Novo Toyota Corolla trará motores 1.8 híbrido flex e 2.0 flex
Resumo da notícia
- 1.8 híbrido flex é adaptação do motor que equipa o Prius
- Opção 2.0 flex é evolução do motor puramente a combustão atual
- Câmbio híbrido também será novidade dessa geração
- Sedã chega ao mercado em outubro
UOL Carros já pode afirmar: o sedã Toyota Corolla 2020 chega às lojas brasileiras em outubro com duas opções de motorização. A principal delas será o 1.8 híbrido flex, projeto adaptado em relação ao motor existente atualmente no Toyota Prius para usar tanto gasolina, quanto etanol, como auxiliar do motor/gerador elétrico. Além dele, haverá também opção com motor 2.0 flex, puramente a combustão.
Haverá também sistema híbrido de câmbio. Trata-se de uma evolução do atual Multidrive-S (nome da marca para o CVT, automático com sistema de relações continuamente variáveis por polias, com emulação de sete marchas). Chamado de "Dynamic-Shift CVT", utiliza uma "engrenagem de partida", que atua na primeira marcha para transmissão inicial de torque às rodas no momento da arrancada, passando às polias do CVT apenas com o veículo já em movimento.
Com isso, o funcionamento do CVT em si pode ser mais suave e, portanto, todo o conjunto é menor e mais leve. No exterior, a nova geração do Corolla usa esse sistema emulando dez marchas, mas ainda não temos informação sobre a programação para o Brasil.
Sabemos, porém, que com o Dynamic-Shift CVT e com as duas opções de motorização, o novo Corolla brasileiro seguirá todos os importantes avanços mecânicos dos carros já apresentados no Japão, nos Estados Unidos, na Europa e na China. Isso reforça o caráter global da 12ª geração, que será o primeiro uso em fabricação no Brasil da plataforma TNGA, a mesma do Prius.
Reforça também a ideia de que o Prius deverá deixar de ser importado, ao menos em sua forma atual. A versão Hybrid Flex do Corolla deverá tomar o espaço do Prius, inclusive em termos de valores. O modelo japonês também está em final de ciclo intermediário e só deverá voltar a fazer sentido se tiver grande renovação em sua rotina de alterações.
Híbrido ainda é japonês
Confirmado na última semana, ainda sob camuflagem, em cerimônia de viés mais político que automotivo, o novo Corolla vai carregar o "status" de primeiro veículo do mundo com motorização híbrida flex, conforme adiantado por UOL Carros ainda em 2018. O projeto foi vencedor da categoria "Sustentabilidade" do Prêmio UOL Carros 2018.
Este processo de adaptação e desenvolvimento final do motor 1.8 híbrido flex (ciclo Atkinson) está sendo feito em conjunto pela Toyota do Brasil, Única (entidade que reúne produtores e desenvolvedores de cana de açúcar, etanol e implementos relacionados) e universidades como USP e UnB desde, pelo menos, 2017.
Ainda assim, ao menos neste primeiro momento, o motor 1.8 híbrido flex será importado pronto do Japão, conforme fomos informados por fonte ciente do projeto como um todo.
Somente o motor 2.0 flex totalmente a combustão será produzido localmente. A fábrica de Porto Feliz (SP) recebeu aporte bilionário desde 2016 para esta implementação, como UOL Carros apontou à época. Esperava-se, porém, que o motor híbrido também fosse ser fabricado localmente para melhor desenvolvimento do sistema variante flex. Não é o caso, porém.
Força dos novos motores ainda não nos foram reveladas, mas o 1.8 híbrido flex é uma variante, talvez mais eficiente, do 1.8 híbrido a gasolina do Prius, que rende 123 cavalos de potência, além de 16,6 kgfm de torque. Já o novo 2.0 flex é a implementação local da linha M20A-FKS, com nova construção e injeção direta de gasolina, gerando 170 cv a 6.600 rpm, com torque de 20,9 kgfm a 4.800 giros, na nova geração do Corolla já disponível no exterior.
Para comparar, a atual geração do Corolla feito no Brasil usa o motor 2.0 flex de 153 cv (5.800 rpm) e 20,7 kgfm (4.800 rpm), usando etanol. Neste caso, esperamos um ganho significativo em elasticidade, ainda que a força para saída e arrancada seja praticamente a mesma. No caso do 1.8, não há comparação direta, já que o motor convencional é mais forte (144 cv, 18,6 kgfm), mas bem menos eficiente que o 1.8 híbrido.
De toda forma, UOL Carros também esperava pelo uso do 2.0 híbrido flex, que é uma possibilidade da nova geração.
O que mais o Corolla 2020 terá
Seguindo os passos do carro já visto no exterior, o novo Corolla nacional também deverá usar suspensão do tipo multilink na traseira, substituindo o antigo conjunto de eixo de torção. Com isso, deverá ficar mais confortável, seguro e dinâmico.
Em termos de estilo e dimensões, nosso modelo deverá ser um misto do que já vimos do carro chinês e europeu: cerca de 4,64 metros de comprimento, 1,78 metro de largura e 1,43 metro de altura, preservando a distância entre-eixos de 2,70 metros do atual. Frente ao modelo atualmente vendido no Brasil, o novo Corolla deverá ser coisa de 2 cm mais longo, 1 cm mais estreito e 4 cm mais baixo, com pequenas variações.
Essa nova geração também permite o uso de sistemas de conforto e segurança interessantes. O pacote tecnológico de segurança "Toyota Safety Sense" está garantido: inclui controle de cruzeiro adaptativo, frenagem automática de emergência (com detecção de pedestres e ciclistas), alerta de saída de faixa com assistência de direção e, dependendo da versão, leitura de placas de trânsito e farol alto adaptativo.
Painel digital e sistema multimídia com conectividade com Android Auto/Apple Carplay ainda são dúvida, mas não faz sentido não incluí-los, ainda que como opcional, frente ao que já está garantido.
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