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Salão de Los Angeles se sobrepõe no calendário e já supera Salão de Detroit

Fernando Miragaya

Colaboração para o UOL, de Los Angeles (EUA)

03/12/2018 07h00

Evento na Califórnia já reserva mais estreias que a mostra de Michigan

O Salão de Los Angeles começou como quem não queria nada. Mas, aos poucos, passou a ter destaque no calendário de salões anuais.

De palco para simples renovações de linhas no fim do ano, o evento já contabiliza lançamentos mundiais, como nesta edição de 2018.

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Pouco maior em espaço do que o Salão do Automóvel de São Paulo, o "Los Angeles Auto Show" deste ano foi palco da estreia mundial de um carro emblemático para a indústria: a oitava geração do Porsche 911, apresentada com toda a pompa que merece.

Mas ele também teve lançamentos pontuais e significativos de apelo global.

A Toyota apresentou o primeiro Corolla híbrido da história, enquanto a BMW escolheu o salão californiano para a aparição oficial do SUV X7, além da estreia do conceito elétrico que dá o pontapé inicial para os futuros modelos eletrificados da marca e também para um próximo X3.

A propósito, outra peculiaridade do evento é a boa quantidade de conceitos já próximos da realidade, em vez de meros devaneios e exercícios de design.

A Kombi do futuro esteve no Salão de Los Angeles com confirmação de produção em 2022 a partir do I.D. Buzz Cargo, modelo 100% elétrico.

Na Audi, outro modelo elétrico conceitual é o cupê quatro portas e-tron GT, estrela do estande com produção prometida para 2020.

Global? Sim

Um salão internacional e globalizado que até as marcas da casa ficaram meio que em segundo plano. Sim, de certa forma o Salão de Los Angeles já supera até mesmo o tradicionalíssimo Salão de Detroit, que acontece todo começo de ano e destaca as principais marcas norte-americanas sediadas em Michigan (General Motors, Ford e Chrysler).

Só que a FCA não deixou o LA Auto shor passar em branco. A Jeep tratou de fazer a apresentação mundial da Gladiador, picape baseada no Wrangler; enquanto a Dodge mostrou a renovada RAM 1500. São estreias que há pouco tempo teriam sido guardadas para Detroit.

Aliás, o tradicional evento de Detroit parece padecer de um esvaziamento e caminha para o obscurantismo no ritmo das fábricas fechadas na região. Os ares da Califórnia tiram proveito disso.