Audi Q5 2018 parte de R$ 244.990 e vai poder andar sozinho; veja avaliação
Nova geração será mais um SUV supertecnológico, mas só em setembro; por enquanto, avaliamos a configuração "comum"
Além da configuração blindada de série, a nova geração do SUV Q5 está sendo apresentada agora ao Brasil com novos equipamentos e preços que partem de R$ 244.990. Os primeiros clientes já podem encontrar as três versões nas lojas, mas a de topo Ambition com opcionais semiautônomos chegará só em setembro. Já a blindada poderá ser encomendada a partir de outubro (com quatro a seis meses de espera).
Apresentado globalmente no final de 2016, o novo Q5 é construído sobre a mesma plataforma de A4, A5, Volkswagen Arteon e Porsche Macan, a MLB (base modular para veículos de motorização longitudinal do grupo Volkswagen), para se colocar junto do novíssimo Volvo XC60 como referência tecnológica do segmento. Ambos querem encerrar vantagem numérica de BMW X3, Mercedes-Benz GLC e do líder de vendas Land Rover Discovery Sport.
Confira os valores:
+ Audi Q5 Attraction: R$ 244.990
+ Audi Q5 Ambiente: R$ 274.990
+ Audi Q5 Ambition: R$ 292.990
+ Audi Q5 Security (blindado): R$ 354.990 (sob encomenda)
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Nova geração de recheio
Nesta nova linha, o Q5 incorpora as mesmas soluções de condução semiautônoma do A5 e do Q7 Diesel, com o pacote Assistance Tour: controle de cruzeiro adaptativo, auxílio ativo de manutenção em faixa e assistente de tráfego em congestionamentos. Tudo isso, porém, será opcional e só estará disponível em meados do próximo mês.
De série o SUV traz em qualquer versão: tração integral inteligente (Quattro Ultra); seis modos de condução; controles de estabilidade e tração com assistente de partida em rampas; rodas de liga leve aro 18; faróis de xenônio; retrovisores externos eletricamente rebatíveis; retrovisor interno anti-ofuscante; freio de estacionamento elétrico com auto hold (segura o freio automaticamente em paradas breves); volante multifuncional com direção elétrica progressiva; ar-condicionado automático e digital; bancos de couro, com ajuste de lombar na fileira dianteira; controle de cruzeiro com limitador de velocidade; sensores de luminosidade e chuva; faróis com ajuste automático de altura do facho; monitoramento de pressão dos pneus; sensores de estacionamento dianteiros e traseiros; câmera de ré; e central de entretenimento com projeção de celulares e navegação GPS.
A versão Ambiente terá ainda: ar-condicionado trizona; retrovisores com memorização de posições; bancos dianteiros esportivos e com função memória para o motorista; quadro de instrumentos 100% digital (12,3 polegadas); teto solar panorâmico; porta-malas com abertura elétrica e sem as mãos (sensor de chute); assistente de estacionamento; partida do motor por botão; e rodas aro 19.
Na Ambition: faróis full-LED com assistente de luz alta; lanternas traseiras dinâmicas em LED; luzes internas customizáveis; retrovisores externos antiofuscantes; teto com forro preto; e rodas aro 20 são exclusivos. Somente nela aparecem como opcionais os pacotes Side Assist (assistente de ponto cego e de tráfego cruzado à reversão), de R$ 6.500, e o referido Assitance Tour por R$ 12.600. Pintura metálica ou perolizada acrescenta R$ 2 mil à etiqueta.
Primeiras impressões: só faltou andar sozinho
UOL Carros teve o primeiro contato com a segunda geração do Q5 em test-drive coletivo de cerca de 90 quilômetros por trechos urbanos, pequenas estradas asfaltadas e até alguns poucos quilômetros sobre piso de terra batida com porções de lama no Rio de Janeiro (passando por Parque Olímpico, Barra da Tijuca e Pontal). A versão testada foi a de topo Ambition, sem opcionais.
Ainda desprovido das assistências que fazem o veículo andar sozinho, o Q5 se torna um SUV "comum". Claro que é preciso aqui relativizar a expressão: "comum": estamos realizando um comparativo com o que já se disponibiliza no segmento de utilitários médios premium. Isto porque acabamento, climatização interna e conforto dos assentos são, obviamente, dignos de um modelo de luxo, mas nada que rivais como BMW X3 ou Mercedes-Benz GLC já não ofereçam.
Grande destaque vai para o painel, que ficou bastante moderno ao combinar o cockpit virtual herdado de TT, A4 e A5 à central multimídia com projeção de celulares. Embora as telas não sejam táteis (um grande pecado), os comandos do console central estão rearranjados e muito mais intuitivos, simples de se mexer. Nesse ponto o Q5 ficou um passo à frente da concorrência, junto com o novíssimo Volvo XC60.
Motor 2.0 TFSI (4-cilindros turbocomprimido a gasolina de dupla injeção) usa sempre a calibração de ciclo Otto (252 cv e 37,7 kgfm), a mesma das versões de topo do A5. Curioso notar que, enquanto o sedã é capaz de quase "voar" com ela, o SUV tem comportamento mais comedido. Consequência do peso maior e do coeficiente aerodinâmico naturalmente inferior (devido ao tipo de carroceria). Ainda assim, é notório que o Q5 se mostra um automóvel com bastante fôlego.
Também merecem menção o câmbio automatizado de dupla embreagem e sete marchas, capaz de realizar trocas bastante velozes (graças a uma embreagem multidisco que promove o acoplamento em apenas dois décimos de segundo, tendo ainda a capacidade de "prever" a próxima troca com cinco décimos de antecedência), e a tração integral Quattro Ultra, que permite distribuir qualquer percentagem de torque entre os eixos (a partir do uso de eixo cardã com semiárvores de tração em cada eixo).
Uso da plataforma modular MLB (a mesma de A5, Q7 e Porsche Macan, voltada a veículos de propulsor longitudinal do grupo Volkswagen) permitiu que o Q5 "emagrecesse" 50 kg ao mesmo tempo em que cresceu: 4,66 metros de comprimento (+3,4 cm), 1,89 m de largura (+0,5 cm), 1,66 m de altura (+0,4 cm) e 2,82 m de entre-eixos (+1,2 cm).
Carroceria apresenta comportamento exemplar em relação a níveis de inclinação, muito por conta das suspensões muito bem arquitetadas (ambas independentes, multibraço e dotada de braços triangulares, sendo barra estabilizadora na dianteira e controle eletrônico de amortecimento na traseira).
Visual não empolga tanto, talvez porque o Q5 tenha ficado parecido demais com um Q3 de dimensões mais generosas. Só o sistema de iluminação por LEDs, tanto nos faróis quanto nas lanternas, são capazes de torná-lo um pouco mais atraente do que o primo menor.
Todavia, são os opcionais semiautônomos, ainda não disponíveis e que, portanto, não pudemos experimentar, que tornarão o Q5 um modelo verdadeiramente especial. Para tanto, será preciso ter um pouco mais de paciência para aguardar sua chegada (que não vai demorar tanto assim) e, óbvio, estar disposto a assinar um cheque de valor maior.
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