Usado legal: carro com teto solar por R$ 21 mil? Veja opções para o verão
Atendendo à sugestão de um leitor, mostramos boas opções de usados com o item e damos dicas para comprar com segurança
O sol é para todos. Pelo menos no que diz respeito a automóveis. Nos últimos anos o teto solar se popularizou entre os carros e, com isso, é grande a quantidade de seminovos com o equipamento. Tem compacto de entrada, sedã, hatch médio, SUV…
Para quem tem aqui vai uma boa notícia: segundo dados da Webasto, fabricante alemã de tetos solares que fornece o componente a mais de 20 modelos à venda no mercado brasileiro, um veículo que possui o item chega a valorizar até 10% no mercado de usados em relação a outro de mesmo ano-modelo e com quilometragem próxima que não disponha dele.
Por isso, atendendo a um pedido do leitor Roberto Nini Rachman, UOL Carros reuniu algumas dicas para curtir o céu sem dor de cabeça -- e também uma lista de usados de diferentes tipos (e preços) que trazem o equipamento.
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Quer comprar? Saiba como fazer
Os tetos solares evoluíram junto com os carros. Hoje, os sistemas de fechamento e abertura do equipamento, além das vedações, são bem avançados e práticos. Porém, exigem manutenção. Ao pesquisar usados, primeiro faça que nem seu filho de quatro anos: abra e feche diversas vezes o teto.
Observe se o botão está com bom contato e se o vidro responde prontamente ao comando. Além disso, fique atento ao deslizamento do teto. Se estiver emperrando em alguns pontos ou com ruídos durante a operação, pode ser sinal de falta de lubrificação ou de que chegou a hora de trocar as correias.
Essa verificação, inclusive, servirá para depois da compra. O Manual do Proprietário -- aquele livro, coitado, quase sempre esquecido no porta-luvas -- traz as recomendações para uso correto, assim como a eventual manutenção na concessionária.
Além disso, há lojas especializadas em teto solar que fazem revisões. Geralmente, estas incluem inspeção dos comandos elétricos e cabos que acionam o sistema, limpeza e lubrificação das canaletas e verificação das vedações de borracha. Os serviços variam entre R$ 100 e R$ 700.
Outra dica para antes de comprar o seminovo com teto solar é ficar atento aos detalhes. Se o vidro do equipamento estiver trincado corre-se o risco de ter problemas futuros. Também cheque se o forro do teto em volta de onde está instalado o acessório apresenta manchas ou partes estufadas, o que pode indicar vazamentos por má vedação.
Tomados os devidos cuidados, não faltarão escolhas para o fã de teto solar aproveitar o sol do verão 2018. UOL Carros separou 10 opções de compras de seminovos com o equipamento para diferentes gostos e bolsos. Ah, e se chover é só deixar o teto fechado, claro. Confira as dicas:
1. Audi A3 Sedan
O três-volumes da Audi é mais divertido que o hatch, com esportividade na dose certa e estabilidade exemplar. Se tornou brasileiro em 2015. Verdade que a suspensão traseira multibraço deu lugar ao eixo de torção e o câmbio automatizado de dupla embreagem foi trocado por um Tiptronic de seis marchas, mas o motor passou a ser flex e a potência saltou de 122 cv para 150 cv. Mas fique atento: só as versões Ambiente têm teto solar panorâmico.
+Boa safra: 2016
+Preços: de R$ 85 mil a R$ 95 mil.
+Pontos positivos: desempenho, comportamento dinâmico, dirigibilidade e acabamento.
+Pontos negativos: espaço no banco traseiro e custo de manutenção.
2. BMW 120i
Ter um BMW, hatch e de porte médio, é um sonho de ostentação "acessível" para muita gente. O teto solar no caso do Série 1 só vem corroborar essa proposta. Os últimos anos da primeira geração do 120i são uma boa pedida (2010/ 2011). Apesar de o motor 2.0 de 156 cv a gasolina ser apenas competente para o conjunto, já tem duplo comando variável de válvulas na admissão e no escape e bastante força em baixos giros. Além disso, a alegria está garantida, principalmente na estrada, com a tração traseira, a distribuição quase perfeita entre os eixos e a suspensão multibraço. Observe, porém, possíveis vazamentos de óleo nos cabeçotes, problema recorrente do Série 1.
+Boa safra: 2011
+Preços: de R$ 54 mil a R$ 60 mil
+Pontos positivos: posição de dirigir, comportamento dinâmico e retomadas de velocidade.
+Pontos negativos: espaço, consumo e custo de manutenção.
3. Chevrolet Cruze
O modelo da General Motors é uma boa opção para quem quer conforto e status de um sedã médio com opção de teto solar. O equipamento pode ser encontrado nas versões topo de linha LTZ e o último ano de produção da primeira geração (2015, com a reestilização de fim de vida) tem custo-benefício interessante. O conjunto com motor 1.8 de 140/144 cv (gasolina/etanol) e caixa automática de seis marchas não empolga, mas a lista de equipamentos é farta, com controles de estabilidade e de tração, seis airbags, câmera de ré, bancos de couro, ar automático, controle de cruzeiro, retrovisores rebatíveis eletricamente, central MyLink, entre outros.
+Boa safra: 2015
+Preços: de R$ 52 mil a R$ 56 mil.
+Pontos positivos: equipamentos, ergonomia, posição de dirigir e liquidez.
+Pontos negativos: acerto da suspensão, acesso ao banco traseiro e acabamento.
4. Citroën C3 Solaris
Bem antes de o C3 ostentar o modernoso para-brisa Zenith, seu antepassado já namorava com tetos panorâmicos. A primeira geração do compacto da marca francesa ganhou duas edições Solaris (2011 e 2012), que vinham equipadas com, entre outras coisas, teto solar. Baseada na topo de linha Exclusive, a série é bem equipada: ABS, airbag duplo, ar automático, sensores de chuva e de luminosidade e direção elétrica tão suave que possibilita manobrar o carro com o dedo. O acabamento é superior para o segmento e o motor 1.6 16V de 110/113 cv só não desenvolve melhor devido ao confuso câmbio automático de quatro marchas. Preste atenção à parte elétrica e à suspensão, que costuma sofrer na buraqueira.
+Boa safra: 2012
+Preços: de R$ 23 mil a R$ 28 mil
+Pontos positivos: posição de dirigir, acabamento, equipamentos e estabilidade.
+Pontos negativos: valor de revenda, escalonamento do câmbio automático e manutenção.
5. Fiat Palio (e família)
Em 2012 a Fiat foi pioneira ao popularizar o teto "Sky Wind" -- como opcional, cabe ressaltar -- desde as versões mais básicas de sua linha compacta. Por isso, é possível encontrar um Palio Attractive 1.0 de entrada com teto solar por R$ 2 mil a mais, em média. Mas o item é facilmente encontrado nas configurações com motor 1.4 e 1.6 16V, a que oferece melhor desempenho, apesar de a lista de equipamentos de série pouco empolgar. O teto panorâmico tem vidros escurecidos e tela interna que diminui a claridade. Também passou a ser oferecido no Grand Siena. Ah, e claro: evite os modelos com câmbio Dualogic.
+Boa safra: 2015.
+Preços: de R$ 32 mil a R$ 35 mil (Essence 1.6 16V).
+Pontos positivos: ergonomia, robustez e liquidez.
+Pontos negativos: acabamento, custo do seguro e equipamentos.
6. Fiat Stilo Blackmotion
Sem trocadilhos, hatch médio com teto solar esbanja estilo. Foi o que a Fiat fez com seu modelo que tinha desenho de Volkswagen, pegada esportiva e o inovador Sky Window. Funciona com cinco lâminas de vidro que se movem como uma sanfona e oferecem um generoso vão aberto. Foi lançado pela primeira vez na série Michael Schumacher, em 2004, mas virou opcional ao longo do tempo e de série na versão Blackmotion nos últimos anos de vida do carro. Bem equipada, a versão traz tons escurecidos na carroceria e nos vidros, rodas de liga leve, bancos de couro, além do motor 1.8 de 112/114 cv com o enfadonho câmbio Dualogic. Mas deve-se ficar ligado mesmo no "Sky Window". Projetado para ruas bem asfaltadas, o equipamento deu muita dor de cabeça aos proprietários devido às trepidações excessivas de nossas vias, que comprometeram o funcionamento de várias unidades.
+Boa safra: 2010.
+Preços: de R$ 26 mil a R$ 30 mil.
+Pontos positivos: conforto, equipamentos, ergonomia e dirigibilidade.
+Pontos negativos: acerto da suspensão, isolamento acústico e escalonamento do câmbio.
7. Hyundai 30
Outro hatch médio que pede um teto solar. Neste caso, a segunda geração do sul-coreano i30 só traz o equipamento em suas versões mais recheadas de opcionais e acessórios -- a Caoa não tinha o costume de batizar as versões do modelo -- e impressiona pela ainda alta valorização. Opte pelos modelos acima de 2015, que já receberam a reestilização e usam o bom motor 1.8 de 150 cv -- só bebe gasolina, mas trabalha muito bem em baixas rotações. O acerto de suspensão e a estabilidade são outros destaques. Fique atento aos custos de manutenção do modelo, que costumam doer no bolso.
+Boa safra: 2016.
+Preços: de R$ 70 mil a R$ 78 mil.
+Pontos positivos: posição de dirigir, desempenho e comportamento dinâmico.
+Pontos negativos: custo de manutenção, acabamento e equipamentos de série.
8. Jeep Compass
O amplo teto "Command View" é um dos muitos destaques do utilitário esportivo que foi sensação de vendas em 2017. O equipamento é oferecido como opcional a partir da versão Longitude. O SUV esbanja conforto e espaço, além de ter preço competitivo e vender a imagem de ser maior do que realmente é, apesar do comportamento "banheirão". O que pega é que o Compass foi lançado em 2016 como linha 2017 e seus preços ainda estão salgados. Outra questão é que o motor Tigershark flex de 159/166cv deixa a desejar para os mais de 1.500 kg. Aí, o jeito é abrir a carteira e optar pelas versões com o 2.0 turbodiesel de 170 cv, caixa de nove marchas e tração 4x4. Para completar, só a partir de meados de 2017 o modelo passou a ter start-stop e espelhamento de smartphones.
+Boa safra: 2017.
+Preços: de R$ 135 mil a R$ 150 mil (Longitude diesel 4x4).
+Pontos positivos: desempenho (diesel), espaço interno e conforto.
+Pontos negativos: comportamento dinâmico, nível de itens de série e visibilidade.
9. Peugeot 307 SW
Aqui o teto não abre, mas a cobertura de vidro que se estende da primeira à terceira colunas da perua média é de um charme peculiar até hoje. O teto panorâmico fixo aumenta a sensação do já bom espaço interno da perua, com 2,70 m de entre-eixos e porta-malas de exagerados 562 litros. Também deixa evidente o caprichado acabamento da Peugeot. Como topo de linha, a versão Feline tem motor 2.0 a gasolina de 143 cv e câmbio automático de quatro marchas, que não conseguem fazer milagre: são mais de 1.355 kg. O desempenho comedido é compensado pela boa rigidez torcional que a engenharia teve de se virar para acertar com o teto de vidro. A suspensão, porém, é dura demais para o Brasil e a manutenção da "station" tem reputação ruim.
+Boa safra: 2007.
+Preços: de R$ 21 mil a R$ 26 mil.
+Pontos positivos: espaço, conforto, acabamento e estabilidade.
+Pontos negativos: acerto da suspensão, escalonamento do câmbio e custo de manutenção.
10. Volkswagen Fox
De olho no rival Palio, a VW passou a oferecer teto solar na linha Fox em 2015. O equipamento veio junto com a remodelação do compacto e caiu bem no hatch altinho -- costuma custar R$ 1,5 mil a mais que o modelo sem o item opcional. As versões mais completas Highline usam o competente motor 1.6 16V MSI de 110/120 cv, mas dê preferência ao câmbio manual de seis marchas, muito bem acertado e bem melhor que o automatizado i-Motion. O isolamento acústico e o acabamento interno ainda deixam a desejar no modelo, assim como a rigidez, que melhorou ao longo do tempo, porém ainda carece de firmeza nas curvas. Preste atenção em ruídos e vibrações na direção e aos revestimentos do teto e do painel.
+Boa safra: 2016.
+Preços: de R$ 47 mil a R$ 51 mil (Highline 1.6).
+Pontos positivos: manutenção, escalonamento do câmbio manual, posição de dirigir e desempenho.
+Pontos negativos: rigidez da carroceria, acabamento e isolamento acústico.
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