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Ford mata Fiesta 1.5 e traz 1.0 turbo a R$ 71.990; conheça versão

Propulsor 3-cilindros turbinado será oferecido, por enquanto, só na versão de topo - Leonardo Felix/UOL
Propulsor 3-cilindros turbinado será oferecido, por enquanto, só na versão de topo Imagem: Leonardo Felix/UOL

Leonardo Felix

Do UOL, em Campinas (SP)

28/06/2016 08h00Atualizada em 28/06/2016 14h33

Confirmando os planos anunciados por UOL Carros em dezembro do ano passado, a Ford lançou no Brasil a inédita configuração 1.0 turbo do compacto premium Fiesta.

Dotado de motor 3-cilindros movido só a gasolina importado da Europa, que rende 125 cv de potência e 17,3 kgfm de torque, será oferecido em versão única, sempre com transmissão automatizada de dupla embreagem e seis marchas (a popular Powershift, cujo nome vem sendo cada vez mais escondido pela marca, devido ao histórico negativo de imagem por falhas de confiabilidade).

Preço será de salgados R$ 71.990, já que o modelo assume a posição de topo da gama. 

Além disso, a marca encerra a venda no varejo da configuração 1.5 Sigma flex, de 112 cv e 15 kgfm (etanol). O motivo: parar com canibalização do Fiesta pelo Ka. A partir de agora as concessionárias oferecerão como versão de entrada a SE 1.6 manual, de R$ 51.990.

Executivos dizem que ainda será possível vender o Fiesta 1.5 em acordo para frotistas. 

Preços do Fiesta

Pré-vendas começam nesta quinta-feira (30), com chegada efetiva às concessionárias na segunda quinzena de julho. Confira a lista atualizada de versões e preços:

+ Fiesta SE 1.6 manual: R$ 51.990
+ Fiesta SEL 1.6 manual: R$ 58.790
+ Fiesta SEL 1.6 Powershift: R$ 64.990
+ Fiesta Titanium Plus 1.6 Powershift: R$ 70.690
+ Fiesta Titanium Plus 1.0 EcoBoost Powershift 
(novo): R$ 71.990

Ford Fiesta 1.0 EcoBoost - Leonardo Felix/UOL - Leonardo Felix/UOL
Casamento do compacto com o propulsor turbocomprimido de 1 litro já existe na Europa
Imagem: Leonardo Felix/UOL

No pacote

De série, o Fiesta 1.0 turbo traz: sete airbags; alarme; chaves com sensor de abertura automática da portas; controle de estabilidade e tração; assistente de subida em rampa; partida do motor por botão; ar-condicionado digital; direção elétrica; vidros, travas e retrovisores elétricos; retrovisor interno antiofuscante; sensor de estacionamento traseiro; faróis de neblina; rodas de liga leve aro 16; acionamento automático de faróis e limpadores de para-brisa; piloto automático; sistema multimídia Sync com comandos de voz, acesso a aplicativos de smartphones e assistente de chamadas de emergência.

Dados de desempenho rivalizam diretamente com a unidade aspirada de 1,6 litro, 128 cv e 16 kgfm (etanol). Na prática, o Fiesta turbo sairá mais caro pelo fato de o motor ser importado da Romênia.

Para justificar a diferença, a Ford vai focar em dois preceitos: torque superior, oferecido em sua totalidade logo a 1.500 giros, e consumo mais eficiente. 

No Programa de Etiquetagem do Inmetro o EcoBoost alcançou 15,3 km/l na estrada e 12,2 km/l na cidade, índices que o deixariam entre os 20 carros mais econômicos do país, porém abaixo de outro 1.0 turbinado, o TSI do Volkswagen up!, ou do 1.2 PureTech do concorrente direto Peugeot 208 (e Citroën C3).

Com a nova configuração, a Ford espera incrementar as vendas do hatch em 2016, para um pouco além da média de 1.300 emplacamentos mensais. A montadora evita falar em fatia de mercado e liderança.

Pronto para ser nacional

A fabricante se esforça em dizer que o 1.0 turbo do Fiesta nada tem a ver com o primo 3-cilindros naturalmente aspirado que equipa atualmente o Ka nacional. As semelhanças, porém, sugerem que o caminho para nacionalização foi encurtado ao máximo.

Motor 3-cilindros turbo do Ford Fiesta 1.0 EcoBoost - Leonardo Felix/UOL - Leonardo Felix/UOL
Motor é montado em bloco de ferro, mais pesado que o de alumínio, mas compensa pelo uso de injeção direta
Imagem: Leonardo Felix/UOL
Tal qual o 1.0 do Ka, o EcoBoost importado é montado em bloco de ferro fundido e cabeçote de alumínio -- solução menos moderna que o de rivais como a Volkswagen, porém justificada pelo menor índice de vibração -- e comando variável de válvulas.

A diferença, além da óbvia presença do turbocompressor e do fato de o EcoBoost (ainda) não ser flex, está na utilização de injeção direta de combustível. A tecnologia já é usada no Volkswagen up! TSI, mas ainda ausente no Hyundai HB20 turbo.

Na época da apresentação do 3-cilindros nacional, a Ford admitiu que seria possível adaptar a produção em Camaçari (BA) para acoplar o turbo. Porém, executivos desconversam sobre o tema e sequer abrem o jogo sobre os próximos produtos a receber a tecnologia, mesmo que importada. Isso inclui o Fiesta sedã.

UOL Carros participa de test-drive com o Fiesta 1.0 turbo nesta terça-feira (28) e publica em breve suas primeiras impressões.