas o sedã Cobalt, o médio Cruze (hatch e sedã do modelo 2016, além do sedã modelo 2017), bem como a picape S10 e o SUV Trailblazer podem ser habilitados.
Vai cobrar
Claro, o anúncio não é "jogo amistoso". Ofertado como cortesia aos compradores por um ano, o serviço OnStar passará a ter mensalidade (ou anuidade) a partir de novembro. Pacotes e preços serão divulgados durante o Salão do Automóvel de São Paulo. Além disso, o serviço será ampliado para modelos mais baratos (Prisma e Onix) e mais caros (Tracker e Camaro).
Nos EUA, onde existe desde 1996, o OnStar tem pacotes diferentes e que incluem de rastreamento a serviço de dados de internet para automóveis (por lá, a GM pode atuar como se fosse operadora de celular). Na Europa, o OnStar custa até 99 euros (quase R$ 400), de acordo com o perfil de uso.
BO é necessário
Mesmo com o alegado sucesso do OnStar, o executivo da GM esclarece que o dono do carro equipado com o serviço não está dispensado de fazer o boletim de ocorrência (BO).
"O cliente precisa fazer o BO junto à polícia, que é quem vai recuperar o carro roubado. A central do OnStar apenas indica a localização do veículo para as autoridades, que vão atrás da ocorrência", explica Russell.
Pelo protocolo, a central do OnStar pode orientar o cliente com o BO, mas só após o registro da ocorrência é que a empresa está autorizada a enviar o sinal de localização do carro às autoridades. Este trâmite faz o tempo médio de recuperação de carros roubados ser de duas horas, informa a GM.
Volvo também faz serviço
Como no caso do OnStar, o equipamento do Volvo OnCall é instalado na fábrica em todos os modelos desde 2012, mas cabe ao cliente ativá-lo.
Nos dois primeiros anos, o On Call é gratuito, pode ser ativado também em modelos usados (algo não previsto pela GM) e a marca trabalha com renovações anuais, com custo definido. Segundo a Volvo, o Brasil tem 19 mil carros com o recurso, mas apenas 7.500 unidades estão ativadas.
Além de assistência 24h, o OnCall prevê rastreamento quando solicitado, bloqueio remoto em caso de roubo (ativado pela central) e aviso de notificação de colisão. Como no caso do OnStar da GM, a ativação também pode ser feita pelo computador.
Segundo a Volvo, quando ocorrências são notificadas em até 24 horas, 100% dos carros ativos são recuperados em "pouco mais de 2 horas". A marca, porém, não divulga o número de chamados mensais.
Dados oficiais
Segundo dados da SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública de São Paulo), cerca de 7 mil carros são roubados no Estado a cada mês -- oficialmente, foram 47.731 ocorrências registradas de roubos de carro desde outubro de 2015. Apenas em 2016, de janeiro a abril, foram 25.650 BOs registrados.
No Brasil, a média de roubos em 2015 foi de 57 carros por hora, segundo a CNSeg (Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais).
Segundo a GM, a média de recuperação de carros da indústria é de menos de 45%.
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