Jaguar I-Pace na pista de corrida? Contamos o que SUV elétrico pode fazer
Andar em um SUV ou crossover elétrico no autódromo soa meio inusitado. Mas esse era o espaço separado pela Jaguar Land Rover do Brasil para testar o I-Pace pela primeira vez no Brasil. UOL Carros pisou forte na primeira curva do Autódromo Velo Cittá, em Mogi-Guaçu (SP), e as coisas começaram a fazer sentido.
A proposta de mostrar a força do primeiro veículo 100% elétrico da marca inglesa é evidente. Até porque é o mínimo que se espera de um modelo de R$ 450 mil. No I-Pace, o porte parrudo e a largura valorizada pelas linhas horizontalizadas e rodas bem extremadas dão um ar esportivo. E, claro, a altura do solo: você não vai colocar um carro que é 7 centímetros mais baixo que um F-Pace (213 x 142 mm), o SUV médio-compacto da marca, no off-road brabo, não é mesmo?
Andando no asfalto perfeito da pista
Essa distância menor do solo e o centro de gravidade bem trabalhado com o conjunto de baterias de 600 kg, posicionadas bem ao centro do veículo, colaboram para a diversão ao se andar forte. Some a isso a tração integral e a distribuição de peso perfeita entre os eixos. Pronto!
Em cada um dos eixos temos um motor elétrico gerando 200 cavalos e um torque instantâneo de 36 kgfm, que faz você sentir as costuras dos bancos comprimirem a pele das costas a cada pisada no acelerador. A direção é precisa, sem exigir esforços do condutor para domar os 400 cv e 69,6 kgfm conjugados.
Obediente, o i-Pace aponta bem em cada saída de curva do autódromo. A carroceria até dá uma sambadinha nas retomadas para provar que esse elétrico não tem nada de convencional. Nas retas, fomos aos 180 km/h com equilíbrio perfeito -- algo que não poderia ser feito em rodovias nacionais.
E até com barulho. O sistema de som do i-Pace empresta um ruído que, segundo a Jaguar, remete a um V8. A cada acelerada, o zunido bacana que sai dos alto falantes, contudo, lembra o de uma nave espacial de desenho animado. Apesar de ser curioso, o som ajuda na proteção de pedestres, chamando atenção sobretudo em saídas de estacionamento ou em manobras na rua em baixas velocidades.
Voltando à condução, na tela central de 9" é possível mudar o modo de condução para Dynamic, contudo ele só atua nas respostas mais ágeis ao pedal da direita. Já o sistema de regeneração das desacelerações dá aquela forcinha à bateria: nessa condição, antes de algumas curvas, foi possível só tirar o pé do acelerador para reduzir a velocidade na medida para fazer a tangente ideal.
O I-Pace prova que um modelo eletrificado pode fugir do lugar-comum. Mas ainda precisamos de um teste em condições reais para saber se a autonomia vale a pena -- os testes da Jaguar indicam algo em torno de 300 km no clima brasileiro. Pena que, qualquer que seja o viés, um elétrico de uma marca premium ainda seja cara demais para a maioria dos mortais.
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