Lifan quer marca americana pra chamar de sua; só não conta qual é
Negociação ainda é mantida em sigilo; vale lembrar que Fiat-Chrysler está na mira de chineses
Uma possível compra da FCA (Fiat-Chrysler Automobiles) por empresas chinesas preencheu manchetes há quatro meses. O principal questionamento nem mirava a autenticidade do fato, mas sim quem, afinal, arremataria o conglomerado ítalo-americano: Great Wall, Dongfeng, Geely ou Guangzhou?
Na sequência, executivos da Geely, da Dongfeng e da Guangzhou negaram tais planos, enquanto Sergio Marchionne, chefão da FCA, disse ao "Automotive News Europe" que não estaria certo quanto a uma aliança com a Great Wall, após esta ter declarado seu interesse na Jeep, uma das marcas da FCA.
"Há questões sensíveis associadas a fusões transnacionais", disse o chefão da FCA.
E assim o assunto ficou no ar...
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... Até agora. UOL Carros conversou com o presidente mundial da Lifan, Mu Gang, que prefere ser chamado por seu nome ocidental, Mark Timber. Assim como a Geely fez com a Volvo, a Lifan poderia eventualmente comprar uma marca de automóveis já consolidada, compartilhar experiências e tecnologias, e assim melhorar a qualidade dos próprios carros?
Seria a segunda ação ousada envolvendo uma marca chinesa -- a última foi a negociação entre a brasileira Caoa e a chinesa Chery -- em menos de um mês?
"Sim. É por isso que estamos negociando com uma marca norte-americana", confirmou o principal executivo da companhia. Qual empresa, obviamente, ainda é segredo que resiste.
FCA? "O mundo é maior do que isso", disse Timber, sorrindo.
X80, depois X70
De fato, não dá para ignorar o poderio da Lifan. Ainda que não seja uma das grandes chinesas, tem capacidade instalada de 500 mil carros/ano. No Brasil, até o último ano, era a marca chinesa que mais entregava carros novos, com o SUV compacto X60.
Em seu próprio território, a Lifan tem um programa de compartilhamento de veículos elétricos que é um dos principais empreendimentos automotivos da China, e que se expande a ponto de incentivar possível aporte do governo chinês.
Timber, porém, prefere falar das novidades para o Brasil. "Teremos, no mínimo, dois novos SUVs em 2018, que são X80 e X70. E se o cenário for favorável, a minivan M7", promete.
O X80 chega até abril, como alternativa a Hyundai Santa Fe e Toyota SW4. Com motor 2.0 turbo de 183 cv, câmbio automático de seis marchas e 4,82 m de comprimento, promete se manter dentro da faixa de R$ 100 mil a R$ 130 mil.
Na sequência chega o X70, que nada mais é que a segunda geração do X60, o modelo mais vendido da marca. Terá motor 2.0, de 141 cv.
Mas o maior segredo dessa nova linha é outro SUV de interior luxuoso, que marca a segunda geração de veículos da marca e deve chegar entre 2019 e 2020. Timber exibe, orgulhoso, fotos dele no seu iPhone 8, mas sem citar nome, especificações ou segmento. É inegável, porém, sua semelhança com o Levante, utilitário esportivo da Maserati -- marca, diga-se de passagem, que está sob o guarda-chuva da FCA. Coincidência?
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