Toyota Etios conquistou compradores mesmo sendo "patinho feio" da marca
Para clientes, boa mecânica e reputação da empresa falam mais alto
Desenho esquisito, acabamento tosco e quadro de instrumentos ao centro do painel. Tudo que não se espera de um Toyota surgiu como avalanche de críticas em cima do Etios antes e durante seu lançamento, em 2012.
Mesmo assim, as virtudes da marca se mostraram suficientes para fazer do carro um sucesso, evidenciar a boa construção e mecânica e aglutinar mais uma boa parcela de fãs da montadora japonesa.
Sim, a imagem de marca de mecânica confiável e que não dá problema foi seu grande trunfo. Afinal, era a oportunidade de se ter um Toyota por menos de R$ 50 mil -- ainda mais na época em que surgiu, custando menos de R$ 30 mil e quando o exemplar mais barato da fabricante, até então, era o Corolla.
O "boca boca" positivo de donos do sedã ajudaram e teve também o testemunho dos donos do Etios. Quando os elogios partem de taxistas, aí é como se Jesus Cristo ordenasse: "Dirigis e comprais!"
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Opinião dos donos
A recomendação do cunhado taxista foi um dos empurrões que levaram o comerciante carioca Arthur Barroso Fortes, 46 anos, a trocar seu antigo Fiat Grand Siena por um Etios Sedan XS 1.5, em meados de 2017. Com mais de 1,90 m de altura, foi atraído pelo espaço e custo/benefício do modelo.
"O porta-malas é bom demais e o banco é regulável em altura e tem bom ajuste para trás. Me encaixo bem, só não anda ninguém atrás", brinca Fortes, que está muito feliz com a aquisição. "O Etios realmente é econômico, confortável e gostoso de dirigir", elogia.
O paulista Felipe Augusto da Silva Faria, de 34 anos, também foi na onda positiva do histórico da marca e comprou, há seis meses, um Etios X 1.3 -- mesmo ser ter experiência com a fabricante anteriormente. "Me atraiu o fato de ele ter um motor mais forte que os de concorrentes no mesmo valor. A questão de confiança na marca pesou muito. Nunca tive Toyota, mas meu pai tem um Corolla que gosta muito, e colegas que já tiveram também indicaram", revela.
Já o mineiro José Eduardo Ernesto Pinheiro comprou o Etios Sedan Platinum 1.5. O técnico em espirometria de 63 anos gosta de pegar a estrada e se empolgou com o porta-malas de 562 litros. "Como viajo muito, optei por uma mala maior. O conforto do carro é total. Espaçoso e seguro", garante.
Boa reputação
E aquele papinho de que carro da Toyota não dá problema? Pinheiro garante que não é lenda e que, com quase 40 mil km rodados, não teve qualquer dor de cabeça. "Posso garantir que é um carro econômico e a parte mecânica é totalmente 100%. Só trocaria por um Etios automático. Acredito que quem tenha carros da Toyota esteja satisfeito", diz.
A economia não implica em desempenho xoxo, segundo os donos do compacto. Até porque se tem um carro leve -- o sedã mais completo pesa menos de 1 tonelada -- suficiente para os motores 1.3 e 1.5, que ganharam variação nos comandos em 2016 e geram 88/98 cv e 102/107 cv, além de câmbio manual de seis marchas.
"Já tive New Fiesta e fiz muitos test-drives. Em relação ao Sandero 1.0 e ao HB20 1.0 na mesma faixa de valor, ele anda bem mais", defende Faria. "Já tive carros da Volks com motor 1.8 e esse 1.5 não deixa a desejar", faz coro Fortes.
Já o desenho...
O mesmo não pode-se dizer do acabamento e do desenho do Etios -- que continuam a torcer narizes por aí. Segundo os proprietários entrevistados por UOL Carros, é preciso se acostumar, principalmente com quadro de instrumentos central.
"Confesso que o painel estranhei de início, mas é questão de costume. Uma coisa que incomoda é que o para-choque solta com facilidade. Qualquer encostada e ele fica mal-encaixado", reclama Fortes.
"Vou te confessar que estranhei o painel no início, mas acostumei. Mesmo sendo no meio, ele fica dentro do campo de visão. A única coisa ruim é que, dependendo da posição do sol, às vezes fica ruim de enxergar", ressalta Faria.
O paulista de Guarulhos ainda destaca detalhes como o puxador das portas, de metal, mas diz sentir falta de ajustes de profundidade da coluna de direção. E defende um desenho mais arrojado em uma futura geração, além de reconhecer que o acabamento melhorou muito em relação aos primeiros Etios -- a linha 2018 chegou em meados de 2017, reestilizada.
"Curiosamente, dias atrás peguei um táxi do Etios mais antigo. Era bem ruim. A versão que tenho deu uma boa melhorada em comparação à antiga", pondera.
Já Pinheiro recorre à racionalidade novamente quando o assunto é o desenho, por dentro e por fora. E que resume bem o grande fator de compra do compacto da Toyota. "Sempre tive carros como Gol e Fox, que não têm tanta beleza, pois não me preocupo com a parte estética. Me importo com segurança. Quero um carro que me dê condições de sair em qualquer horário com segurança. Tem vários bonitinhos por aí, mas que podem me deixar na rua", acredita Pinheiro.
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