Peugeot estuda fazer novo 208 no Brasil; hatch vai conviver com carro atual

Dada a movimentação no espaço da Peugeot e os comentários dos presentes, a nova geração do 208 foi um dos modelos de maior destaque no Salão de Genebra. Feito considerável em uma mostra sempre com boa dose de supercarros, como Bugatti La Voiture Noire e Ferrari F8 Tributo.

É certo que o novo 208 será produzido na Argentina, de onde chegará ao Brasil em 2020. A fábrica de El Palomar já recebeu investimento para isso e para a nova geração do "irmão" de plataforma, o 2008. No entanto, Guillaume Clerc, gerente de projeto do 208, disse a UOL Carros que a marca não descarta uma fabricação no Brasil.

"Nos pensamos a respeito. Não estou dizendo que sim, mas também não estou dizendo que não", afirmou o executivo. "É preciso lembrar que é uma plataforma diferente, precisamos investir na fábrica, mas sabemos que é um grande segmento no país. Não vamos comunicar sobre isso agora, mas, o que posso dizer, é que pensamos a respeito", completou.

A sinalização do executivo para uma fabricação no Brasil mais adiante dialoga com a estratégia apurada pela reportagem com distribuidores da marca no país. Inicialmente, as duas gerações vão conviver no mercado brasileiro. A atual seguirá sendo fabricada em Porto Real (RJ), mas ficará restrita a versões mais simples. Enquanto importada da Argentina, a nova ficaria um degrau acima, como uma opção topo de linha. Uma estratégia que tem um tempo de vida e a tendência seria uma nacionalização total à médio prazo.

Em Genebra, a nova geração do 208 aparece nas configurações Allure, GT Line esportivada e elétrica, a principal novidade na motorização, seguindo a tendência da Europa e do próprio salão.

"O modelo é totalmente novo e o projeto seguiu três objetivos principais. Um carro atrativo no design, muito tecnológico e com novos motores, incluindo um elétrico", explica Clerc.

Conforme antecipamos, o visual do 208 segue a nova identidade da marca, com linhas já vistas em modelos como o 3008 e o 508, conferindo ar mais arrojado no hatch compacto, e há uma maior oferta de sistemas de auxílio ao condutor.

O motor elétrico oferece 136 cv e 340 km de autonomia. Na Europa, serão vendidas três motorizações a gasolina e apenas uma a diesel, que anda sumindo das gamas com a mesma velocidade que os elétricos aparecem.

* Viagem a convite da Volkswagen AG