Avaliação: VW Jetta troca força bruta do motor 2.0 por conforto; assista
UOL Carros mostra os detalhes sobre a nova geração do sedã médio
Desde 2005, o Volkswagen Jetta agrada quem busca um sedã médio com pegada esportiva. Na última geração, o motor 2.0 TSI (de 210 cv) combinado a uma dirigibilidade equiparada àquela do Golf fisgou clientes pelo prazer ao dirigir, mesclado ao conforto relativo para a família.
Manter essa relação invejável é o desafio do novo Jetta, que desembarca no Brasil em duas versões de acabamento: Comfortline e R-Line. Ambas saem de fábrica apenas com o motor 1.4 TSI de até 150 cv e 25,5 kgfm. É isso mesmo: nada de 2.0 TSI, por ora. Mas como isso funciona na prática?
UOL Carros escolheu a versão R-Line, de R$ 119.990, para a primeira avaliação. A unidade cedida traz pintura metálica (R$ 1.480) e teto solar (R$ 4.990), únicos opcionais, fazendo o preço saltar para R$ 126.600. Será que o Jetta R-Line mantém o prazer do antigo modelo e ainda consegue avançar em conforto e tecnologia?
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O que ele tem
De série, o Jetta traz seis airbags, ACC (com ajuste automático de distância, função stop/go de trânsito, detector de carro à frente em desaceleração; "city emergency brake" até 30 km/h, tudo controlado por quatro sensores de ultrassom à frente, quatro atrás e mais câmera de alta sensibilidade), detector de fadiga, sensor de frenagem em manobra de ré, faróis com luzes alta e baixa automáticas, ar-condicionado digital com duas zonas de temperatura, painel digital, controles de estabilidade (ESP) e de tração, direção elétrica, volante multifuncional com comandos de som, central multimídia Discover Media com suporte a Android Auto e Apple CarPlay, rodas de liga leve de 17 polegadas, vidros elétricos nas quatro portas, ganchos de fixação para cadeirinhas Isofix, entre outros itens.
Estranhamente, porém, faltam itens prosaicos como saídas de ar-condicionado para os passageiros de trás. Ou mesmo aletas na coluna de direção para trocas manuais sequenciais de marcha, presentes até em modelos como Virtus e Voyage. Sendo assim, trocas só na manopla de controle da transmissão.
Existe também uma diferença nítida no padrão de acabamento dentro da cabine. Enquanto na fileira da frente as portas são revestidas com um material mais nobre, quem viaja no banco de trás precisa conviver com plástico duro nas portas.
Cara de carrão
Já o design é classudo. Temos um sedã médio com porte semelhante ao do antigo Passat: o visual frontal é mais alongado, vincado e parece que estamos observando um carro maior do que ele realmente é.
Falando nisso, o Jetta cresceu e ficou mais largo: 4,70 m de comprimento e 2,68 m de espaço entre-eixos, 1,80 m de largura, mas 1,46 m de altura (ele é mais baixo que o atual, por conta do ponto de gravidade revisto). Porta-malas preserva os mesmos 510 litros de antes.
Há quem note semelhança com o Virtus ao observar a traseira, a ponto de presenciarmos muita gente se referindo ao Jetta como Virtus. Acontece que ela é meio genérica, mas no bom sentido: lembra também modelos premium como Audi A4 e A5 ou mesmo carros médio-grandes de Kia e Hyundai.
Felizmente, o sedã continua muito estável nas curvas e com acerto de direção e liberdade para abusar mais em algumas situações graças a controles de tração, de estabilidade, bem como ao bloqueio eletrônico de estabilidade de série (com ajuste XDS Plus na versão R-Line, para frenagem ampliada das rodas internas a curva).
Mas o peso maior dessa geração (são 1.393 kg na versão mais completa, contra 1.376 kg do anterior, ressaltando a maior quantidade de metais nobres e leves, mas também o maior porte) acaba cobrando um pouco mais da motorização 1.4 TSI. Não anda mal, mas pede mais tempo até que o motor encha e o câmbio de seis marchas comece a operar de forma ideal. Esse Jetta pede alguns segundos a mais na saída do semáforo. Ou exige mais pedal (com alguma gritaria) na hora de forçar uma ultrapassagem na estrada. Em situação de cruzeiro, porém, a rodagem é irrepreensível.
Sobre consumo, a Volkswagen o coloca como categoria B do Inmetro, com média ponderada (cidade/rodovia) de 12,1 km/l (com gasolina) e 8,3 km/l (etanol). Durante nossa avaliação, rodamos a maior parte do tempo com gasolina, fazendo uma média de 11 km/l em trechos urbanos e rodoviários. Com etanol no tanque, passamos de 7 km/l. Ou seja, nos dois casos conseguimos números ligeiramente inferiores aos informados pelo Inmetro.
Fãs de Jetta podem acreditar que, de certa forma, o prazer ao dirigir está mantido, agora com o tempero da maior tecnologia. Entretanto, ainda mais falando da versão R-Line, faltou aquele toque de nervosismo que só o 2.0 TSI pode dar. Neste caso, resta aguardar.
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