Ghosn tenta acelerar julgamento e pede que promotoria apresente provas
Resumo da notícia
- Ex-chefe de Renault e Nissan participou de 1ª audiência pré-julgamento
- Brasileiro, Ghosn está solto sob fiança e já foi preso 2 vezes
- Executivo é acusado de usar fundos corporativos para fins pessoais
O ex-presidente da Nissan e Renault, o brasileiro Carlos Ghosn, assistiu nesta quinta-feira a primeira audiência preliminar de seu julgamento, onde sua defesa procurou falar com os promotores sobre pontos discordantes em suas acusações.
Ghosn, 65 anos, se apresentou por volta das 9h30 (hora local) no Tribunal de Distrito de Tóquio, vestido de terno escuro e gravata e acompanhado por quatro de seus advogados, entre eles o responsável por sua defesa, Junichiro Hironaka.
Na reunião - fechada à imprensa -, participaram um juiz, os promotores, Ghosn, sua defesa e um intérprete, e durou cerca de 30 minutos, segundo detalhes divulgados pela emissora pública "NHK".
Entre outros pontos, os advogados de Ghosn pediram que os promotores revelassem suas provas o mais rápido possível, disse a mídia.
Ghosn é acusado de ocultar às autoridades financeiras do Japão parte das compensações econômicas acordadas com a Nissan e de abusar da confiança da companhia japonesa em usar fundos corporativos para fins pessoais e realizar transações não comerciais para ela.
No total, pesam quatro acusações formais sobre o ex-diretor. O advogado de Ghosn, Junichiro Hironaka, disse após a audiência que espera "acelerar o processo", segundo declarações divulgadas pela agência de notícias "Kyodo".
Hironaka deseja que o processo de pré-julgamento seja concluído na próxima primavera (no Japão). Em entrevista coletiva posterior, o vice-promotor de Tóquio, Shin Kukimoto, disse que é "extremamente difícil" prever quando começará o primeiro julgamento.
"Pretendemos fazer tudo o mais rápido possível. Há muitos pontos a serem discutidos e há muitas opções a serem escolhidas para o julgamento", acrescentou Kukimoto.
Ghosn se encontra atualmente em liberdade sob fiança, mas o caso levou-o à prisão preventiva em duas ocasiões. O ex-diretor e sua defesa rejeitam as acusações.
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