Sindicato protesta contra GM atrasando produção em São José dos Campos
Os funcionários da General Motors de São José dos Campos decidiram nesta sexta-feira (1) atrasar a produção da fábrica em uma hora e meia.
A medida foi uma reação à negociação com a empresa, que fez uma lista de 28 reivindicações que afetariam os direitos dos trabalhadores. De acordo com o sindicato, "houve alguns avanços em determinados pontos" decorridos dez dias desde o início das negociações. A GM recuou em medidas como aumento da jornada de trabalho semanal e aplicação do contrato de trabalho parcial.
Entretanto, a montadora "se mantém intransigente em relação a direitos caros aos metalúrgicos". Há discórdia em assuntos como congelamento de salário, nova grade salarial, terceirização irrestrita e fim da estabilidade no emprego para lesionados.
"A assembleia mostrou forte poder de mobilização na fábrica e que é necessário enfrentar a reestruturação. Já ficou claro que esta luta não é só dos metalúrgicos da GM, mas de todos os setores. O Sindicato dará continuidade a sua política de transparência, mantendo os trabalhadores informados sobre o que está acontecendo na mesa de negociação. Ao final, eles irão decidir se aceitam ou não a proposta da empresa", declarou o vice-presidente do Sindicato, Renato Almeida.
Enquanto isso, representantes dos sindicatos que compõem o Movimento Brasil Metalúrgico participarão de uma discussão sobre os planos da GM em retirar direitos dos trabalhadores como condição para permanecer no país. Representantes do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos participarão do evento realizado em São Paulo.
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