Novos Chevrolet Onix Sedan e Tracker rodam com poucos disfarces em SP
Resumo da notícia
- Onix e Tracker serão maiores e mais modernos que modelos atuais
- Nova linha é fruto de trabalho conjunto entre Brasil e China
- Modelos estreiam família inédita de motorizações turbinadas
Não é segredo para ninguém que a Chevrolet prepara uma grande renovação de sua linha de veículos compactos. As novidades começam na linha Onix, atualmente a campeã de vendas no país.
Ainda neste ano estreiam as novas gerações de Onix e Onix Sedan, ambos com a dura responsabilidade de manter a liderança absoluta nos respectivos segmentos.
Em 2020 chega o terceiro lançamento da nova família global de compactos da Chevrolet: trata-se do Tracker, que já roda na China - onde foi desenvolvido juntamente com as áreas de design e engenharia da GM do Brasil.
Como as três estreias acontecerão em poucos meses, a Chevrolet acelera o cronograma de testes dos protótipos, como indica a foto de um internauta que flagrou Onix Sedan e Tracker rodando juntos.
Ambos circulam com uma leve camuflagem que revela parte de suas linhas definitivas. Trata-se de uma estratégia comumente adotada pela Chevrolet alguns meses antes do lançamento de um novo produto.
Onix Sedan: maior e mais moderno
Nosso primeiro contato com o Onix Sedan aconteceu durante o Salão de Xangai. E lá pudemos perceber que o sedã cresceu significativamente em relação ao modelo atual.
A nova identidade visual da Chevrolet caiu bem no sedã. Grade hexagonal é bem larga, e o desenho dos faróis remete a modelos mais caros da marca, como o novo Tracker -- outro modelo confirmado para o Brasil.
Cabine é bem diferente do padrão atual, exibindo linhas mais arrojadas e até parecidas com as do Cruze. Entretanto, na opinião de UOL Carros, existe uma estranha semelhança com o antigo Peugeot 208, que atualmente está à venda no Brasil. Alguns pontos parecidos: posição de destaque da tela da central multimídia e a posição das saídas de ar-condicionado, além da distribuição dos comandos.
Interior deve seguir o padrão do sedã, que agrada pelas linhas bem modernas -- e até ousadas para os padrões da marca, lembrando um pouco o estilo do Cruze.
Por aqui, a nova família Onix deve adotar motorizações 1.0 (aspirada e turbo) e possivelmente um 1.2 turbo, ambos com três cilindros em linha e injeção direta de combustível. Esta última opção, aliás, deve ser restrita às versões mais caras. Há também a possibilidade de a GM oferecer um motor 1.2 aspirado para outros mercados, como a Argentina.
Tracker: bem diferente do atual - e mais caro também
O Tracker não terá quase nada do SUV atual, a começar pelo tamanho: são 4,27 metros de comprimento, 1,60 metro de altura, 1,79 m de largura. Assim, temos 1,5 cm a mais de para-choque a para-choque, mas também um modelo menos musculoso e um pouco mais centrado, 0,7 cm mais baixo, melhorando estabilidade, mas sem perder muito do espaço para cabeça, esperamos.
Espaço interno também foi ampliado, com entre-eixos 2 cm maior que o modelo atual: 2,57 m. Porta-malas cresce para 390 litros -- chega a 1.334 litros com os bancos rebatidos.
Quando for fabricado aqui no Brasil, em São Caetano do Sul (SP), o modelo deverá usar conjunto com rodas um tanto maiores que as de 17 polegadas vendidas para a China. O atual Tracker, que vem do México, usa rodas aro 18 na confuguração Midnight, por exemplo.
Por ser feito no Brasil, finalmente o Tracker terá condições de abastecimento para brigar com Jeep Renegade, Nissan Kicks, Hyundai Creta, Honda HR-V e demais rivais.
Interior traz mais uma evolução que revolução para o atual Tracker: acabamento deverá seguir o padrão atual, que é bom, com leve remodelação do painel de instrumentos, que vai lembrar o do Cruze (o que é uma melhoria). Tela central flutuante do sistema Mylink tem 8 polegadas e vai abrigar também sistema de internet a bordo 4G, novidade já confirmada pela GM do Brasil durante o último Salão de São Paulo, em novembro passado.
Desde a versão inicial, o novo Tracker terá injeção direta de combustível, controles de tração e estabilidade e carroceria de alta resistência. Configurações mais completas deverão trazer, além do 4G, sistemas de monitoramento de pressão de pneus e assistentes semi-autônomos de correção de direção e de manutenção de faixa.
Motores turbinados
Ser feito sobre a plataforma global GEM significa usar também a nova família de motores Ecotec, se valendo sobretudo da linha de três cilindros. Na China, haverá duas opções de motor, sempre com turbo e injeção direta de combustível e três de câmbio. Tanto 1.0 quanto 1.3 serão feitos no Brasil, mas ainda não está claro se GM local vai apostar em ambos para o Tracker. Pode ser opção para ter preços mais competitivos, já que os novos concorrentes apostam também nessa variação.
Já era conhecida a linha 325T, com motor 1.0 turbo de três cilindros -- 125 cavalos, 18,35 kgfm e promessa de consumo de expressivos 18,1 km/l --, pareada a câmbio manual ou automático de seis marchas. Esse será, por exemplo, o mesmo pacote a equipar o Onix, o que deixa sua produção garantida em versão bicombustível.
Mas o Tracker terá também a variante 1.3 335T, de 164 cv e 24,4 kgfm, com gasolina. Na China, esta configuração tem uma pegada mais dinâmica, com promessa de 0-0100 km/h em 8,9 segundos. Curiosidade: ele vem acoplado a câmbio CVT, opção que não faz parte do catálogo brasileiro no momento -- e que é dúvida também para o futuro catálogo.
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