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Novo BMW i3 é mais um carro híbrido a cair na "pegadinha" do IPI maior

BMW i3 em posto de recarga da Rodovia presidente Dutra: eletrovia já permite viagem entre SP e Rio com o modelo - Divulgação
BMW i3 em posto de recarga da Rodovia presidente Dutra: eletrovia já permite viagem entre SP e Rio com o modelo
Imagem: Divulgação

Alessandro Reis

Colaboração para o UOL, em São Paulo (SP)

31/10/2018 07h00

Vendido como elétrico pela marca bávara, modelo tem três versões vendidas sob encomenda que devem encarecer nos próximos dias

A nova tabela de alíquotas do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para veículos elétricos e híbridos, que passa a valer a partir desta quinta-feira (1º), vai aumentar em dez pontos percentuais a cobrança do imposto sobre o BMW i3, que hoje é de 7% e saltará para 17%.

Apesar disso, a BMW ainda não informa quais serão os novos preços do i3 -- atualmente com o IPI a 7%, o compacto elétrico é vendido com preços de R$ 199.950 (Rex), R$ 211.950 (Rex Connected) e R$ 239.950 (Rex Full). Todos os valores deverão subir por conta dos 10 pontos percentuais adicionais.

A informação foi confirmada na última segunda-feira (29) por Emilio Paganoni, gerente de treinamento da marca alemã no Brasil. Embora tenha tração exclusivamente elétrica, o i3 é taxado pelo governo como híbrido, por contar com um motor de dois cilindros e 647 cm³ (0.6), a gasolina, que funciona como gerador de eletricidade, com o objetivo de estender a autonomia -- vale lembrar que mesmo que não tracione as rodas, este motor gera emissões de poluentes e ainda amplia o peso do carro, alterando sua taxa de eficiência energética.

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A nova tabela define o percentual do imposto de acordo com a eficiência energética, medida em MJ/km, e o peso total do veículo. "Apesar de o novo i3 ter baterias de maior capacidade, a eficiência energética é praticamente idêntica à do modelo anterior (que é de 1,71 MJ/km)", explica o executivo.

Combinando o índice de eficiência com o peso de 1.315 kg, chega-se ao percentual de 17% de acordo com a nova tabela, que faz parte do "Rota 2030", o novo regime automotivo aprovado preliminarmente por comissão mista do Congresso na semana passada.

Curiosamente, por ser enquadrado como híbrido para fins tributários, o BMW i3 não recolhe os 25% atualmente cobrados de automóveis 100% elétricos -- se fosse considerado elétrico "puro", de acordo com as novas alíquotas o IPI seria de 14%, considerando peso e eficiência energética.

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