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C4 Lounge "deita" com motor turboflex a R$ 75 mil, mas tem falhas básicas

André Deliberato

Do UOL, em São Paulo (SP)

24/04/2017 04h00

Espaçoso e confortável, sedã anda bem, mas erra no pacote de equipamentos adotado pela versão de entrada

O segmento de sedãs médios, hoje, é dominado por Toyota Corolla e modelos que oferecem motores turboflex: Honda Civic, Chevrolet Cruze e Volkswagen Jetta. Fim.

Qualquer um fora dessa lista pode ser considerado" ultrapassado", não em relação à tecnologia, mas ao pacote proposto ao cliente, algo diretamente relacionado ao preço.

Ford Focus Fastback (R$ 85.990), Peugeot 408 (R$ 86.680) e Nissan Sentra (R$ 81.900) são exemplos de bons veículos atualizados recentemente que não fazem sucesso por conta do preço elevado -- afinal, pelo mesmo valor é melhor levar os modelos que mais vendem, não é mesmo?

Mas e o Citroën C4 Lounge com motor 1.6 THP (turbo) a R$ 75.590? UOL Carros decidiu experimentar essa versão.

Anda muito

Turbo é turbo, né? O C4 Lounge Origine permite que os 173 cavalos (com etanol) do motor sejam comandados por um câmbio manual de seis marchas -- que para muitos pode não ser algo bom (principalmente na hora de pensar na revenda) --, mas para quem gosta de dirigir é o melhor que pode existir.

Estável, bom de curva, silencioso e confortável: o C4 Lounge consegue receber cinco pessoas com folga e receber a bagagem de (quase) todos: o porta-malas carrega 450 litros, praticamente o mesmo que os concorrentes.

Na lista de equipamentos de série, entre outros itens, o sedã traz controle de tração e estabilidade; assistente de partida em rampa; chave inteligente (Key Less), que permite destravar as portas mesmo com a chave no bolso; e botão "Start Stop", que liga o motor com apenas um toque sem a necessidade da chave na ignição.

Eita!

Mas não é possível toda essa maravilha por R$ 75,5 mil, certo? Sim, não é: falta muita coisa para o C4 chegar perto dos quatro carros citados lá no começo.

Bancos de couro, câmbio automático e central multimídia com tela no painel e conexão para smartphones são três ausências importantes. Mas a principal delas está lá atrás: como pode um carro de 4,62 metros sem câmera-de-ré (disponível em versões mais caras) não ter sensor de estacionamento?

Falha básica que, nesse caso, equipe de UOL Carros precisou improvisar para corrigir. Confira, na vídeo-reportagem, no topo desta página.