Novo motor 1.0 de Sandero e Logan mostra fôlego e vai melhor na cidade
Novo motor 1.0 SCe vai melhor na cidade que na estrada
Não há escapatória: o aperto nas metas do Inovar-Auto, em sua fase final para 2017, forçou as fabricantes a se mexer (finalmente) em busca de modelos que bebam menos combustível. Por isso temos tantos lançamentos com novos motores, a maioria usando soluções como a configuração de três cilindros e/ou sobre-alimentação por turbo. A Renault jogou com o regulamento embaixo do braço e se encaixa na primeira opção.
Na noite da última quarta-feira (30), a marca apresentou Sandero e Logan com uma dupla de novos motores -- você pode rever aqui. O principal é o 1.0 3-cilindros, que servirá também ao futuro Kwid. Mas há também um novo 1.6 4-cilindros (herdado da Nissan), que também equipará Duster, Oroch e Captur.
UOL Carros rodou com unidades de Sandero e Logan 1.0, sempre na versão Expression, que custa R$ 44.950 (hatch) e R$ 48.200 (sedã). Ambos contavam com opcional de R$ 1.300 para sensores traseiros de estacionamento e Media Nav Evolution (tela tátil de 7 polegadas, GPS e econômetro).
Como anda
Em pequeno teste de 40 quilômetros em perímetro urbano, sempre com ar-condicionado ligado e usando etanol, a autonomia foi de 9,7 km/litro, no computador de bordo (mas que se alinha ao resultado do Inmetro). Médias mais realistas, só com testes maiores.
Com bloco de alumínio, comando de válvulas variável e gerenciamento inteligente de energia (tecnologia inspirada nos motores de F1), o 1.0 é calibrado para render 79/82 cv de potência e 10,2/10,5 kgfm (gasolina/etanol) -- ele se alinha ao motor aspirado do Volkswagen up! (82 cv/10,4 kgfm com etanol) e é mais potente (mas menos "torcudo") que o novo 3-cilindros do Mobi (77 cv/10,9 kgfm). O desempenho é elástico e relativamente vigoroso para um "mil".
Relação de marchas curta ajuda a explicar melhor resultado em ciclo urbano do que na estrada, segundo o Inmetro. Direção, agora eletrohidráulica (antes era apenas hidráulica), ficou mais precisa e firme, mas ainda deixa a desejar se comparada às elétricas. Há ainda pequenas vibrações, típicas de 3-cilindros, embora em níveis menores que aquelas de concorrentes como Volkswagen (Gol, up! e Fox) e Hyundai HB20.
Mas o SCe fica devendo em relação ao também recém-lançado FireFly do Fiat Mobi.
Ruídos também invadem a cabine de modo um tanto incômodo -- provavelmente por falha de isolamento acústico (questão de custos) e transmissão -- o câmbio manual de cinco marchas segue fazendo barulho, apesar de as trocas estarem mais precisas, graças à troca do acionamento pelo velho e obsoleto varão por cabos.
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