Veja ranking de carros e suas principais falhas, segundo "mecânico virtual"
Aplicativo que monitora dados do carro lista 10 modelos com mais alertas entre base de usuários
Lançado no fim de 2017, o aplicativo Engie chegou ao Brasil com a proposta de ser um "mecânico virtual", apontando e identificando falhas no motor e indicando uma relação de oficinas credenciadas para realizar o reparo necessário. Desde então, já soma mais de 30 mil usuários no país, base consistente de clientes para a empresa passar a um novo serviço: um ranking dos 10 veículos que mais apresentaram falhas nesse período e qual o defeito mais recorrente, entre os usuários.
Os relatórios de erros são possíveis graças ao dispositivo OBD2 vendido pela própria empresa administradora do Engie, que é acoplado à porta de mesmo nome no carro (geralmente posicionada abaixo do painel). Assim como equipamentos de oficinas mecânicas e concessionárias, o dispositivo lê os dados gerados pela central eletrônica de controle do motor, que também aciona avisos, luzes do painel e os chamados logs de advertência em caso de falha.
Com isso, o Engie exibe informações bem mais específicas e ganha um uso muito mais amplo, que permite que mesmo modelos mais simples tenham as mesmas funcionalidades de alerta ao motorista que modelos de luxo já oferecem de fábrica. Vamos ao ranking, que foi obtido com exclusividade por UOL Carros.
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Ranking de falhas
1. Chevrolet Spin
59% das unidades conectadas apresentaram falhas
Falha mais comum: catalisador com insuficiência na conversão de gases nocivos emitidos pelo motor
2. Volkswagen Jetta
51% das unidades conectadas apresentaram falhas
Falha mais comum: filtro do sistema de evaporação de combustível
3. Renault Duster
41% das unidades conectadas apresentaram falhas
Falha mais comum: falha em um ou mais dos cilindros do motor
Chevrolet Agile
41% das unidades conectadas apresentaram falhas
Falha mais comum: catalisador com insuficiência na conversão de gases nocivos emitidos pelo motor
5. Volkswagen Saveiro
40% das unidades conectadas apresentaram falhas
Falha mais comum: catalisador com insuficiência na conversão de gases nocivos emitidos pelo motor
6. Chevrolet Cobalt
37% das unidades conectadas apresentaram falhas
Falha mais comum: catalisador com insuficiência na conversão de gases nocivos emitidos pelo motor
7. Nissan Sentra
36% das unidades conectadas apresentaram falhas
Falha mais comum: falha em um ou mais dos cilindros do motor
8. Peugeot 207
35% das unidades conectadas apresentaram falhas
Falha mais comum: falha no corpo de borboleta
9. Citroën C4
34% das unidades conectadas apresentaram falhas
Falha mais comum: câmbio
10. Mitsubishi Pajero
34% das unidades conectadas apresentaram falhas
Falha mais comum: eixo de comando do motor
Formado com dados gerados por 26 mil veículos, o ranking de falhas segue estes critérios: cada modelo da lista tem pelo menos 200 usuários cadastrados no aplicativo e ativos com o dispositivo, com veículos que rodaram de quatro e oito anos. Para evitar distorções, o ordenamento se dá pelo percentual de unidades do mesmo veículo com defeito -- não pelo total absoluto. Ao todo, o sistema consegue monitorar mais de 10 mil tipos de avisos e falhas.
No caso da minivan produzida pela General Motors, primeiro na listagem, a falha mais frequente no Spin é o aviso de catalisador com queima insuficiente de gases, informa o aplicativo.
De acordo com Ariel Sacerdoti, CEO do Engie, os dados coletados são gerais e preservam a privacidade dos usuários. "Não identificamos as características de um carro em particular na formação do ranking e não comercializamos esses dados, para evitar conflito de interesses. Somos uma plataforma para informar de forma clara e transparente o defeito do veículo, dizer se o reparo é urgente ou compromete a segurança e, por fim, viabilizar uma solução, indicando oficinas próximas, informando sua avaliação por outros usuários e comparando preços", afirmou o executivo.
O Engie não cobra mensalidade, apenas vende o dispositivo OBD2 por R$ 99 para aparelhos Android e R$ 135 para dispositivos iOS, a "preço de custo", de acordo com a empresa. A remuneração do Engie vem mesmo dos mecânicos cadastrados no aplicativo, para os quais os clientes são direcionados -- a base hoje no país é de mais de 300 oficinas no país, de acordo com a empresa.
Alerta de serviços
Sacerdoti conta que há muitos usuários interessados nas informações dos relatórios de erros gerados pelo programa, bem como dados de consumo de combustível, para decidir a compra do veículo -- há a possibilidade de comparar diferentes modelos nesses quesitos.
Também há interesse também parte de fabricantes, concessionários e até empresas de seguros. Nessa linha, a companhia lançou o aplicativo "Engie Connect", que cria uma interface de comunicação entre o usuário e a oficina. Se o cliente permitir, um mecânico ou concessionária pode ter acesso ao relatório de erros, histórico de alertas do veículo e prazos de revisões para, por exemplo, alertá-lo sobre a aproximação da data recomendada para troca de óleo ou das pastilhas de freio.
"As montadoras já têm uma relação forte com os clientes durante a vigência da garantia de fábrica, que geralmente tem duração de três anos, por conta do plano obrigatório de revisões na concessionária. Depois desse período, quando o carro já muda de dono e os reparos passam a ser feitos fora da rede autorizada, as fabricantes perdem esse contato. O Engie aparece como uma forma de prover comunicação com esses clientes", explicou o CEO.
A empresa mantém conversas com montadoras e concessionários interessados, mas atualmente o "EngieConnect" é disponibilizado apenas em oficinas multimarcas parceiras.
Um concorrente brasileiro do Engie, o VAI, tem estratégia semelhante e já firmou parceria com concessionárias.
"Estamos estudando a oferta de novas funcionalidades, como oferecer alerta de recall e um canal de contato da montadora com o atual proprietário do veículo, o que vamos disponibilizar no país em até dois anos", adiantou Sacerdoti.
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