Fiat Strada completa 20 anos ditando regras do segmento; relembre história
Veterana picapinha do Palio domina mercado com inovações como cabine dupla, teto solar e terceira porta
O ano era 1978 quando a Fiat inaugurou o segmento de picapes leves com a 147 Pick-Up. Derivada do pequenino 147, ela não era tão prática nem robusta como os utilitários maiores. Parecia mais uma adaptação do compacto sem a parte de trás.
Muita coisa mudou desde então, menos a tradição da marca nesta categoria. Prova disso é a Strada, que completa 20 anos de mercado em 2018. UOL Carros publica nesta semana um especial com quatro reportagens sobre o passado, o presente e o futuro do modelo.
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Mesmo sem ter trocado de plataforma desde então, a "Stradinha" não só lidera com folga o segmento de picapes leves como vende mais do que muito carro de passeio por aí, a ponto de ter sido até o carro mais vendido do país -- mesmo que por apenas um mês -- em março de 2015.
Lançada em 24 de outubro de 1998, a Strada aproveitava o projeto do então revolucionário Palio, um hatch moderno para sua época.
Tinha o mesmo design do compacto, atraindo os jovens, e era vendida em três versões: Working 1.5 (76 cv), Trekking 1.6 8V (92 cv) e LX 1.6 16V (106 cv). Assim como o Palio, a picape podia vir com itens até então indisponíveis na categoria, como airbag duplo frontal e freios ABS.
Diferente do hatch era a suspensão traseira com eixo rígido e feixe de molas, combinação bastante apreciada por quem precisa transportar carga na caçamba da Strada -- e honrando o legado deixado pela Fiorino.
No ano seguinte veio a inédita carroceria de cabine estendida -- que posteriormente seria copiada pelas concorrentes. De acordo com a Fiat, pesquisas indicaram que a maioria dos clientes de picapes sofria com a falta de espaço na cabine para levar objetos menores.
Foi aí que a fabricante diminuiu o tamanho da caçamba em 30 cm, aumentando o espaço atrás dos bancos. Junto com ela veio a opção de teto solar, deixando a picape mais charmosa. A Strada assumiria a liderança das picapes leves pela primeira vez em 2000, permanecendo na frente até hoje.
Estreia da aventureira
A primeira reestilização veio em 2001, acompanhando as mudanças realizadas no Palio. Mais do que isso, o ano ficou marcado pela estreia da Strada Adventure, versão aventureira que se tornaria uma das mais vendidas da picape nos anos seguintes.
Além dos pneus de uso misto, ela tinha vários acessórios inspirados nos jipes, incluindo suspensão elevada e um polêmico quebra-mato que seria suprimido por medida de segurança anos depois.
Mais mudanças aconteceram em 2003, incluindo o fim da versão LX (como ocorreu com a Trekking no ano anterior) e a ressurreição do antigo motor Fiasa 1.5 de 77 cv (somente com etanol).
No fim daquele ano veio também o motor 1.8 Powertrain de 108 cv que já era empregado em alguns modelos da Chevrolet, resultado de uma aliança para produção de motores firmada com a General Motors. A linha Strada tinha também o motor 1.3 Fire de 67 cv.
Mais facelifts
Uma atualização visual mais profunda aconteceu em 2004. Os faróis ficaram maiores e o para-choque, mais imponente, mesmo dispensando o quebra-mato. A gama de versões passou a ser formada por Fire (com a carroceria anterior), Trekking (renascida das cinzas) e Adventure.
Depois de várias séries especiais, a Strada só foi renovada pela quarta vez em 2009. As mudanças, desta vez, foram mais radicais: A frente ganhou novos faróis (com parábola dupla nas versões mais caras) e para-choque redesenhado.
Atrás, um par de refletores verticais simulava um prolongamento das lanternas na tampa da caçamba. Inédito na linha Fiat era o sistema "Locker" de bloqueio do diferencial dianteiro, que ajudava a picape a superar (pequenos) obstáculos em pisos acidentados.
Esta reestilização também ficou marcada pelo lançamento de uma inusitada versão Sporting em 2010. Aproveitando a onda de “esportivos de fachada” naquela época, a marca equipou a Strada com spoilers, saias laterais e rodas de liga leve de 16 polegadas de desenho exclusivo.
Assim como outros modelos da linha Sporting, a picape teve molas e amortecedores recalibrados. Por dentro, cintos de segurança vermelhos e costuras da mesma cor no volante e manopla de câmbio.
Cabine… dupla?!
A maior novidade, porém, estava nas laterais: a Strada inovava novamente com a carroceria de cabine dupla. O acesso ao banco de trás era ruim e não havia muito espaço para adultos altos.
Mesmo assim, a Fiat alegava que muitos clientes se interessavam pela picape, mas desistiam da compra pela incapacidade de transportar mais do que duas pessoas. A concorrência demoraria cinco anos para reagir, já que a Saveiro Cabine Dupla seria lançada apenas em 2014.
Presente em vários modelos da marca, o câmbio automatizado Dualogic só chegou à Strada em 2013. Apesar da demora, ela se tornou a única picape leve da categoria a oferecer uma versão sem pedal de embreagem. Pena que não durou muito: no ano passado a configuração foi descontinuada.
Também em 2013, a Strada voltou a ser pioneira com a opção da carroceria de três portas no esquema de abertura em sentidos opostos -- popularmente conhecida como “porta suicida”.
A quinta reestilização surgiu em 2014, trazendo leves retoques na dianteira e finalmente uma traseira redesenhada, com tampa da caçamba mais pronunciada e lanternas menores e mais largas. Em 2015, uma façanha: a Strada foi o carro mais vendido do Brasil em março.
Assim a picape permanece até hoje, sem previsão de ganhar nova geração antes de 2020. Diante de seu sucesso fica fácil entender por que a Fiat não tem muita pressa para apresentar sua substituta.
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