Renault Mégane RS é o hot hatch que todos sonham em ver no Brasil
Esportivo preparado pela Renault Sport tem 280 cv, design sedutor e dirigibilidade inesquecível
Estamos em Bühl, cidade que abriga o QG da Renault/Nissan na Alemanha e localizada a 181 Km de Frankfurt. Lá ficaríamos dois dias com o Renault Mégane RS, um hot hatch de 280 cv que acelera de 0 a 100 Km/h em 5,8 segundos e atinge a velocidade máxima de 250 km/h.
Partindo de 37.600 euros (aproximadamente R$ 158.900 em conversão direta), a versão radical do Mégane é um dos melhores carros que já dirigi. A assinatura da divisão esportiva da marca francesa faz toda a diferença para o carro que entrega 39,6 kgfm no estiloso amarelo tradicional da Renault Sport. Tem até tração integral, chamada de 4Control.
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O médio esportivo, por enquanto, está longe do Brasil -- pelo menos até segunda ordem. É uma pena, já que o Mégane poderia facilmente liderar a concorrência no segmento hot hatch. Atenção ele chama: até o dono de um Porsche GT3 RS pediu licença e ver de perto o francês. E não foi só ele: o piloto de um protótipo inglês foi só elogios.
Tudo isso aconteceu na porta do lendário circuito de Nürburgring (a 300 km de distância da minha largada), cenário de eletrizantes corridas da Fórmula 1. Era uma quarta-feira de track day, e só conseguia lembrar que o Mégane RS usa o mesmo conjunto mecânico do Alpine A110 (um motor 1.8 turbo que chega aos 300 cv na versão Trophy), cupê esportivo lançado pela Renault para rivalizar com o Porsche Cayman. Bastaram poucos minutos ao volante do Mégane para lembrar do Honda Civic Type R que pilotei no Japão. A vantagem do Honda está no câmbio manual (opcional no hatch francês), até porque no estilo é páreo duro.
Bonito de ver
Antes de você continuar a leitura, sugiro parar um pouco para namorar o design. O visual destaca os faróis de neblina em LED triplos além de contar com o para-choque desenhado de maneira que o ar não prejudique a aerodinâmica. Veja também as entradas de ar adicionais e o spoiler integrado. O toque final fica por conta das saídas de ar nos para-lamas dianteiros e da grade em preto brilhante com o logotipo RS.
Na traseira, um difusor integrado ao para-choque e o escapamento centralizado em única boca monopolizam as atenções, assim como as rodas de 19 polegadas.
Deixar Nürburgring para trás não foi fácil. Gostoso foi dirigir sem limite de velocidade pelas estradas alemãs até a divisa com a Bélgica. A partir de lá não podemos passar de 130 Km/h, e assim vai até a França. Porém, antes de chegar lá tive o prazer de fazer uma parada em Spa-Francorchamps, na região de Liège. Este templo do automobilismo dispensa comentários tamanha a quantidade de histórias, como a lendária curva Eau Rouge. Enquanto isso, o Mégane, por sua vez, repetiu a popularidade em Spa.
O interior tem volante revestido em couro com costuras vermelhas e head up display no para-brisas. Atrás do volante há dois paddle shifts combinando com mostradores analógicos e digitais. Já os bancos esportivos são revestidos em Alcantara e há luzes de LED na cor amarela compondo a iluminação ambiente.
Na estrada, testar a potência foi moleza com o câmbio automático de seis marchas com dupla embreagem -- há opção de transmissão manual para quem prefere trocar as marchas por conta própria. O seletor de modos de condução permite optar entre os modos normal, esportivo, corrida ou pessoal. Tudo pode ser controlado pelo monitor vertical do multimídia R-Link (que deveria vir em todos os carros da Renault).
O Mégane RS também possui um sistema que ajusta a direção nas rodas melhorando o ângulo da rodagem traseira. Para quem adora track days, a marca oferece interface integrada ao sistema R-Link, permitindo o registro de voltas rápidas por câmeras de vídeo. A suspensão é independente na frente e eixo de torção atrás. A configuração pode até ter deixado a traseira mais "dura", mas sem prejudicar a dirigibilidade. Até porque pilotar este hot hatch é uma experiência difícil de esquecer.
* Jorge Moraes é jornalista, publicitário, influenciador dogital e editor do jorgemoraes.com
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