Volkswagen começa a vender elétrico I.D. na Europa em maio; Brasil aguarda
Resumo da notícia
- Modelo é o primeiro da família elétrica da VW
- Valor é mistério, mas meta é ser mais barato que Tesla Model 3
- Modelo só será lançado oficialmente no Salão de Frankfurt, em setembro
- Brasil aguarda uma série de definições, mas terá um eletrificado este ano
O futuro hatch elétrico Volkswagen I.D. ainda nem teve sua versão final apresentada -- ele já roda em extensivamente em testes camuflados, na Europa, inclusive com a imprensa --, mas já ganhou data de pré-venda. A partir de 8 de maio, clientes europeus poderão fazer a reserva do carro.
Mas é bom não ter pressa: o lançamento oficial do primeiro modelo da família de carros elétricos da Volkswagen só vai acontecer no Salão de Frankfurt, em setembro. E as primeiras entregas devem ocorrer apenas em meados de 2020.
Durante coletiva de imprensa, o membro do conselho da marca para vendas, Jurgen Stackmann, afirmou que interessados em serem os primeiros proprietários do I.D. podem fazer o pagamento para assegurar as primeiras unidades que sairão da linha de produção.
A Volkswagen vai produzir o I.D. hatch em duas fábricas: China (para Ásia e Europa) e em Chattanooga (EUA e resto da América)
"Acredito que que a edição de lançamento deverá estar esgotada antes mesmo de o I.D. ser mostrado no Salão de Frankfurt, em setembro. Os números informados por nossas concessionárias indicam isso", disse Stackmann.
Quanto custa? Ideia é ser mais barato que Tesla
Falta um detalhe: o preço.
O valor da reserva ainda não foi divulgado, mas de acordo com a Volks, o preço inicial do elétrico na Europa ficará abaixo dos 30 mil euros -- cerca de R$ 130 mil diretos.
Esse patamar não é aleatório: a ideia da Volkswagen é ter preço abaixo do Tesla Model 3, que finalmente começou a ser entregue em escala comercial e já se posicionou como elétrico mais vendido do mundo. O modelo norte-americano custa pouco mais de US$ 35 mil (R$ 135 mil) em sua versão de entrada.
Resta saber se os europeus realmente arriscarão pagar por um carro no escuro, uma vez que nem o visual ou dados mecânicos e de desempenho foram revelados. Uma pequena pista surgiu semana passada, no Salão de Genebra, com a apresentação de uma prévia do Seat El-Born, releitura da marca espanhola para o I.D.
Visual interno do El-Born é similar ao do Volkswagen Polo, com pequenas adaptações. Em termos de performance, o modelo da Seat promete fazer 0-100km/h em 7,5 segundos, ter potência de 204 cavalos (quase o mesmo de um Golf GTI do começo da geração 7) e alcançar 420 quilômetros de autonomia (ciclo WLTP) com sua bateria de 62kWh, Em super-carregadores, será possível carregar 80% desta bateria em 47 minutos, diz a Seat.
Tanto o Seat El-Born, quanto o Volkswagen I.D. e outros futuros elétricos da Audi serão montados sobre a base modular múltipla MEB, feita especialmente para eletrificação e conectividade (carros interligados em nuvem e que já poderão ser atualizados pare receber funções, inclusive de direção autônoma no futuro). A linha I.D. já tem um hatch, um crossover com estilo mais esportivo, promete ter um SUV e ainda um furgão (a Kombi do século 21).
No caso do modelo da Volkswagen, diferenças incluem ter o porte de um Golf e três opções de tamanho de bateria, que são complementares às da Seat, permitindo autonomias entre 330 km e 600 km.
Brasil terá carro elétrico?
Pablo di Si, presidente da Volkswagen para Brasil e América do Sul, afirmou durante o lançamento do Volkswagen T-Cross, há um mês, que a Volkswagen do Brasil "vai aguardar o desenrolar do interesse global e do avanço de vendas da família I.D." para saber se vale ou não apostar na chegada dos carros por aqui. Isso é coisa para, no mínimo, cinco anos.
Este ano, porém, promete o executivo, será colocada a venda a versão eletrificada do Golf. O Golf GTE é um híbrido que preza pela esportividade.
Ele troca o motor 2.0 turbo de 220 cavalos e 35,7 kgfm de torque do Golf GTI atual por um 1.4 turbo de 150 cv, mais gerador elétrico de 101 cv, com os mesmos 35,7 kgfm de torque. A potência total de 204 cv se soma ao câmbio DSG de seis marchas para melhor aproveitamento do torque. Assim, o GTE promete rodar até 64 km com cada litro de gasolina ou por cerca de 50 km apenas no modo elétrico.
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