Usados: Fiat Grand Siena tem bom espaço e porta-malas mesmo devendo fôlego
Sedãs compactos no geral deixaram de ser meros carros de entrada: eles cresceram e aprimoraram o espaço interno para apelar à racionalidade dos consumidores. O Nissan Versa, de 2011, é um ótimo exemplo, com interior extremamente espaçoso e amplo porta-malas. Outro personagem dessa turma é o Fiat Grand Siena, que surgiu em 2013 e hoje tem fartura em opção de seminovo, principalmente porque caiu nas graças dos taxistas.
Com 2,51 m de entre-eixos e 1,70 m de largura, a segunda geração do Siena atrai pelo conforto a bordo. Dois adultos e uma criança conseguem viajar no banco de trás e o motorista tem a maior parte dos equipamentos ao alcance das mãos e dos olhos. O porta-malas também leva todas as traquitanas graças aos 520 litros -- mas cuidado com o "pescoço de ganso" (aquela dobradiça pantográfica na parte interior da tampa do bagageiro).
Há três opções de motores: 1.0, 1.4 e 1.6. Motores de 1 litro (73/75 cv) e 1,4 litro (85/88 cv) são aconselháveis só para quem vai usar o carro basicamente na cidade. Ambos são da família Fire, fracos e perdem o fôlego de forma assombrosa em qualquer subidinha. Porém, ambos têm consumo regular, com nota B no Inmetro.
Se você puder gastar uns R$ 4 mil a mais, opte pelas versões com motor 1.6 16V E-torq (115/116 cv). Ele é mais esperto, principalmente para dar aquela esticada na estrada no fim de semana. Mesmo assim, está longe de ser o suprassumo do desempenho e da eficiência: o consumo é nota E na categoria. Ao mesmo tempo, tem bom torque -- embora ele só apareça em sua plenitude, acima das 4.000 rpm --, o que requer reduções de marcha a todo o momento. Depois de atingir esse giro, o Grand Siena deslancha.
Molenga
Por falar em trocas de marcha, o sedã mantém aquela característica enraizada nos compactos da Fiat: engates da caixa manual são macios, mas molengas demais e com curso longo. De qualquer forma, nem cogite optar pela versão Dualogic -- por mais que tentem convencer que, com o tempo, a transmissão automatizada tenha melhorado em termos de trancos e imprecisões.
O acerto de suspensão é bem melhor do que no Siena mais velho (o Fire). Contudo, apesar de não ser aquela gelatina, ainda é macia demais para os padrões brasileiros e deixa o carro meio "João Bobo" (solto) em curvas mais fortes e ruas esburacadas.
A configuração Essence é a mais completa e uma unidade de 2015, no finzinho da garantia, custa entre R$ 38 mil e R$ 44 mil. Vem com ar-condicionado, direção hidráulica, vidros dianteiros e travas elétricos, faróis de neblina, rodas de liga-leve, banco do motorista e coluna de direção com ajuste de altura, computador de bordo e encosto traseiro rebatível.
Veja mais
+ Quer negociar hatches, sedãs e SUVs? Use a Tabela Fipe
+ UOL Carros no Twitter
+ Inscreva-se no canal de UOL Carros no Youtube
+ Siga também UOL Carros no Instagram
Equipamentos
Na base da pesquisa, é possível achar modelos recheados com aqueles diversos pacotes de opcionais da Fiat. Retrovisor eletrocrômico, som com USB e Bluetooth, alarme e sensor de ré são alguns dos itens extras. Tem também a edição Sublime, com revestimento de couro bicolor, frisos cromados e retrovisores elétricos,
Para completar, o Grand Siena ainda tem fama de manutenção barata: no Índice de Manutenção Veicular do Cesvi Brasil -- que avalia o nível de reparabilidade dos veículos -- obteve 21 (1.4) e 22 (Essence 1.6) pontos, em um mínimo de 10 (menor custo) e máximo de 60 (maior custo).
Além disso, as peças são mais em conta. O jogo de pastilhas de freio pode ser encontrado por menos de R$ 40, enquanto a bomba de combustível tem preços abaixo de R$ 400. Até mesmo as revisões programadas na concessionária não assustam: as de 40 mil e 50 mil km somam R$ 1.042 nas versões 1.0 e 1.4 e R$ 1.300, na 1.6.
Não surpreende que esse custo/benefício do Grand Siena tenha atraído tantos taxistas -- o sedã é visto com frequência na praça, seja em São Paulo ou no Rio. E o usado com kit GNV nem assusta tanto, porque você pode optar pela versão Tetrafuel, com gás natural de fábrica, que custa o equivalente aos modelos 1.6.
Boas safras: 2015 e 2016.
Melhor versão: Essence 1.6 16V.
Boa compra: Essence 1.6 16V 2015, com preços entre R$ 38 mil e R$ 44 mil.
Pontos positivos: espaço, ergonomia, porta-malas e custo de manutenção.
Pontos negativos: acabamento, acerto da suspensão, câmbio e retomadas de velocidade.
Evite: versões com câmbio automatizado Dualogic.
Atenção: a ruídos na suspensão, principalmente a dianteira, ao passar por lombadas e valetas.
Atenção 2: parte elétrica do sedã costuma apresentar problemas recorrentes.
Atenção 3: a portas que não fecham facilmente.
Recalls: para verificação e troca do volante (2013 e 2014), atuador da embreagem (Dualogic, 2014), bobina (2017), caixa de marcha (2017) e alternador (2017).
Para racionalizar: a versão Tetrafuel vem com kit GNV de fábrica, mas tende a desvalorizar mais.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.