Hyundai Creta e Chevrolet Tracker duelam para saber quem pode desafiar HR-V
UOL Carros analisa as propostas da dupla de SUVs; assista
As duas maiores novidades do segmento de SUVs compactos deste início de ano, ambas reveladas no último Salão do Automóvel de São Paulo, em novembro passado, são Hyundai Creta e Chevrolet Tracker.
Captur corre por fora, mas poderia ter tido mais carinho por parte da própria Renault para não tropeçar nas próprias características, conforme analisamos em UOL Carros.
Sendo assim, qual dos dois modelos mais promissores está mais preparado para encarar o HR-V, adorado pelo público e líder de vendas da categoria?
Convocamos as duas versões mais equipadas para o duelo: Creta Prestige 2.0, de R$ 99.490, e Tracker LTZ, que parte de R$ 89.990, mas vai a R$ 92.990 com seis airbags. O carro da Chevrolet sai na frente pela (boa) vantagem de preço.
A desvantagem do Creta, porém, é anulada com a lista de equipamentos. A Hyundai de Piracicaba oferece praticamente o mesmo conteúdo que o rival entrega e ainda brinda o comprador com itens como banco do motorista refrigerado, controles de tração e estabilidade (que a GM capou do Tracker importado ao Brasil), farol com acendimento automático, ar-condicionado digital e câmbio com possibilidade de trocas manuais -- a alavanca do Tracker até possui um botão para tal fim (que já foi visto em outros carros da marca), mas a solução é tão imprópria que sequer vale ser citada.
Falando apenas de trem-de-força, o Creta é mais potente (são 166 cavalos contra 153 cv, sempre com etanol), mas é menos torcudo (20,5 kgfm do Hyundai, contra 24 kgfm do Chevrolet). Na prática, o Tracker arranca na frente no semáforo, mas perderia caso houvesse uma disputa de velocidade final. O consumo do carro da GM é melhor por conta da concepção mais atual do motor, que conta com turbo, mas também da ação do câmbio de seis marchas, que é mais preciso que o da Hyundai (esse também tem seis marchas, mas sua programação se mostra indecisa em certas ocasiões).
Visualmente, ambos chamam a atenção e têm desenhos que agradam, mas com escolas opostas. O Tracker é estiloso e foi renovado de forma a repetir o sucesso de Cruze (no Brasil), Camaro e Impala (em outros mercados), mas tropeça demais no interior simplificado. Já o Hyundai Creta faz o "avesso" da GM: é bem conversador, ao estilo "caixote", no exterior. De resto, é cheio de boas sacadas para não ficar datado, como ousadia nas cores, uso coerente de LEDs, acerto no uso dos cromados e revitalização do interior com faixas em tons contrastantes nos bancos de couro e no revestimento de portas e painel.
Se qualquer Chevrolet acaba sendo suave ao rodar e tem enorme rede de concessionárias e oficinas de serviços pelo país, o Tracker não é diferente, mas o motorista e seus passageiros ainda podem perceber algum aperto, sobretudo na comparação com o Creta -- este tem um "latifúndio" de espaço e porta-malas -- que, no fim das contas, se não é tão suave no trato, pelo menos tem bom isolamento acústico.
Nos detalhes, percebe-se que a GM cortou um pouco mais do que acrescentou, permitindo ao modelo da Hyundai chamar mais atenção e se posicionar como opção mais acertada ao HR-V após todas as considerações.
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