VW sobe nível do up! com versão Connect; veja como anda carro de R$ 54.990
Ideia da marca é conquistar novos clientes; modelo será intemediário de Gol e novo Polo
UOL Carros já mostrou a nova cara do up!, que inicia as reformulações de linha da Volkswagen up!. A meta é deixar de lado o aspecto (e o posicionamento) de carro de entrada (papel que volta a ser instantaneamente do Gol) e cativar um cliente de maior poder aquisitivo, que procura um carro mais completinho e conectado.
De forma prática, o up! passa a ser o novo "carrinho de imagem" da Volks, com pegada de primeira opção "premium" na linha de produtos da marca e proposta de "qualidade", não mais "quantidade".
Antes, o hatch chegou custando mais caro do que se imaginava, promovendo uma incompreensível canibalização interna com o Gol e até com o Fox. A Volkswagen perdeu uma grande oportunidade de exibi-lo como o primeiro veículo de entrada brasileiro que entregava desempenho, economia de combustível e segurança a um preço acessível. Com a atualização, além do trabalho muito melhor de publicidade, a fabricante quer corrigir vários equívocos.
Na prática
Passamos um tempo com o move up! série Connect que encarna essa ideia: além dos retoques de para-choque que ampliaram o carrinho em 8,3 cm, há reformulação no interior, melhorias na qualidade do acabamento e na conectividade: o sistema multimídia se integra ao celular do motorista -- como o Live On, da Fiat, faz no Mobi. Há ainda comandos multifuncionais no volante, que é o mesmo do Golf.
Motores e câmbio são conhecidos: no cado do Connect testado, falamos do manual de cinco marchas comandando o 1.0 TSI (turbo com injeção direta, 105 cv com etanol).
Pegar a estrada com o move up! TSI Connect foi o exercício mais fácil. Equipado com o conceituadíssimo motor 1.0 turboflex de 105 cv e 16,8 kgfm (etanol), forte o suficiente para empurrar os 987 kg (em ordem de marcha) sem dificuldades, mais rodas de liga leve 185/60 aro 15 -- estas dão muito mais estabilidade do que as antigas rodinhas de aço aro 13 --, o pequeno hatch tirou de letra as retas das rodovias e as curvas da estradinha que leva de Guaratinguetá a Cunha, em São Paulo.
Nas ladeiras com paralelepípedos da região urbana de Cunha ele também se saiu muito bem, obrigado. Só sentiu a pressão em pequenos trechos de terra desbravados pela reportagem. A pouca altura em relação ao solo e as suspensões relativamente duras comprometem o conforto nesse tipo de piso. A tração dianteira também requer atenção especial à utilização em pontos escorregadios.
Ponto positivo é que o up! foi e voltou, pegou o trânsito carregadíssimo de São Paulo e ainda passou por todas as alterações de relevo e pavimento de Cunha sem precisar parar no posto. Foram 670 quilômetros rodados com gasolina e ainda sobrou combustível, o que significa autonomia superior a 14 km/litro.
Só que esse "avanço" todo de imagem e posicionamento mexem no preço: se há três anos um up! de entrada (com duas portas e IPI reduzido, é verdade) custava R$ 26.900, hoje a unidade mais barata do carrinho não sai por menos de R$ 37.990. E a versão mais cara, com todos os opcionais, pode ultrapassar os R$ 60 mil.
O carro do vídeo -- que é uma série especial de lançamento -- custa R$ 54.990. Fica a pergunta e ela também depende de cada cliente: vale a pena assinar o cheque nesse valor por um subcompacto?
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