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Koleos é o SUV para retomar lado "chic" da Renault? Assista

Eugênio Augusto Brito

Do UOL, em Paris (França)

25/07/2016 21h18

UOL Carros antecipou, em junho, os planos da Renault para trazer o Koleos de nova geração ao Brasil. Depois, no começo de julho, desvendou os planos da marca para se reestruturar no Brasil surfando justamente a onda de SUVs, começando pelo pequenino Kwid e segundo até... o Koleos. Houve quem duvidasse, mas tudo está confirmado e será anunciado oficialmente em breve.

Por reestruturação, leia-se: retorno a bons níveis de venda e crescimento frente às rivais (tarefa do Kwid, com preço prometido abaixo de R$ 30 mil); depois, retorno à tradição de carros com estilo francês e tecnologia de ponta, algo não visto desde a aposentadoria do Mégane por aqui -- esta é a missão do Koleos.

Mas será que dá certo?

Após ter experimentado o SUV grande (4,67 m de comprimento, 2,70 m de entre-eixos e 550/1.690 litros no porta-malas) em pequeno circuito off-road no campo de provas de Mortefontaine, bem como por cerca de 200 quilômetros em rodovias, ruas e avenidas na região metropolitana de Paris, UOL Carros pode apontar: pelo SUV em si, pode funcionar -- tudo depende agora do preço dado ao modelo no Brasil e da aceitação (ou preconceito, melhor dizendo) do público com a marca, pelo histórico recente.

Para saber como o modelo é, basta reler nosso texto de junho. Nessa nova geração, o Koleos ainda é fabricado na Coreia do Sul (de onde será exportado a mercados da Europa, Ásia, Oriente Médios e América), mas sob total supervisão da Renault francesa. Visual é dos atuais Mégane e Talisman, com grade em forma de asa (com barras horizontais cromadas e o grande diamante da marca centralizado), conjunto óptico de LED em forma de "C" e lanternas também de LED em forma de clipe de papel (para muitos, elas lembrarão as peças usadas pela divisão Lincoln, da Ford). Tecnologia é de ponta, assim como conforto.

Como a base construtiva é Nissan -- motor 2.5 a gasolina, 172 cv (170 hp); câmbio CVT XTronic -- vêm do novo X-Trail, tudo correu bem, tanto na pista de terra batida, quanto no ótimo asfalto europeu. 

Tração 4x4i (AWD adaptativa) sempre transfere os 23,76 kgfm de torque às rodas dianteiras (no padrão 2WD) garantindo um rodar suave, mas que pode incomodar um pouco quem prefere saídas mais velozes -- algo desnecessário, porém, no transporte familiar. Nestas condições, rodando sobretudo em rodovias, obtivemos um consumo médio de 7 km/l. 

Para situações de asfalto escorregadio ou pista mais inadequada, há o 4WD Auto (que transfere de 5 a 15% da tração às rodas traseiras nas pisadas mais fortes no pedal) e mesmo o 4WD Low (50% nos eixos traseiros, utilizado com velocidades de até 40 km/h), que deixam o SUV totalmente na mão, mais esperto e sem consumir muito mais (no teste off-road e em parte do trajeto urbano, o consumo nesse modo foi de 6 km/l).

Grande questão é a possível configuração a diesel, que também pode ser importada pela Renault para maior força (176 cv e 32,63 kgfm) e consumo menor. Também fica no ar a promessa de trazer todos os equipamentos de conforto e auxílio ao condutor (funcionam de modo magistral no carro para a Europa, mas resta saber o que será mantido no Brasil).

Com tudo isso considerado, a Renault espera ter um bom trunfo contra Honda CR-V (quase R$ 150 mil), Kia Sorento (R$ 180 mil), Hyundai SantaFe (na mesma faixa) e até Land Rover Discovery Sport (acima dos R$ 200 mil). Ter preço condizente (espera-se algo até os R$ 170 mil) é fundamental.

Viagem a convite da Renault do Brasil