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Após mais de 20 anos, GM encerra vendas do sedã Classic no Brasil

Leonardo Felix

Do UOL, em São Paulo (SP)

08/09/2016 13h28

Depois de quase 21 anos de mercado -- o período leva em conta o lançamento do antigo Corsa Sedan, em novembro de 1995 --, o Chevrolet Classic enfim parou de ser vendido no Brasil.

O sedã compacto deixou de compor a gama de produtos da marca, tanto nas concessionárias quanto no site oficial, desde o início deste mês. Procurada por UOL Carros, a assessoria da GM confirmou a informação.

"A GM do Brasil informa que, a partir de setembro, deixará de importar o modelo Chevrolet Classic, que continua sendo produzido e comercializado na Argentina", resumiu a fabricante em comunicado. Atualmente o pequeno três-volumes é fabricado em Rosário, de onde vinha como importado.

Histórico

Lançado em 11 de novembro de 1995, como configuração sedã da primeira geração do Corsa -- plataforma S4200 --, o Classic (à época batizado de... Corsa Sedan) chegou nas versões GL e GLS, sempre equipado com motor 1.6 4-cilindros MPFI, de 92 cv e 13 kgfm. Em 98 foi apresentada a configuração "mil", mais acessível, que rendia 68 cv e 9,2 kgfm.

Com o advento da segunda geração da família Corsa, em abril de 2002, a GM decidiu rebatizar o modelo usando o nome de sua então versão de topo. Surgia o "Classic".

Inicialmente a gama era formada por versões com motor 1.0 (recalibrado para 70 cv) e 1.6. A partir de 2005, para não canibalizar seus dois sedãs compactos, o Classic passou a ser oferecido somente com motor 1-litro (72 cv), enquanto o Corsa Sedan recebia motorização 1.4.

Em 2008 vieram as últimas atualizações de trem-de-força, deixando o sedãzinho com 78 cv. Em 2010 ocorreu a derradeira reestilização visual. Depois disso a GM promoveu mudanças pontuais no pacote de equipamentos para tentar deixá-lo atualizado com o mercado.

Desde o lançamento do Corsa Sedan até agosto deste ano o Classic emplacou aproximadamente 1,5 milhão de unidades, sendo o segundo sedã mais vendido da história do país, atrás apenas do Fusca.

Apesar do índice robusto, o modelo já vinha demonstrando perda de fôlego nos últimos anos: se chegou a passar de 122 mil exemplares comercializados em 2010, caiu para 48.382 em 2014 e, nos oito primeiros meses de 2016, chegou a apenas 10.889 (média inferior a 1.400 por mês).