Novo Volkswagen Passat é primeiro carro semi-autônomo da marca; conheça
Resumo da notícia
- Linha 2019 do modelo aprimora tecnologias da marca
- Volkswagen finalmente entra na era do carro autônomo
- Marca diz que avanços precisam ser feitos com cuidado
- Configuração na tela deixa carro alinhado ao gosto do motorista
- Versão híbrida tem maior alcance elétrico
A Volkswagen apresentou, de forma antecipada ao Salão de Genebra, a linha 2019 do Passat, em workshop técnico realizado em Hamburgo (Alemanha) e acompanhado por UOL Carros. A principal novidade é a evolução e integração dos sistemas de assistência ao motorista. Com isso, o Passat é o primeiro carro da marca Volkswagen a se movimentar de forma semi-autônoma (gerenciando aceleração, frenagem e movimentos do volante, conforme ajustes feitos pelo condutor) em velocidades de até 210 km/h.
Também foram feitos pequenos ajustes de visual, ainda que olhando rapidamente o modelo não difira tanto da linha 2018. Mudanças leves nas lanternas traseiras e também no conjunto óptico frontal, para abrigar os novos faróis de LED Matrix. As luzes se adaptam automaticamente para não ofuscar motoristas no sentido contrário, iluminar melhor um cruzamento, rodovias mal iluminadas ou mesmo placas de sinalização -- algo útil para o novo sistema semi-autônomo.
Na prática, o Passat estreia o "Travel Assist", que é uma evolução do "Traffic Jam", tecnologia que estreou no Audi A5 e venceu a categoria de Tecnologia/Inovação do Prêmio UOL Carros 2017.
Na Europa, a pré-venda começa em maio, com vendas em loja e entregas só a partir de setembro. Preços ainda não estão definidos.
Segundo a Volkswagen, não há previsão de quando a atualização Passat chegará ao Brasil, que por ora segue vendendo o modelo atual, o Passat 2018, que parte de R$ 165 mil.
Enquanto na Europa a perua rivaliza é líder do segmento e o sedã está próximo do Mercedes Classe C, o mercado brasileiro tem uma equação complexa: inclui concorrência difícil e vendas baixas de um lado, preço e custos de importação altos do outro.
Volks na era do autônomo
No carro da Audi, o sistema permitia seguir o fluxo do trânsito a velocidades de até 60 km/h, algo que servia, como diz o nome em inglês, mais para trechos com engarrafamentos.
No caso do novo Passat, a orientação longitudinal continua a cargo do controle de velocidade adaptativo (ACC), e a lateral, do "Assistente de Faixa". Mas a capacidade de todos os sensores, radares e câmeras na dianteira e nas laterais foi ampliada.
Assim, o ACC agora é "Predicted ACC", capaz de ajustar a velocidade ideal, mesmo que outras estejam programadas pelo motorista, mudando essa configuração em caso de rotatória, cruzamentos, semáforos ou alterações constantes no limite da via. Essas alterações são feitas pelo sistema por combinação entre o que a câmera lê das placas de sinalização de tráfego e também dados do sistema de navegação inteligente.
Há ainda o novo "Esterçamento de Emergência", que mexe no volante e na trajetória do carro em caso de manobra brusca ou para minimizar eventual rebote em batidas, de forma mais atuante e mais rápida, exigindo ainda menos movimento do motorista no volante, que pode estar incapacitado em algumas situações.
Sensores também consideram a presença e distância de obstáculos à frente para entrar em ação. Para isso, além de um refinamento do sensor de fadiga e dos alertas de segurança, também foram instalados sensores no volante.
Embora uma evolução ante um sistema que ficava aquém de rivais, o "Travel Assist" ainda não é capaz de trocar de faixa, como modelos de segmento superior, Mercedes Classe E, por exemplo, ou pegar interligações e acessos de rodovias, como o "Autopilot" da Tesla.
VW avança, mas com cuidado
Para executivos da VW, que é uma marca generalista, a implantação da tecnologia precisa ser "cuidadosa e gradual", para garantir o funcionamento seguro e para que motoristas de diferentes tipos se acostumem. É uma situação diferente de consumidores de Volvo, Mercedes-Benz, da própria Audi e da Tesla.
O Passat pode ser classificado como "Nível 2", na escala da condução autônoma que vai até 5. "É um degrau importante para a condução totalmente autônoma", afirmou Martin Hube, porta-voz para produtos médios e grandes da Volkswagen.
Para marcar a integração dos sistemas de assistência, a VW passa a adotar um rótulo único para as tecnologias, o "IQ Drive" (unindo a sigla inglesa para QI e mais a palavra que indica o ato de dirigir o carro). Um pouco de marketing, mas também o indicativo de que avançará nessa convergências dos sistemas e fazendo uma ponte com o desenvolvimento de sua plataforma em nuvem para a comunicação dos carros.
O veículo e, consequentemente, os sistemas, ainda não estavam disponíveis para teste. No workshop, foram usadas unidades das configuração perua, Passat Variant, em apresentação estática, e simulações de computador.
O sedã será visto pessoalmente apenas na estreia oficial, no Salão de Genebra, no próximo mês.
Condutor programa carro ao seu gosto
O Passat 2019 também passa a oferecer mais recursos de customização. Além dos perfis de usuários, com as preferências de configurações dos recursos do veículo, há a personalização detalhada da parte mecânica, antes disponível só no modelo topo de linha da marca, o Arteon.
"Para algumas pessoas, o 'Sport' é esportivo demais e o 'Comfort' é suave demais. Outras preferem um tocada mais esportiva, mas querem que o ACC sempre no modo Normal. Agora são possíveis 15 combinações diferentes", explica Hube.
Os modos de condução do Passat alteram direção, reposta do motor, comportamento do câmbio, suspensão e amortecedores. É possível escolher separadamente, para cada um, entre reações que privilegiam economia, esportividade, conforto ou a normalidade, incluindo a resposta do controle de velocidade adaptativo.
O ambiente da cabine segue o mesmo caminho, do sistema de som de alta definição Dynaudio á definição de até 13 opções de cores para os filetes de LED da iluminação ambiente -- sendo esse um daqueles itens que nos perguntamos se realmente são necessários.
Passat híbrido roda mais no modo elétrico
A versão híbrida GTE também foi melhorada. A combinação do motor 1.4 gasolina e com elétrico agora entrega potência 217 cv e autonomia usando apenas eletricidade subiu para 55 km.
Na Europa, a gama segue variada: os gasolina TSI 1.5 (150 cv) e 2.0 (190 cv ou 270 cv) e diesel TDI 1.6 (120 cv), 2.0 evo (200 cv), 2.0 (190 cv) e 2.0 biturbo (240 cv).
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