Novo Renault Clio pode vir ao Brasil já em 2021 como sucessor do Sandero
Resumo da notícia
- Quinta geração estreia novo sistema híbrido da Renault
- Modelo chega à Europa no final de 2019, já como modelo 2020
- Base modular comum será usada por todas as marcas da aliança
Como esperado, atração principal da Renault no Salão de Genebra é a quinta geração do hatch Clio. Amplamente vazado e depois antecipado pela própria marca, o novo Clio já tinha o belo visual bem conhecido. Até aí, tudo dentro do script. A surpresa é que este novo Clio vai inspirar um novo carro aqui no Brasil, entre 2020 e 2021.
Infelizmente, não iremos ver o Clio 5 francês original nas ruas brasileiras. Mas UOL Carros apurou que o sucessor do atual Sandero vai ter muito dele. Visual externo, estilo da cabine, maior oferta de espaço em relação ao modelo atual e posicionamento no segmento premium são inspirações que servirão também ao carro a ser fabricado em São José dos Pinhais (PR).
Segundo fontes ligadas à Renault, será estratégia semelhante à do Captur brasileiro, que tem semelhança no design do modelo Renault europeu, usa o mesmo nome, mas é feito sobre plataforma Dacia (base de Duster) e acaba sendo maior que o original, embora menos avançado.
Vai ser Sandero/Logan ou Novo Clio?
Há uma discussão interna sobre o nome: ainda está sendo estudado se trazer de volta o nome Clio surtiria bons efeitos em termos de vendas. É preciso lembrar que embora "Clio" tenha um bom histórico no caso do hatchback compacto, não se pode dizer o mesmo sobre o "Clio Sedan".
O modelo com bumbum maior não foi muito feliz no mercado de três-volumes, seja como Clio Sedan, seja como Symbol. Por este ponto de vista, manter Sandero (hatch) e Logan (sedã) seria uma opção viável para ambas carrocerias.
Antes de tudo isso acontecer, porém, Sandero e Logan ainda precisam passar por reestilização de visual que estava programada para o final de 2018/começo deste ano, mas ainda não foi apresentada ao mercado.
Como é o Clio 5 europeu
Com nova plataforma modular e global, o Clio 5 estreia estratégia de motorização, incluindo, claro, uma versão híbrida, que chega à Europa em 2020. O chamado sistema E-Tech combina um motor 1.6 (quatro cilindros, aspirado, a gasolina) e um elétrico. A bateria de 1,2 kWh é recarregada pelo motor a combustão, além da recuperação da energia das frenagens.
A marca aponta que o Clio híbrido será capaz de fazer 80% das jornadas urbanas apenas no modo elétrico, entregando uma redução de 40% no consumo de combustível. A conferir.
O Clio híbrido é o primeiro de 12 lançamentos eletrificados da marca. Uma versão plug-in do sistema E-Tech será adotada nos novos Captur e Mègane, também a partir de 2020. A bateria será de 9,8 kWh e a autonomia em modo elétrico ficaria em 50 km.
Completam a gama do novo Clio para a Europa opções de motores 1.0 e 1.3, entre diesel e gasolina.
A nova geração do rival conterrâneo Peugeot 208, também apresentada em Genebra, terá uma versão 100% elétrica. O Clio não. Entre os compactos, para esse tipo de motorização, a Renault focará na nova geração do Zoe.
Clio sobe o patamar
A quinta geração do Clio tem muito do design do hatch médio Mègane, e algo do utilitário Koleos, o que confere uma aparência arrojada. O interior tem acabamento requintado, também de segmento superior.
Assim como já havia ocorrido com a quarta geração, o novo modelo trouxe upgrade de equipamentos de conectividade e entretenimento, quadro digital, multimídia maior sensível ao toque, e sistemas de assistência semiautônoma ao motorista.
Tudo isso inviabiliza um Clio "de entrada", razão que justificaria um modelo simplificado para o Brasil. Segundo executivos, não é só questão de conteúdo, mas também de plataforma. A base modular CMF-B até tem planos de chegar ao Brasil, mas só para segmentos superiores, a partir de novas gerações dos crossovers Captur e Kicks.
* Viagem a convite da Volkswagen AG
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