Chefão da VW mantém planos para Brasil e alfineta GM: "Aqui é olho no olho"
O presidente da Volkswagen para América do Sul e Brasil, Pablo di Si, assegurou que o planejamento anunciado pela fabricante ao longo do último ano e que envolve um amplo ciclo de renovação da linha até 2020 está totalmente mantido. Tanto é assim, que a Volkswagen do Brasil fará três lançamentos de modelos inéditos este ano (incluindo o T-Cross, já revelado), além da atualização de carros já em linha.
Além de confirmar que nada muda na estratégia da marca para o país, o exeutivo garantiu também o fluxo para a Argentina, que vive uma crise de vendas.
De quebra, di Si ainda alfinetou a rival General Motors, empresa que desde o começo deste ano tem discutido a viabilidade de manter fábricas abertas na região, colocando na balança inclusive a operação das unidades de São Caetano e São José dos Campos (SP) e até da lucrativa fábrica de Gravataí (RS), que produz Onix e Prisma.
Segundo o chefão da VW, a empresa já está se planejando para um novo ciclo de investimentos em Brasil e Argentina para os próximos anos, que deve ser discutido e implementado assim que o atual ciclo, de R$ 7 bilhões para lançamentos a serem feitos até 2020, se encerrar.
"Precisamos completar nosso ciclo de R$ 7 bilhões até 2020 e já estamos negociando um novo ciclo com parceiros, fornecedores e sindicatos", afirmou di Si a UOL Carros, durante evento para lançamento de nova estratégia de vendas de carros de forma digital, na tarde desta segunda-feira (4), em São Paulo (SP).
Além de Polo, Virtus e novo Tiguan, apresentados nas últimas temporadas, bem como de atualizações de modelos já existentes, a Volkswagen planeja ainda trazer quatro SUVs ao nosso mercado. No total, o plano de renovação da gama inclui 20 novidades -- parte desse planejamento pode ser conferido no vídeo da entrevista com Pablo di Si que acompanha este reportagem e que foi gravado durante o último Salão do Automóvel de São Paulo, em novembro.
Alfinetada na rival
Questionado sobre o caso da General Motors, que enviou comunicado aos funcionários durante a folga de começo de ano falando sobre a possibilidade de encerrar suas atividades no país (e na América do Sul), caso não voltasse a lucrar, e depois iniciou série de negociações com sindicatos e governos locais, o presidente da VW não abordou diretamente a decisão dos executivos da concorrente, mas também não perdeu a chance de dar uma leve provocada na rival.
"Aqui a gente prefere resolver tudo no diálogo e tomar as decisões 'olho no olho'. Faz parte da filosofia da empresa conversar sempre com os funcionários", afirmou.
Argentina é problema?
Di Si também não se mostrou preocupado com uma possível piora no mercado argentino neste ano -- o país é essencial para a balança de exportações e de produção da indústria automotiva brasileira e também é extremamente necessário dentro da estratégia de novos modelos da VW.
Segundo o executivo, que é argentino, a estratégia da Volkswagen para a Argentina não será alterado por conta das baixas vendas no país.
"Eles (Argentina) não estão vivendo um bom momento, então nós readequamos nossas exportações à demanda local. Não enviamos nenhum carro para lá de setembro a dezembro do ano passado como forma de estabilizar os estoques por lá", revelou Di Si.
Segundo o executivo, "a Argentina já conseguiu se estabilizar em janeiro. Além disso, outros mercados cresceram 6% no ano passado e nossa política sempre foi aumentar a capilaridade nestes países". Com isso, caso as vendas sigam instáveis no país vizinho, "nós vamos apostar nestes outros países", afirmou.
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