Topo

Não é só no Rio: veja dicas para reduzir alta surreal do seguro de carro

Pajero TR4 incendiado: roubos e furtos de veículos no Rio subiram 30%, de 2016 a 2017, e outros 26%, no começo de 2018 - Eduardo Anizelli/Folhapress
Pajero TR4 incendiado: roubos e furtos de veículos no Rio subiram 30%, de 2016 a 2017, e outros 26%, no começo de 2018
Imagem: Eduardo Anizelli/Folhapress

Do UOL, no Rio (RJ)

20/04/2018 10h06

Lista vale para várias cidades do Brasil com histórico de violência

"Balas perdidas", assaltos, tráfico, milícias, intervenção federal. No último ano, o Rio voltou a ser a referência de violência, o que afetou fortemente o preço dos seguros de automóveis. Por isso, mais do que nunca, é importante ficar atento a todos os detalhes da apólice para tentar reduzir esse impacto. UOL Carros lista algumas práticas que podem ajudar a economizar de 30% a 40% no valor da apólice.

Melhor: nossas dicas de itens que você pode dispensar para economizar dinheiro valem para não só para quem está no Rio, mas também para o resto do Brasil.

Veja mais

+ Carro blindado de fábrica no Brasil é coisa rara. Por quê?
Veja 10 séries especiais que apostam na cor preta
Quer negociar hatches, sedãs e SUVs? Use a Tabela Fipe

Inscreva-se no canal de UOL Carros no Youtube
Instagram oficial de UOL Carros
Siga UOL Carros no Twitter

Onde cortar

A assistência residencial pode já existir na sua apólice de casa; o valor de referência de 100% da Fipe pode não representar o quanto seu carro custa no mercado; e para que ter raio de mais de 100 quilômetros para reboque se você roda só na cidade e, quando muito, vai até Petrópolis (a 70 km da capital fluminense) -- ou para cidades ao lado da sua?

São reduções atraentes em uma cidade onde o valor cobrado nos seguros evoluiu na escalada da violência. Segundo a consultoria Bidu, o preço médio da apólice para o Chevrolet Onix, carro mais vendido do país, saltou de R$ 2.053 em janeiro para R$ 3.640, em março. Aumento surreal de 77%. Já o do VW Gol teve reajuste de 48% -- vale atentar que foi usado para cotação o CEP do Leblon, bairro nobre da zona sul carioca.

Ou seja, a disparada é ainda maior em regiões periféricas, podendo chegar a 163%. Em Ricardo de Albuquerque, na zona norte da cidade, o mesmo Onix só pode ser segurado por R$ 5.270.

Vale para todos

Vale ressaltar que se a apólice explodiu seu valores para a realidade do Rio, seus valores acabam se equivalendo ao de outras cidades com um histórico de violência.

"Bairros mais nobres apresentam preços parecidos com o de bairros semelhantes de outras cidades. Por exemplo, o seguro do Onix no Leblon é um pouco mais caro do que em Moema, em São Paulo", compara a chefe de marketing da Bidu, Marcella  Ewerton. Daí termos dito que as nossas dicas valem para todo o Brasil.

Claro, a situação específica do Rio complica a situação para todas as faixas, em todos os bairros. A executiva destaca que em 2018 o crescimento de roubos e furtos de veículos no Rio até está em um ritmo menor -- de 2017 para 2016, o aumento foi de 30%, com base em dados do Instituto de Segurança Pública (ISP). Mesmo assim, só em janeiro de 2018, esse tipo de crime foi 26% maior na comparação com o mesmo mês do ano anterior. Já há alguns bairros onde não é possível sequer fazer a cotação de um seguro.

"Em 2017 os preços dos seguros no Rio subiram de forma galopante em diversos bairros da capital. Enquanto em 2018, se subiram foi de forma menos agressiva, e em alguns casos chegaram a baixar. Mas o fato de algumas seguradoras não darem preço em certas regiões, pode significar que elas preferem não aceitar o risco dessas zonas", pondera.

Então, como equalizar esse disparate? Vamos à lista:

1. Estacionamento

Optar pelo estacionamento em vez de deixar o carro na rua quando for para o trabalho pode representar economia de 10% a 15% na apólice, que varia conforme o carro e o tipo de contrato. Dependendo do veículo segurado, o desconto pode ser maior do que o custo com a garagem privativa.

2. Carro reserva e diárias

Se você não depende de carro para trabalhar e tem bom acesso a transporte público, abrir mão do carro reserva na contratação da apólice pode ser uma boa opção para economizar de 15% a 25%. Também se poupa ao reduzir o número de diárias com esse mesmo veículo sobressalente: em média, 5% de desconto derrubando de 30 para 20 dias, ou 10%, de 30 para 10 dias.

3. Reboque

Tem muito cartão de crédito que oferece o serviço de "guincho 24h". Por isso, fique de olho se você já tem esse serviço e o exclua de seu contrato com a seguradora. Outra opção é alterar o raio de cobertura desse reboque. Para quem só anda pela cidade, não faz sentido contratar o serviço para mais de 100 km de abrangência.

4. Valor do bem

Faça uma pesquisa e veja qual o valor real do seu carro no mercado. Segurar o veículo 100% Tabela Fipe só vale a pena para aqueles modelos que desvalorizam muito pouco. Se não for o caso, faça o seguro com 90% ou 95% da Fipe. Você vai receber menos em caso de sinistro, mas dentro da média do mercado do seu veículo. E vai pagar menos na apólice.

5. Supérfluos

Veja com o seu corretor os detalhes do contrato que podem reduzir o que você vai pagar para cobrir seu automóvel. Serviços residenciais podem ser dispensáveis, principalmente se já forem oferecidos pelo seu seguro da casa ou apartamento, ou pelo cartão de crédito. Se ninguém mais dirige seu veículo, também não tem porquê você manter o condutor adicional, que encarece a apólice.

E se você só parar em garagem e estacionamento fechado, pondere se a cobertura para vidros é tão fundamental assim. Juntos, abrir mão desses serviços pode render economia de 5% a 10%.