Quanto ganha um chefão de montadora? Na GM, a presidente leva R$ 86 milhões
Resumo da notícia
- GM divulgou balanço em prévia de reunião de investidores
- Rendimentos dos principais executivos foi divulgado
- Mulheres devem dominar GM pela primeira vez
No Brasil, as fabricantes de carros -- assim como a maior parte das empresas -- mantêm seus balanços selados em "caixas pretas". No geral, apenas dados de vendas são publicados, nada de cifras, nada de remessas, nada de salários. Nos países desenvolvidos, porém, balanços de ganhos e perdas são públicos. Em alguns casos, até salários de altos executivos estão ao alcance de todos. e podem surpreender, ainda assim.
Desde a bancarrota em 2008, quando foi salva por conta da ajuda dos governos dos Estados Unidos e do Canadá, a General Motors publica dados minuciosos sobre seus números e sobre salários dos executivos. O último saiu há pouco e, segundo a agência "Reuters", tem alguns dados bem interessantes. A presidente global da companhia, Mary Barra, manteve o salário-base, mas recebeu um pouco a menos em 2018 do que em 2017, fruto do "escorregão" das ações da marca e de algumas perdas por conta do cenário global e de ameaças feitas por Donald Trump, que levaram o grupo a fazer ajustes e provocaram a ameaça de fechamento de fábricas, inclusive no Brasil.
Quanto a menos? Quanto ele recebeu ao todo? Mary Barra recebeu um pacote de US$ 21,8 milhões em 2018 (R$ 86 milhões diretos), de acordo com o comunicado divulgado na quinta-feira (18). Em 2017, porém, a remuneração total no ano havia sido de US$ 21,96 milhões.
Este "pacote" de rendimentos incluiu: salário-base de US$ 2,1 milhões (o mesmo de 2017); prêmios em ações de mais de US$ 11 milhões; opções de ações de US$ 3,4 milhões e "bônus pelo bom desempenho" de quase US$ 5 milhões, segundo o balanço.
Executivos subordinados a Barra também tiveram os rendimentos divulgados: o ex-CEO da GM, Dan Ammann, agora à frente da GM Cruise (divisão de carros autônomos), recebeu quase US$ 9 milhões; Mark Reuss, atual CEO da GM, US$ 7,4 milhões; Chuck Stevens, ex-diretor financeiro, recebeu pouco menos de US$ 7 milhões; e Dhivya Suryadevara, atual diretora-financeira, mais de US$ 5,5 milhões.
Mulheres devem ser maioria no comando da GM
Ainda de acordo com o balanço, pela primeira vez na história, a GM deve ter maioria de mulheres no comando. Será também, caso se concretize, a primeira vez na história da indústria automotiva global.
Dois membros do conselho diretor -- Michael Mullen e James Mulva -- não irão concorrer à reeleição e não devem ser substituídos, tampouco, reduzindo o total de cadeiras a 11. Dos 11, seis serão mulheres, incluindo Mary Barra.
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